terça-feira, 23 de maio de 2017

Reagir é preciso.

Por Armando Soares

“É sumamente melancólico – porém não irrealista – admitir-se que no albor dos anos 60 este grande país não tinha senão duas miseráveis opções: ‘anos de chumbo’ ou ‘rios de sangue’...” (Roberto Campos)


                Será que os brasileiros de bom senso, de caráter em nossos dias deixarão o país caminhar para as duas opções admitida por Roberto Campos aquela época, os ‘anos de chumbo’ ou ‘rios de sangue’, enriquecidas em nossos dias pela corrupção. O Brasil foi contaminado e dominado por gangues de empresários bandidos, por gangues de políticos moralmente imundos, por gangues de socialistas e comunistas calhordas, por gangues de sindicalistas e de privilégios indecentes. Sabe-se que para tudo tem uma hora certa, essa é a hora certa da sociedade brasileira reagir com firmeza contra toda essa imundície descarregada por essas gangues, por esses trapos de gente.  

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Todos os brasileiros, inocentes úteis ou conscientes precisam despertar e reagir enquanto há tempo de salvar o Brasil de uma queda mortal. PT, PMDB, PSDB, toda a esquerda e partidos fisiológicos já deram provas suficientes de seus podres objetivos. Esse pessoal nunca esteve interessado em lutar por uma democracia, bem longe disso. Seu foco sempre foi de implantar uma democracia popular para roubar e roubar. Democracia popular nada mais é do que uma maneira de enganar e roubar.

                Diante da crise política, moral, ética, institucional, e de segurança que vive o Brasil, necessário se faz trazer para os brasileiros que não vivenciaram o golpe militar a memória da crise política e institucional que provocou a ação militar, que teve origem na renúncia de Jânio Quadros e a ascensão de João Goulart, herdeiro político do ditador Getúlio Vargas, na presidência do país. Vivia o país a época o risco de uma guerra civil provocada por ação de comunistas comandados por Leonel Brizola, Luiz Carlos Prestes e outros bandidos. Goulart desapropriou todas as terras num raio de dez quilômetros dos eixos das rodovias e ferrovias federais para realizar reforma agrária, encampou refinarias de petróleo privadas, tabelou aluguéis; a inflação era de 75% com projeção para 140%; as greves duplicaram entre 1962 e 1963, um cenário de crise econômica profunda e irreversível. Nesse cenário Brizola incentivava o golpe de esquerda, o que culminou com a revolta dos marinheiros, o que determinou um contragolpe dos militares brasileiros. O general Humberto de Alencar Castello Branco, assumiu o comando da nação realizando um excelente governo, em destaque para o desenvolvimento da Amazônia, princípio que facilitou o milagre econômico sentido por todos os brasileiros.

                Veio o governo civil e o Brasil contaminado por partidos da esquerda pestilentos, no nosso entender, comunistas disfarçados, se aproximou do comunismo com apoio da mídia adubada com dinheiro da corrupção. A economia foi dilacerada, o autoritarismo se fortaleceu assim como o Estado, o qual se apresentou como o dono da vontade de todos os brasileiros. O grande produto desse Estado foi a corrupção e a crise econômica a demonstrar por si só a inviabilidade do estatismo e do socialismo, uma construção desse polvo vermelho desonesto para roubar o povo. Essa experiência socialista corrupta do comunismo/socialismo trazido pelo governo civil matou a esperança do povo, a economia e provocou um desemprego de 14 milhões de brasileiros. 

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Diante de um cenário crítico prostituído político, econômico, social, institucional, jurídico e de segurança, necessário se faz tirar do baú da história o editorial de autoria do jornalista Roberto Marinho, publicado no jornal ‘O Globo’, edição de 07 de outubro de 1984, uma postura diferente do jornal em nossos dias. Essa a postura que o povo brasileiro gostaria de ver novamente nesse jornal em nossos dias para ajudar com a total limpeza da corrupção, do comunismo e do Estado destruído pela imundície moral.  

                 Editorial de autoria do jornalista Roberto Marinho

                “Participamos da Revolução de 1964 identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada”.

“Quando a nossa redação foi invadida por tropas anti-revolucionárias, mantivemo-nos firmes em nossa posição. Prosseguimos apoiando o movimento vitorioso desde os primeiros momentos de correção de rumos até o atual processo de abertura, que se deverá consolidar com a posse do novo presidente. Temos permanecido fiéis aos seus objetivos, embora conflitando em várias oportunidades com aqueles que pretenderam assumir o controle do processo revolucionário, esquecendo-se de que os acontecimentos se iniciaram, como reconheceu o Marechal Costa e Silva, “por exigência irrefutável do povo brasileiro”. Sem o povo não haveria a revolução, mas apenas um “pronunciamento” ou “golpe” com o qual não estaríamos solidários. ”

“O Globo, desde a Aliança Liberal, quando lutou contra os vícios políticos da Primeira República, vem pugnado por uma autêntica democracia e progresso econômico e social do país. Em 1964, teria de unir-se aos companheiros jornalistas de jornadas anteriores, aos “tenentes e bacharéis” que se mantinham coerentes com as tradições e os ideais de 1930, aos expedicionários da FEB que ocupavam a Chefia das Forças Armadas, aos quais sob a pressão de grandes marchas populares, mudando o curso de nossa história. ”

“Volvendo os olhos para as realizações nacionais dos últimos vinte anos, há que se reconhecer um avanço impressionante: em 1964 éramos a quadragésima nona economia mundial, com uma população de 80 milhões de pessoas e uma renda per capita de 900 dólares; somos hoje a oitava, com uma população de 130 milhões de pessoas, e uma renda média per capita de 2.500 dólares. ”

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Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco - Presidente da República.

“O Presidente Castelo Branco, em seu discurso de posse, anunciou que a revolução visava “a arrancada para o desenvolvimento econômico, pela elevação moral e política”. Dessa maneira, acima do progresso material, delineava-se o objetivo supremo da preservação dos princípios éticos e do restabelecimento do estado de direito. Em 24 de junho de 1978, o presidente Geisel anunciou o fim dos atos de exceção, abrangendo o AI-5, o decreto-lei 477 e demais Atos Institucionais e com isso, restauravam-se as garantias da magistratura e o instituto do habeas-corpus. Cessava a competência do Presidente para decretar o fechamento do Congresso e a intervenção nos Estados, fora das determinações constitucionais. Perdia o Executivo as atribuições de suspender direitos políticos, cassar mandatos, demitir funcionários e reformar militares. Extinguiam-se as atividades da CGI (Comissão Geral de Inquérito) e o confisco sumário de bens. Desapareciam da legislação o banimento, a pena de morte, a prisão perpétua e a inelegibilidade perene dos cassados. Findava-se o período discricionário, significando que os anseios de liberalização que Castelo Branco e Costa e Silva manifestaram em diversas ocasiões e que Médice vislumbrou em seu primeiro pronunciamento finalmente se concretizavam. ”

“Enquanto vários líderes oposicionistas pretenderam considerar aquelas medidas fundamentais como “mero paliativo”, o então Deputado Tancredo Neves, líder do MDB na Câmara Federal, reconheceu que a determinação governamental “foi além do esperado”. Ao assumir o Governo, o Presidente Figueiredo jurou dar continuidade ao processo de redemocratização. A concessão da anistia ampla e irrestrita, as eleições diretas para governadores dos Estados, e colaboração federal com os novos governos oposicionistas na defesa dos interesses maiores da coletividade, são demonstrações de que o presidente não falou em vão. Não há memória de que haja ocorrido aqui, ou em qualquer outro país, que um regime de força consolidado há mais de dez anos se tenha utilizado do seu próprio arbítrio para se autolimitar, extinguindo os poderes de exceção, anistiando adversários, ensejando novos quadros partidários, em plena liberdade de imprensa. ”

“É esse, indubitavelmente, o maior feito da revolução de 1964. Neste momento em que se desenvolve o processo da sucessão presidencial, exige-se coerência de todos os que têm a missão de preservar as conquistas econômicas e políticas dos últimos decênios. O caminho para o aperfeiçoamento das instituições é reto. Não admite desvios aéticos, nem afastamento do povo. Adotar outros rumos ou retroceder para atender a meras conveniências de facções ou assegurar a manutenção de privilégios seria trair a Revolução no seu ato final. ”

O Brasil precisa ter de volta esse jornalismo para levantar o povo e destruir a imundície moral que tomou conta da nação.


Armando Soares – economista


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Soares é articulista de Libertatum

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