segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Um somatório de erros – Brasil

Por Armando Soares

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                A democracia tão falada e festejada no Brasil não passou de um erro de grande profundidade. O uso da democracia no governo civil após o regime militar conturbou a política, a economia, o social e o institucional brasileiro e instalou o caos no país. A democracia demagógica populista ao invés de trazer liberdade ou expandir a liberdade levou ao poder oligarcas que transformaram o Brasil num país sem futuro. O mau do político brasileiro, e do brasileiro em geral, é copiar e não criar. Se para os Estados Unidos a democracia deu bons resultados, não significa que daria bons resultados em outros países.

Quando os Estados Unidos quiseram forçar a implantação da democracia em outros países, o tiro saiu pela culatra, gerou conflitos e revoluções sangrentas. A forma de governo mais adequada para um país, depende da experiência histórica, dos costumes, das crenças, do estado de cultura, da tradição legislativa e das circunstâncias materiais de um povo, coisas que variam de país para país e de época a época. A democracia criada e implantada no Brasil não observou nada disso; foi implantada na marra o que facilitou a desordem institucional, não passou de um processo libertário insensato, conforme se verifica no dia-a-dia nas cidades brasileiras.

                A democracia imposta à constituição de 89, ampliou a liberdade a um ponto perigoso anulando a aplicação da lei e obstaculizando a ordem estabelecida, propiciando o caos. Por não ser, por natureza, uma filosofia política, nem um plano de organização política, a democracia é apenas uma condição social que pode ter consequências políticas desastrosas, como gerar um governo da turba, ideal para ações comunistas/socialistas conflituosas, como se verifica a todo momento no Brasil. A democracia que se desenvolveu nos Estados Unidos, foi uma “democracia territorial”, enraizada nas cidades, hostil a centralização política, desconfiada do poder executivo, ligada ao interesse rural, completamente diferente das “democracias populares”, como a criada em 89 no Brasil.

                A democracia brasileira é uma ideologia que gera uma liberdade irresponsável que destrói a ordem e a lei, cria fanáticos, se constituindo uma irrealidade; enfraquece a estrutura constitucional, e permite que se crie a oportunidade de ceder aos apetites, sem restrições, ou seja, todos os excessos estão autorizados pela constituição brasileira, o que explica as tristes cenas que comumente acontecem no legislativo, no executivo, no judiciário, nas ruas, em todos os cantos do Brasil, excessos de comportamento que são ampliados em seu poder corrosivo pela ascendência da televisão e de outros meios de rápida comunicação que podem formar ou pôr em dúvida a opinião pública em algumas poucas horas. O igualitarismo democrático irresponsável e nocivo praticado no Brasil divulgado irresponsavelmente pelos meios de comunicação no seio de um povo sem cultura, despertam simpatias e amenizam o impacto de crimes hediondos, racismo e outros ismos produtos do “tudo pode”.

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                Esse cenário político, social e institucional brasileiro lastimável pode ser revertido através da ordem, da justiça e da liberdade. Os brasileiros podem viver bem e em paz numa república federativa, em plena liberdade, sem necessidade de democracias populares, certamente, uma das causas do caos que se instalou no Brasil.

                Se quisermos uma Brasil melhor temos que correr; já se aproxima a época de eleições e se não criarmos um ambiente para melhorar o quadro político, o Brasil afunda mais. Como continuar a viver num país sem futuro, ouvindo os mesmos discursos enganosos de que uma nova nação estava em formação erradicando a pobreza, combatendo nossas mazelas sociais, proporcionando dignidade aos mais pobres; discursos fantasiosos, mentirosos, enganadores, canalhas que acabou com o país nesses últimos 30 anos. Há trinta anos estamos assistindo um cenário crescente de pobreza e de corrupção intensa; mais de 20 milhões de brasileiros estão vivendo com uma renda familiar per capita inferior a linha da pobreza, ganhando menos de R$140,00/mês, e mais de 9 milhões terminarão 2017 com renda inferior a R$70,00; quase metade dos brasileiros sobrevivem com até um salário mínimo, no nordeste, onde vivem e  vicejam políticos de esquerda enganadores, esse número alcança 68%, cenário desolador, onde se compra voto através da bolsa família – instrumento público inútil que ao invés de propiciar meios para erradicar a pobreza, gera mais pobreza e esmolantes; em estados mais pobres, como no Maranhão administrado por comunista, 27,2% dos maranhenses sobrevivem com ¼ do salário mínimo; somos pobres também, e muito pobres em educação; 50 milhões de brasileiros são analfabetos ou semiletrados; mais de 35 milhões de brasileiros não possuem acesso a água tratada; quase 100 milhões de brasileiros não tem acesso a coleta de esgoto; 17 milhões não tem acesso a coleta de lixo; 4 milhões não tem banheiro em casa; toda essa miséria é resultado da confiança depositada pelo povo numa classe política corrupta e incompetente que engana com facilidade o pobre e o analfabeto, que acaba viciado na vagabundagem. No mínimo a metade do ganho do brasileiro vai para o bolso desses pilantras. O estrangeiro classifica o Estado brasileiro como o pior do mundo; o judiciário o mais caro do Ocidente, e talvez o mais ineficiente, junto com o sistema de saúde; o Congresso é um dos mais oneroso e corrupto; o país tem o menor retorno do imposto cobrado ao cidadão; em contrapartida, recebemos muita burocracia; temos uma economia mais fechada da América Latina para fazer negócios; somos líder no mundo de encargos trabalhistas e burocracia fiscal e um dos menos competitivo do planeta, salvo na agropecuária que é perseguida por invasores de propriedade e pelo IBAMA; abraçamos com muita alegria quem promete e condenamos quem produz. O resultado desse cenário é subdesenvolvimento crônico, subvida, corrupção, violência, prostituição em todos os setores públicos, pobreza, caos.

                O que esperar desse cenário indecente e pútrido, do atual quadro político brasileiro e de uma instituição dominada por uma democracia popular nociva? Quem pode viver num país com essa realidade? Só um povo sem coragem, sensibilidade e amor à pátria.


Armando Soares – economista



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