domingo, 5 de fevereiro de 2017

Dallagnol está errado


Os procuradores da Lava Jato sempre repetem que “Mani Pulite”, na Itália, foi um fracasso.
Deltan Dallagnol disse ao Estadão:
“Se nada for feito de reformas positivas, é possível, ou até provável, que sejam feitas reformas negativas, seguindo os passos do que aconteceu na Itália, em que os políticos se autoprotegeram, concedendo autoanistias. Essa autoanistia não precisa assumir a forma de uma anistia proclamada, como a que foi tentada [no Congresso] no final do ano passado. Ela pode ser feita por pequenas mudanças na legislação criminal, ao longo de dez anos”.
É verdade que os políticos italianos se concederam anistias.
Mas “Mani Pulite” acabou com a roubalheira organizada pelos partidos, que saquevam as estatais. E um dos procuradores de Milão é, hoje, presidente do STJ italiano, uma prova de que o Judiciário também se renovou.
“Mani Pulite” desbaratou os velhos partidos e condenou o comandante máximo da ORCRIM. Se a Lava Jato fizer isso - e ainda tem de ralar muito para chegar lá -, não haverá volta.

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