A CLT e o futuro.
Por Ivan Lima
Não se pode negar a imensa oportunidade aberta pós-
impeachment do PT para se denunciar ainda mais o quão nefastos são para os cidadãos tabus
estatistas como a previdência estatal, abordado dia destes aqui. E quão urgente se faz
necessário se fissurar, também, nessa oportunidade, o máximo que se puder, a
infame CLT. Sim, a tal Consolidação das Leis Trabalhistas, é tão fora do tempo
no mundo, que em sua versão tupiniquim copiada da Carta Del Lavoro do Estado
Italiano Fascista de Benito Mussolini, só existe mesmo aqui, no Brasil. E mesmo
entre alguns membros “trabalhistas” em momentos de lampejos mentais, parece já existir
vontade e voto para "flexibilizá-la", tão nefasta se mostra à vida da nação.
A CLT é o estado totalitário que acusa sempre, através de
suas leis, o empreendedor de bandido e o empregado de débil mental, este a ter
que merecer a eterna tutela de vigilantes e sacrossantos juízes, e querubins transvertidos de sindicalistas, advogados, políticos e burocratas. Para isso, todo um universo de recursos é
tomado dos próprios elementos que a CLT diz defender, os trabalhadores. Pois através
de impostos existentes que o mantém sempre explorado e pobre, se faz
sustentar perversamente a existência e manutenção de caríssima e perdulária estrutura
estatal para a defesa dessa ideologia trabalhista abominável que é a CLT.
Adotada pelos marxistas logo que foi promulgada no governo
tirânico de Getúlio Vargas, a CLT passou a ser o braço “legal” dos ideólogos
populistas desde então. A CLT em mais de seis décadas tem sido a razão
filosófica estatal legitimando os “conflitos irreconciliáveis dos indivíduos na
sociedade” conceito de luta de classes tão caro aos marxistas. Sim, os maiores
interessado em manter aceso esse conflito artificial e permanente entre capital
e trabalho, não podem ver, devido à cegueira ideológica de que são portadores,
que fundamentalmente os dois, trabalho e capital, são harmônicos, se
complementam, pois baseados na cooperação social pacífica da divisão do
trabalho.
Ademais, além de interferência indevida na vontade soberana
de indivíduos e seus interesses de trocas em busca de prosperidade, liberdade e
bem estar, a CLT é também a única causadora de desemprego crônico, com suas
leis de restrição e proibição ao trabalho. Lei do salário mínimo, carteira
assinada, férias, encargos trabalhistas em geral, dilapidam, restringem e matam
ou impedem de nascer centenas de milhões de empregos. Essa política perversa que "privilegia" meia dúzia de trabalhadores apenas, na realidade joga milhões de pessoas no
subemprego, e na marginalidade, com suas inevitáveis conseqüências sociais
advindas da baixa estima individual causado por desemprego crônico, falta de
trabalho e renda.
A utopia estatal coletivista de querer transformar em
paraíso a sociedade desprezando as leis econômicas, cálculos de custos empresariais,
visão igualitarista tão demagógica, populista, e tão antinatural quanto utópica,
são na realidade o retrato em 3x4 da nefanda CLT.
A CLT via ideólogos da não produção, seus apologistas, tem sido a principal
disseminadora estatal da mentira perversamente monstruosa de que a causa da
pobreza no Brasil é o capital. Nada mais inverídico, falso, e perverso, com os
próprios trabalhadores que a CLT diz defender. É exatamente o contrário: é a
falta de capital a razão principal
de nossa pobreza. Urge, portanto, que em pleno século XXI, se abram já todas as
portas e janelas ao capital e se liberte os trabalhadores e empreendedores do
jugo da CLT.
No futuro, as pessoas descobrirão espantadas como pode ter
existido algo tão escravizante e bizarro quanto a CLT.
Ivan Lima é editor de Libertatum
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