quinta-feira, 2 de março de 2017

A imbecilidade brasileira não tem fim
Pela falta de um prego perdeu-se uma ferradura,
Pela falta de uma ferradura perdeu-se um cavalo,
Pela falta de um cavalo perdeu-se um cavaleiro,
Pela falta de um cavaleiro perdeu-se uma batalha.
Assim perdeu-se uma guerra e um reino.
Tudo por falta de um prego.
(A origem dessas frases tem sido atribuída ao padre Antônio Vieira)

                Esta frase foi tirada do livro de Evaristo Eduardo de Miranda, “Quando o Amazonas Corria para o Pacífico” – Uma história desconhecida da Amazônia, no capitulo 20, Borboletas – Tempestades e Demarcações. Diz Evaristo de Miranda, que a ineficiência é um pecado contra a ética. Essa é uma das teses dessa antiga frase folclórica sobre a gravidade das consequências de um descuido de ferreiro: a falta de um prego. Essa frase é um dos ícones da moderna teoria do caos. Ela evoca a dependência sensível das condições iniciais, denominação técnica do chamado efeito borboleta, formulado por Robert White, um dos criadores da teoria do caos: o bater de asas de uma borboleta da Ásia é capaz de provocar ou impedir, com uma série de fatores encadeados, as tempestades no outro lado do planeta.

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Padre Antônio Vieira

                Miranda, com sua cultura e sabedoria destaca que a prudente ocupação da Amazônia pela Coroa Portuguesa cuidou de pregos, barcos, guerreiros, borboletas, cruzes, reinos e tempestades, o que permitiu que a Amazônia, com suas riquezas e potencialidade fosse entregue aos brasileiros toda demarcada e sem nenhum conflito. É difícil em nossos dias os brasileiros estabelecerem as dificuldades e o sacrifício que tiveram os portugueses para consolidar as lutas e epopeias que tiveram no norte do Brasil e da conquista de Pedro Teixeira, se é que estão interessados em saber. Um povo que não reage a entrega que os governantes e tribunais brasileiros fazem da Amazônia aos estrangeiros através de índios bandidos, e que coloca para desfilar no carnaval do Rio de Janeiro uma escola de samba que tenta destruir a imagem de produtores rurais amazônidas em defesa de uma política ambiental estrangeira, nos parece que pouco importa que o Brasil perca a Amazônia. Voltando aos portugueses, conta Evaristo de Miranda, que o Tratado de Madri enterrou definitivamente a Bula Inter Coetera (1493), a velha linha de Tordesilhas (1494), a Capitulação de Saragoça (1529), o Tratado de Paz e Amizade (1681) e o último Tratado de Utrecht (1715). Os reis Fernando VI, de Espanha, e Dom João V, de Portugal, “resolveram pôr termo às disputas passadas e futuras, e esquecer-se, e não usar de todas as ações e direitos, que possam pertencer-lhes em virtude dos Tratados de Tordesilhas... e de Utrecht e Saragoça, ou de quaisquer outros fundamentos que possam influir na divisão dos seus domínios...” As negociações do Tratado basearam-se no chamado Mapa das Cortes, privilegiando a utilização de rios e montanhas para demarcação dos limites. Seguindo as “fronteiras naturais”, o que fez do Brasil um país com limites basicamente geográficos (rios e montanhas). Em seguida a assinatura do Tratado de Madri, os portugueses passaram a consolidar uma série de fortalezas e vilas em toda a Bacia Amazônica.

                Mas por que havia de tanto interesse na Amazônia? Miranda explica que em 250 anos não havia sido descoberto ouro, nem prata, nem diamantes, nem qualquer pedra preciosa. Não havia “nada” na Amazônia, a não ser drogas do sertão, os frutos do incipiente extrativismo vegetal. Mas todos os conselheiros reais e pessoas influentes na corte portuguesa, leigas ou religiosas, defendiam a importância da região amazônica. O argumento não era, nem podia ser, o gás de Urucu, o polo industrial de Manaus, nem a borracha das seringueiras do Acre, nem a biodiversidade, o turismo ecológico ou o potencial agrícola do Mato Grosso. Evoca-se nos antigos documentos lusos sempre o mesmo argumento visionário: “um dia”. Um dia essa região será fundamental. Um dia essa região terá grandes descobertas. Um dia a Amazônia será um novo Portugal. Um dia. E os reis portugueses gastaram orçamentos, mobilizaram exércitos e armadas, e colocaram o Estado português a serviço desse “um dia”.  

                Esse “dia” chegou em nossos dias e mostrou que a Amazônia é uma das mais ricas, senão a mais rica região do mundo, graças a visão e competência dos portugueses. Para efeito de se ter uma ideia da epopeia portuguesa, imaginem em 1600/1700 demarcar 7 milhões de quilômetros quadrados de uma floresta inóspita impregnada de selvícolas? Os portugueses fizeram isso com competência e sem medir esforços, para em seguida entregar ao Brasil de graça. As transformações urbanas implementadas na Amazônia pelo projeto pombalino, consideradas nos seus múltiplos aspectos geopolíticos, foram concretizadas, informa Evaristo, em levantamento cartográficos e iconográficos, na realização de estudos sobre o território, na modernização e centralização administrativa, na expulsão das ordens missionárias, visando principalmente os jesuítas, na proibição das línguas indígenas, na obrigatoriedade de uso do português em todo o país, na construção de vilas e de redes de fortificações.

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A Primeira Missa no Brasil - Victor Meirelles - 1860.

                Essa ação dos portugueses prova que os portugueses gostavam mais do Brasil do que os brasileiros de hoje, se é que algum dia gostaram, pois quem admite que seu país seja dilapidado por políticos e administradores públicos desonestos, sua justiça dirigida por juízes desonestos e incompetentes, e fecham os olhos para a perda da Amazônia. O pior desinteresse do brasileiro pelo Brasil, pela família e por seus filhos, está na educação, onde professores incompetentes, comunistas e mal-intencionados nada ensinam a não ser ideologias bandidas. Duvido que algum aluno que estejam cursando o primário e secundários tendo concluído o curso tenham conhecimento desses dados históricos sobre a Amazônia. A ausência dessa memória e de outras que construíram o país é de responsabilidade de professores desonestos comprometidos apenas com seus interesses e com o comunismo ou o socialismo que é a mesma porcaria. Enquanto os portugueses deram terras abundantes aos brasileiros para que eles pudessem se desenvolver, os brasileiros bandidos representados por Lula, Dilma, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor, juízes, membros do Ministério Público, antropólogos, padres, tudo fizeram e continuam a fazer para entregar essas terras ao aparato ambientalista-indigenista comandado pelo establishment anglo-americano através de reservas indígenas.   

O governo brasileiro, a justiça brasileira, o ministério público brasileiro, os padres, os antropólogos fizeram com que o “ferreiro Brasil perdesse o prego”, e consequentemente a moral, a ética, a soberania, o desenvolvimento, a justiça, a ineficiência e, como consequência, a Amazônia. Nenhum povo no mundo cometeu esse crime de lesa-pátria semelhante. Mesmo os povos colonizados e escravizados tiveram mais coragem do que os brasileiros. O brasileiro não luta por nada decente e respeitoso, salvo no campo de futebol, tendo se tornado um povo sem alma, sem coragem, cínico, que dá mais valor ao carnaval e outras futilidades, mesmo sabendo que o país está à beira do precipício moral, econômico e institucional, e com a Amazônia nas mãos de assaltantes. Que povo é este?

Que adiantou o esforço, a epopeia dos portugueses para assegurar ao Brasil tanta terra rica, se não pôde transmitir a sua inteligência, coragem e competência? O problema brasileiro não é a corrupção, é a incompetência e a idiotice. Qualquer outro povo de posse de uma Amazônia já estaria rico e desenvolvido há muito tempo. Os brasileiros, entretanto, não têm só a Amazônia tem o Centro-Oeste, o Nordeste, o Sudeste e o Sul, todas as regiões ricas em recursos naturais, mas não consegue se desenvolver porque falta competência, inteligência e coragem para enfrentar os piratas ambientalistas, indigenistas, comunistas e socialistas, a corrupção, a desonestidade, a prevaricação pública e a injustiça. A quem culpar por todo esse infortúnio senão ao próprio povo?

A imbecilidade do brasileiro não tem fim!


Armando Soares – economista


armandoteixeirasoares@gmail.com  


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Soares é articulista de Libertatum

4 comentários:

  1. Engraçado mas doloroso: E não é que de 5 - 6 anos para cá estamos em verdadeira cruzada de informações, quer dizer, de reportagens/matérias - que falem mesmo as verdades desta história tão má contada durante todos esses anos.
    Será que estamos mesmo condenados a sermos esmagados pelos comunistas ? Bons Homens não temos mais na política, sabemos disto mas, será que o Brasil vai mesmo passar por essas tempestades ?
    Acredito que está só faltando a declaração por que os esquemas estão montados, isso, há 33 anos.
    Não acredito mais em reviravolta. A Internacional Socialista através do Georg Soros Se Apossaram mesmo da América Portuguesa ... Infelizmente !!!

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  2. Gratíssimo por sua manifestação, Burtino.

    Continue prestigiando Libertatum.

    Grande abraço.

    Ivan Lima

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  3. Fantástica as crônicas, são altamente inspiradora para um país que não quer saber sobre sua história, já que o que importa é somente, a Língua Portuguesa, Matemática e inglês, não damos importância a amazônia verde e muito menos a azul, não sabemos nada sobre a amazônia, estamos interessado em como tirar alunos do abaixo do básico na educação, que está falida aqui em são paulo, e qualquer outro lugar, jovens, que serão entregues ao ostracismo, assim fica mais fácil domestica-lo, hoje trabalhamos em prol das habilidades nas três disciplinas acima citada, pois os alunos estão não conseguem realizar a aritmética simples.

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  4. Gratíssimo por sua manifestação, Lopes.

    Continue prestigiando Libertatum.

    Grande abraço.

    Ivan Lima

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