quarta-feira, 27 de setembro de 2017

O estado babá e Sandoval Quaresma.


Por Vanderli Camorim

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Brandão Filho - Sandoval  Quaresma

Não sei quem é um cidadão que deu uma entrevista na tv, mas me pareceu o Sandoval Quaresma, o aluno da Escolinha do Professor Raimundo - Chico Anísyo - que no inicio responde certo a questão mas quando vai completar a resposta e tirar dez faz uma confusão dos diabos e tira nota zero.

Assim esse entrevistado. No inicio até que fala bem. Mas logo em seguida embrulha tudo usando o mesmo raciocínio econômico. Não acrescentou nada. Só reclamou.

O Estado do Bem-Estar Social, eufemismo para o socialismo, é a raiz do mal. Tem-se por ele o estado que vai cuidar do cidadão, dando casa comida, roupa lavada, além de aposentadoria, educação, saúde, e sabe lá o que, um apego mental incrível.

Mas para cumprir a missão de estado babá não há dinheiro que chegue. Logo, não é permitido fazer o que foi prometido. Também é uma boa razão para fazer o político honesto virar mentiroso e o mentiroso pior ainda. O cara que for eleito para dirigir vai meter os pés pelas mãos e em certos momentos vai se sentir um deus capaz de fazer milagres. Se não houver ninguém para pará-lo ele vai tornar o país um manicômio.

O socialismo é impraticável.

O interessante em indivíduos assim é que não se questiona o estado do bem-estar social, um novo nome para o programa e governo socialista, e reduzem tudo a uma mera crise econômica. Sem noção do que falam como também do que se trata. O entrevistado em apreço é o exemplo disso. No fundo é um cara tão perigoso quanto o que diz criticar.

A "crise econômica" é o resultado acabado de um modo de pensar que está entranhado na população que não consegue se livrar de sua alma de escravo. Concebido na escravidão o brasileiro está acostumado a esperar tudo do seu senhor, o estado ou governo. As vezes olha para o vizinho com inveja de seu desenvolvimento, admira-o e o quer imitar. Durante o século 19 ficou com esse sentimento com a Inglaterra e depois com os EUA. Nunca compreendeu que a riqueza dos povos está na liberdade de trabalhar e empreender sem obstrução do estado ou governo absoluto. A disputa que parecia até pessoal entre D. Pedro II e o Visconde de Mauá refletia está animosidade contra o capitalismo, o regime da liberdade individual. Isto levou a alguns descontentamentos que resultaram no golpe militar que o derrubou entrando o Brasil na rota do socialismo. Não era o socialismo no estilo marxista revolucionário que advoga a extinção dos que opõe mas no estilo Augusto Comte que via essa revolução através do controle da educação que com o tempo faria todo mundo acreditar que pau é pedra, como realmente conseguiu. Controlando o pensamento assim este socialismo se mostrou superior visto que ninguém o contesta.

E assim essa nação de escravos não consegue se livrar de seus grilhões.

Desde a derrubada do Império que uma sucessão de governos tem se empenhado em estabilidade mas tudo tem levado só a crises econômicas  O socialismo, seja qual for sua aparência e nome é impossível. Não porque se deve a má gestão, mas porque se baseia na política de dinheiro fácil que leva à queima de capital. No início desta queima todos tem a sensação que ficaram ricos. Mas só mais tarde e dolorosamente a ficha caí.

Adotar os métodos da economia de mercado sem a sua filosofia, o liberalismo econômico, é malhar em ferro frio, o que levará a novas crises. 

Nelas sempre estarão de plantão os discípulos do Sandoval Quaresma.


 Vanderli Camorim

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Camorim é articulista de Libertatum

Um comentário:

  1. Caro, tenho acompanhado seus comentários, e está conforme temos visto na educação, ao passar todos os alunos no final do ano, sabendo ou não sabendo, estamos tirando desses alunos a atitude, a luta, o entusiasmo, o natural de qualquer ser humano. Não há um sistema educacional público capaz de atingir essa meta, mas a meta do passar pelo passar, enquanto ocorrer isso, teremos pessoas fracas, sem brio, e pior, sem emoção. Aqui em São Paulo, governo que há 24 anos edita o mesmo sistema, e professores, gestores corrompidos, porque somos medidos pelas quantidades de notas vermelhas, o abaixo do básico, e não pelos alunos avançados. Isso é um terror.

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