Viver com moral e com
decência
Por Armando Soares
A pior crise que o Brasil enfrenta é
a crise moral. Ela é a mãe de todas as crises. Caso vivêssemos no Brasil com
moral e com decência se tornaria mais fácil vencer a atual crise política, a
crise econômica, a crise social, a crise institucional e a crise familiar. Entretanto,
a imoralidade reinante no Brasil destruiu boa parte da família, com reflexo na
educação dos filhos, que repercute na política, na administração da economia, e
nas instituições, o que facilita a corrupção e outros comportamentos
incompatíveis com a moral pública. Um círculo vicioso que vem sendo mantido por
muitos anos e que explica a crise brasileira e a sua dificuldade para debela-la.
A solução para reverter esse cenário passa por dois momentos: no curto prazo
eleger bons políticos e governantes, uma tarefa difícil que só poderá ter
resultado se houver um engajamento maciço da iniciativa privada financiando
diretamente uma campanha educativa pela mídia; no médio e longo prazo com
campanhas educativas permanentes e uma total limpeza no setor educativo para
substituir professores ideologizados por educadores verdadeiros e com moral
cívica liberal conservadora.
Além da crise moral, o Brasil também
enfrenta uma crise nos costumes e tradição. Moral é um conjunto de regras de
conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou
lugar, quer para grupo ou pessoa determinada. É um conjunto das nossas
faculdades morais; é brio, vergonha, bons costumes. Tradição é a transmissão de
valores espirituais através das gerações. Tudo isso está sendo destruído em
consequência da destruição da família, a defesa natural contra a imoralidade, a
falência dos costumes e o espírito cívico. Renovada a família, o Brasil se
recupera e volta a se desenvolver e crescer.
Olavo de Carvalho, em seu artigo Sem
Testemunhas, publicado em 22.07.2000, contribui para mostrar aos brasileiros
como uma pessoa íntegra deve se comportar e agir com moralidade, descrevendo o
comportamento de Albert Schweitzer, que em Minha Infância e Mocidade, lembra o
instante em que pela primeira vez sentiu vergonha de si. Ele tinha por volta de
3 anos e brincava no jardim. Veio uma abelha e picou-lhe o dedo. Aos prantos, o
menino foi socorrido pelos pais e por alguns vizinhos. De súbito o pequeno
Albert percebeu que a dor já havia passado fazia vários minutos e que
continuava a chorar só para obter a atenção da plateia. Ao relatar o caso,
Schweitzer era um septuagenário. Tinha atrás de si uma vida realizada, uma
grande vida de artista, de médico, de filósofo, de alma cristã devotada ao
socorro dos pobres e doentes. Mas ainda sentia vergonha dessa primeira trapaça.
Esse sentimento atravessara os anos, no fundo da memória dando-lhe repuxões na
consciência a cada nova tentação de autoengano. Notem que em volta, ninguém
tinha percebido nada. Só o menino
Schweitzer soube da sua vergonha, só ele teve de prestar contas do seu ato ante
sua consciência e seu Deus. Estou
persuadido de que as vivências desse tipo – os atos sem testemunhas, como
costumo chamá-los – são a única base possível sobre a qual um homem pode
desenvolver uma consciência moral autêntica, rigorosa e autônoma. Só aquele que
na solidão, sabe ser rigoroso e justo consigo mesmo – e contra si mesmo – é
capaz de julgar os outros com justiça, em vez de se deixar levar pelos gritos
da multidão, pelos estereótipos da propaganda, pelo interesse próprio
disfarçado em belos pretextos morais....
Quem consegue ser rigoroso e justo
consigo mesmo nesse Brasil contaminado pelos recentes costumes imorais trazidos,
não do berço, nem de famílias, mas das ruas, onde a maioria das crianças são
educadas? Saídos da rua quando possível, os jovens vão encontrar nos colégios e
universidades ensinamentos para viver sob determinada ideologia num mundo
sombrio impregnado de ódio e de discriminação. A maioria dos jovens brasileiros,
quando se liberta dessa gangue de professores comunistas, tem consciência que
está sendo vitimado por decisões que não são as dele, mas oriundas de
cafajestes contaminados de moral fétida, mas não encontra forças nem apoio para
se libertar dessa lama pútrida comandada por uma corporação maléfica a qual
fazem parte comunistas, vadios, viciados, políticos e empresários desonestos,
falsos filósofos, professores medíocres comunistas, mercadores sindicalistas,
advogados prevaricadores, e outros imorais que vendem sua alma ao serviço de
ideologias que reduzem o ser humano a um farrapo.
Buscar a felicidade é um direito do
ser humano, é próprio do seu livre arbítrio. Essa natureza não pode ser
destruída por essa canalhada imunda comunista e por políticos ignóbeis, o que
os dá o direito de reagirem com toda força para afastá-los do poder e se
necessário do país, pois o lugar deles é na prisão ou numa Coréia do Norte onde
a vida não tem valor e onde não existe moral e ética.
Diante de tanta imundície e
canalhice vale a pena ler um pouco de Herman Hesse:
“Pode ser que venham tempos de
horror e profunda miséria. E se deve haver ainda na miséria uma felicidade,
esta só poderá ser uma felicidade do espírito, voltada retrospectivamente para
a salvação da cultura de tempos anteriores e orientada prospectivamente a
afirmação serena e infatigável do espirito num tempo que doutra maneira poderia
ceder completamente à matéria.”
Armando
Soares – economista
e-mail: armandoteixeirasoares@gmail.comSoares é articulista de Libertatum
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá! Seja benvindo! Se você deseja comunicar-se, use o formulário de contato, no alto do blog. Não seja mal-educado.