quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Matador de Policial.


Por Alexandre Garcia



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Funeral do policial Brian, em NY, presentes seus pais, irmã, prefeito, e milhares de policiais.


Aqui no Brasil estão soltando condenados, inclusive os por corrupção, pelo generoso indulto de Natal; há o festivo saidão natalino e de Ano Novo, enquanto o Supremo alivia prisões cautelares de corruptos. No indulto, um ladrão de automóveis sem reincidência, condenado a 12 anos, pode sair depois de dois anos e 5 meses, pelos meus cálculos.

No país em que o número de policiais-militares mortos esse ano no Rio de Janeiro, chega a 132, enquanto escrevo estas linhas. No hemisfério norte, semana passada, um tribunal de Nova Iorque condenou à prisão perpétua, sem direito a saidões, indultos, progressão de pena ou liberdade condicional, o matador de um policial. Ao pronunciar a sentença, o juiz disse: 

pelo assassinato do policial Brian, que estava em serviço, a sentença do tribunal é prisão perpétua. Toda a vida, sem liberdade condicional. Para tornar mais simples para o seu cérebro comprometido, você vai morrer na prisão. Nunca mais irá respirar ar puro fora do aço e do concreto de uma prisão do Estado de Nova Iorque. Essas sentenças são aplicadas juntas, consecutivas com cada uma. Em adição aos 300 dólares de sobretaxa obrigatória, uma taxa de 50 dólares para o sistema de assistência às vítimas de crimes, uma taxa de 50 dólares de registro de DNA, todas a serem pagas pelo condenado. Cientifico seu advogado do direito de recorrer e de tirar a sua cara com esse sorriso cínico fora deste Tribunal. 

É assim que a maior democracia do planeta trata matadores de policiais. Violência no campo, invasões, depredações, aqui são toleradas por razões ideológicas, se equiparam aos assaltos nas estradas e nas cidades. Mentiras jogadas ao léu por políticos equiparam-se às balas "perdidas" em letalidade da cidadania. Assim, matar policiais é matar as leis. 

Assim como desarmaram os cidadãos, emasculando o Direito de Defesa, armam mal os policiais, privam de proteção maior os que estão no front, enfrentando bandidos bem-armados com fuzis modernos, recém contrabandeados. As viaturas da polícia são de dar pena, como se o Brasil não pudesse fazer um bom acordo anti-droga com os Estados Unidos, em troca de carros poderosos, blindados, potentes, estáveis com tração integral, para perseguir os que assaltam - e encarceram a população atrás das grades dos seus lares. 

Quando o policial Brian foi morto em Nova Iorque, a porta da sua casa ficou cheia de flores; o prefeito visitou a família; as honras fúnebres foram de herói; o condenado pagou uma taxa para o fundo de assistência às vítimas. 

Por aqui, os valores estão invertidos.   

Alexandre Garcia


Edição Libertatum
Imagem Google

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