terça-feira, 7 de novembro de 2017

A cultura do declínio e a crise brasileira


Por Armando Soares


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                A constituição brasileira de 88 sintetiza a cultura brasileira em queda profunda, arrastando com ela o econômico e o político, fato que produziu ao longo de anos a formação de elites políticas contaminadas por ideologias idiotizadas e satânicas, ditatoriais e escravagistas, as quais alimentou ainda mais uma cultura de declínio, obstáculo que impossibilitou até o presente momento o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

                O Brasil atrasado e distante do mundo desenvolvido assimila com facilidade o que vem acontecendo em grande parte da sociedade contemporânea que embarcou numa concepção letárgica do mundo, em uma dimensão em que as fraquezas individuais são estimuladas e a ordem política passou a tratar o indivíduo como uma criança.

                Isso tudo acontece no mundo e no Brasil no momento em que jamais na história do homem as pessoas tiveram vida tão longa e isenta de dor, jamais houve tanta gente, e em tão alta proporção podendo escolher como viver, que objetivos buscar e de que maneira se divertir. Por outro lado, nunca tanta gente se sentiu tão angustiada e deprimida, precisando de recorrer a pílulas para apaziguar seu sofrimento. A humanidade deu duro para fabricar uma cornucópia para si, mas acabou por descobrir que essa cornucópia não trazia a liberdade almejada, tudo o que ela trouxe foi uma espécie diferente de angústia.

                Essa angústia reflete o problema com a administração pública em nossos dias; ela não é tão bem-sucedida quanto o fracasso, pois o fracasso cria trabalhos para ainda mais funcionários e torna o governo ainda mais providencial, gerando um exército de vagabundos mantidos por quem trabalha para garantir sua renda.

                Essa anomalia pútrida atinge as escolas que agora não podem mais excluir os alunos que tumultuam o ambiente escolar, de modo que um punhado de crianças assim pode inutilizar centenas, até milhares, de horas de instrução para uma grande quantidade de colegas que, por conseguinte, têm menos chance de ser bem-sucedidos na vida, que é o projeto comunista e socialista.

                O Estado brasileiro se tornou, nas mãos de socialistas, comunistas e ambientalista-indigenistas, um sistema de patronagem amplo obscuro e confuso, de cuja influência só poucos conseguem escapar por completo. Trata-se de um Estado essencialmente corporativista: o governo central, ávido por poder, se coloca como autoridade em todas as questões, declarando-se onicompetente tanto no plano moral (podre) quanto no plano prático; além disso, valendo-se da taxação, do licenciamento, da regulação e da burocracia, ele destrói a independência de todas as organizações que intervêm entre ele e cada cidadão. Se conseguir arrastar um número suficiente de cidadãos à dependência, o governo central pode permanecer no poder, se não, para sempre, no mínimo por um longo período de tempo, ao menos até que uma crise ou um cataclismo imponha mudanças, exatamente o que aconteceu com o Brasil, a partir a partir do governo civil com Sarney, se aprofundando com Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma. O que se verificou nesses malditos governos é que no fim da cadeia de patronagem do Estado brasileiro se encontra a classe de baixa renda ou quase-renda, cujos membros são os escravos de todo o ecossistema corporativista. Por mais empobrecidos e humilhados que venham a ser, eles desempenham papel essencial para o sistema como um todo, uma vez que sua existência fornece as provas ideológicas que explicam a necessidade de um governo providencial e justifica muitas oportunidades de emprego por si sós. O que se assiste nessa realidade grotesca e bandida, é uma quantidade enorme de pessoas que se corromperam até o último cabelo por ter sido privadas de responsabilidade, propósito e respeito próprio, mostrando-se vazias, tanto de esperança quanto de medo, vivendo tão perto do inferno quanto de qualquer lugar onde a sociedade moderna pode chegar.

                No Brasil do governo civil de Sarney, FHC, Lula e Dilma, houve uma estranha inversão proposital, de prioridades, questões importantes foram encaradas superficialmente e questões ordinárias com seriedade, uma revelação de absoluta falta de competência e honradez profunda que trouxe consequências desastrosas para a qualidade de vida do Brasil, como é o caso da crise atual econômica, social e institucional, e principalmente a de segurança que aparece como uma matança programada.



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                Nos últimos 30 anos, a política governamental brasileira tem se dedicado a tornar a população praticamente indefesa contra os criminosos e a criminalidade; hoje brasileiro algum passa muito tempo sem refletir sobre como se tornar vítima de um roubo, de um arrombamento, de uma violência ou de assassinato cruel e desumano. Esse é um cenário montado por intelectuais progressistas desonestos que fingem ver no crime uma resposta natural e compreensível à injustiça social e imaginou na sua mente doentia, uma experiência longa consolidada numa constituição criminosa, até agora inconclusa, de leniência, a qual tornou vil a qualidade de vida de milhões de pessoas, em especial dos pobres. A verdade que ninguém pode ignorar é que o fracasso do Estado brasileiro em proteger a vida e os bens dos seus cidadãos e em levar a sério seu dever nessa esfera cria uma situação politicamente perigosa, uma vez que coloca a legitimidade do próprio Estado em risco. As possíveis consequências disso são incalculáveis, visto que tal fracasso poderia arruinar a reputação do Estado de direito. O mais estranho e incompreensível desse cenário é ver serem publicadas pesquisas eleitoreiras por uma mídia imoral, dando o Lula e Marina como bem cotados para presidente do Brasil, demonstração de que a mídia por maior ou menor que seja está a serviço de bandidagem e é incapaz de mostrar ao povo ignorante que o retorno desses bandidos ao comando do país é a certeza do caos e da quebra definitiva do país. Diante do tamanho dessa iniquidade, não temos dúvida de que quão próximo estamos de uma uniformidade quase totalitária daquilo que pode ser dito – uma uniformidade que os bem-pensantes impõe, informalmente em nome de todo o povo brasileiro, mas em pleno desprezo pela verdade e pela vida de seus concidadãos.

                A realidade cultural brasileira imposta por políticos e governantes insensatos e imorais, causa mais preocupação quando sabe-se que nossas escolas como funcionam satisfizeram os sonhos criminosos dos educadores progressistas, abandonando o mérito educacional como objetivo e substituindo-o sistematicamente pela elevação da autoestima – ou ao menos da soberba – deixando seus pupilos inconscientes de sua desastrosa ignorância, incapazes até de ler corretamente sem um contrapeso ao ambiente doméstico caótico em que vivem, onde a família foi esmagada, destruída para que o Estado assumisse o seu lugar, que é o mesmo que deixar que as ruas educassem, um criatório de bandidos em escala geométrica.

                O universos em que vive atualmente o brasileiro foi forjado pelos chamados “progressistas” (comunistas, socialistas, ambientalistas e pensadores de meia-tigela), um universo cujas realidades eles são incapazes de reconhecer, um universo que inexiste espaço para as crianças e para a infância. O ambiente criado por esses         “progressistas” irresponsáveis, se torna difícil de fugir. Eles destruíram a família e toda a noção de progresso ou aprimoramento. Criaram uma prisão gigante para recolher o povo brasileiro.

                Essa cultura de declínio imposta a partir do governo civil tem que ser destruída com vigor e coragem. A próxima eleição vai poder mostrar se o brasileiro aprendeu a lição e se quer um novo Brasil ou se prefere permanecer comandado pela escória política progressista.



Armando Soares – economista


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