Reagir
é preciso.
Por Armando Soares
“É sumamente
melancólico – porém não irrealista – admitir-se que no albor dos anos 60 este
grande país não tinha senão duas miseráveis opções: ‘anos de chumbo’ ou ‘rios
de sangue’...” (Roberto Campos)
Será que os brasileiros de bom senso, de caráter em
nossos dias deixarão o país caminhar para as duas opções admitida por Roberto
Campos aquela época, os ‘anos de chumbo’ ou ‘rios de sangue’, enriquecidas em
nossos dias pela corrupção. O Brasil foi contaminado e dominado por gangues de
empresários bandidos, por gangues de políticos moralmente imundos, por gangues
de socialistas e comunistas calhordas, por gangues de sindicalistas e de
privilégios indecentes. Sabe-se que para tudo tem uma hora certa, essa é a hora
certa da sociedade brasileira reagir com firmeza contra toda essa imundície
descarregada por essas gangues, por esses trapos de gente.
Todos
os brasileiros, inocentes úteis ou conscientes precisam despertar e reagir
enquanto há tempo de salvar o Brasil de uma queda mortal. PT, PMDB, PSDB, toda
a esquerda e partidos fisiológicos já deram provas suficientes de seus podres
objetivos. Esse pessoal nunca esteve interessado em lutar por uma democracia,
bem longe disso. Seu foco sempre foi de implantar uma democracia popular para
roubar e roubar. Democracia popular nada mais é do que uma maneira de enganar e
roubar.
Diante da crise política, moral, ética,
institucional, e de segurança que vive o Brasil, necessário se faz trazer para
os brasileiros que não vivenciaram o golpe militar a memória da crise política
e institucional que provocou a ação militar, que teve origem na renúncia de
Jânio Quadros e a ascensão de João Goulart, herdeiro político do ditador
Getúlio Vargas, na presidência do país. Vivia o país a época o risco de uma
guerra civil provocada por ação de comunistas comandados por Leonel Brizola,
Luiz Carlos Prestes e outros bandidos. Goulart desapropriou todas as terras num
raio de dez quilômetros dos eixos das rodovias e ferrovias federais para
realizar reforma agrária, encampou refinarias de petróleo privadas, tabelou
aluguéis; a inflação era de 75% com projeção para 140%; as greves duplicaram
entre 1962 e 1963, um cenário de crise econômica profunda e irreversível. Nesse
cenário Brizola incentivava o golpe de esquerda, o que culminou com a revolta
dos marinheiros, o que determinou um contragolpe dos militares brasileiros. O
general Humberto de Alencar Castello Branco, assumiu o comando da nação realizando
um excelente governo, em destaque para o desenvolvimento da Amazônia, princípio
que facilitou o milagre econômico sentido por todos os brasileiros.
Veio o governo civil e o Brasil contaminado por
partidos da esquerda pestilentos, no nosso entender, comunistas disfarçados, se
aproximou do comunismo com apoio da mídia adubada com dinheiro da corrupção. A
economia foi dilacerada, o autoritarismo se fortaleceu assim como o Estado, o
qual se apresentou como o dono da vontade de todos os brasileiros. O grande
produto desse Estado foi a corrupção e a crise econômica a demonstrar por si só
a inviabilidade do estatismo e do socialismo, uma construção desse polvo
vermelho desonesto para roubar o povo. Essa experiência socialista corrupta do
comunismo/socialismo trazido pelo governo civil matou a esperança do povo, a
economia e provocou um desemprego de 14 milhões de brasileiros.
Diante
de um cenário crítico prostituído político, econômico, social, institucional,
jurídico e de segurança, necessário se faz tirar do baú da história o editorial
de autoria do jornalista Roberto Marinho, publicado no jornal ‘O Globo’, edição
de 07 de outubro de 1984, uma postura diferente do jornal em nossos dias. Essa
a postura que o povo brasileiro gostaria de ver novamente nesse jornal em
nossos dias para ajudar com a total limpeza da corrupção, do comunismo e do
Estado destruído pela imundície moral.
Editorial de autoria do
jornalista Roberto Marinho
“Participamos da Revolução de 1964 identificados com os
anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela
radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada”.
“Quando a nossa redação foi invadida por tropas
anti-revolucionárias, mantivemo-nos firmes em nossa posição. Prosseguimos
apoiando o movimento vitorioso desde os primeiros momentos de correção de rumos
até o atual processo de abertura, que se deverá consolidar com a posse do novo
presidente. Temos permanecido fiéis aos seus objetivos, embora conflitando em
várias oportunidades com aqueles que pretenderam assumir o controle do processo
revolucionário, esquecendo-se de que os acontecimentos se iniciaram, como
reconheceu o Marechal Costa e Silva, “por exigência irrefutável do povo
brasileiro”. Sem o povo não haveria a revolução, mas apenas um “pronunciamento”
ou “golpe” com o qual não estaríamos solidários. ”
“O Globo, desde a Aliança Liberal, quando lutou contra os vícios
políticos da Primeira República, vem pugnado por uma autêntica democracia e
progresso econômico e social do país. Em 1964, teria de unir-se aos
companheiros jornalistas de jornadas anteriores, aos “tenentes e bacharéis” que
se mantinham coerentes com as tradições e os ideais de 1930, aos
expedicionários da FEB que ocupavam a Chefia das Forças Armadas, aos quais sob
a pressão de grandes marchas populares, mudando o curso de nossa história. ”
“Volvendo os olhos para as realizações nacionais dos últimos vinte
anos, há que se reconhecer um avanço impressionante: em 1964 éramos a
quadragésima nona economia mundial, com uma população de 80 milhões de pessoas
e uma renda per capita de 900 dólares; somos hoje a oitava, com uma população
de 130 milhões de pessoas, e uma renda média per capita de 2.500 dólares. ”
Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco - Presidente da República.
“O Presidente Castelo Branco, em seu discurso de posse, anunciou que
a revolução visava “a arrancada para o desenvolvimento econômico, pela elevação
moral e política”. Dessa maneira, acima do progresso material, delineava-se o
objetivo supremo da preservação dos princípios éticos e do restabelecimento do
estado de direito. Em 24 de junho de 1978, o presidente Geisel anunciou o fim
dos atos de exceção, abrangendo o AI-5, o decreto-lei 477 e demais Atos
Institucionais e com isso, restauravam-se as garantias da magistratura e o
instituto do habeas-corpus. Cessava a competência do Presidente para decretar o
fechamento do Congresso e a intervenção nos Estados, fora das determinações
constitucionais. Perdia o Executivo as atribuições de suspender direitos
políticos, cassar mandatos, demitir funcionários e reformar militares.
Extinguiam-se as atividades da CGI (Comissão Geral de Inquérito) e o confisco sumário
de bens. Desapareciam da legislação o banimento, a pena de morte, a prisão
perpétua e a inelegibilidade perene dos cassados. Findava-se o período
discricionário, significando que os anseios de liberalização que Castelo Branco
e Costa e Silva manifestaram em diversas ocasiões e que Médice vislumbrou em
seu primeiro pronunciamento finalmente se concretizavam. ”
“Enquanto vários líderes oposicionistas pretenderam considerar
aquelas medidas fundamentais como “mero paliativo”, o então Deputado Tancredo Neves,
líder do MDB na Câmara Federal, reconheceu que a determinação governamental
“foi além do esperado”. Ao assumir o Governo, o Presidente Figueiredo jurou dar
continuidade ao processo de redemocratização. A concessão da anistia ampla e
irrestrita, as eleições diretas para governadores dos Estados, e colaboração
federal com os novos governos oposicionistas na defesa dos interesses maiores
da coletividade, são demonstrações de que o presidente não falou em vão. Não há
memória de que haja ocorrido aqui, ou em qualquer outro país, que um regime de
força consolidado há mais de dez anos se tenha utilizado do seu próprio
arbítrio para se autolimitar, extinguindo os poderes de exceção, anistiando
adversários, ensejando novos quadros partidários, em plena liberdade de
imprensa. ”
“É esse, indubitavelmente, o maior feito da revolução de 1964. Neste
momento em que se desenvolve o processo da sucessão presidencial, exige-se
coerência de todos os que têm a missão de preservar as conquistas econômicas e
políticas dos últimos decênios. O caminho para o aperfeiçoamento das
instituições é reto. Não admite desvios aéticos, nem afastamento do povo.
Adotar outros rumos ou retroceder para atender a meras conveniências de facções
ou assegurar a manutenção de privilégios seria trair a Revolução no seu ato
final. ”
O
Brasil precisa ter de volta esse jornalismo para levantar o povo e destruir a
imundície moral que tomou conta da nação.
Armando Soares –
economista
Soares é articulista de Libertatum