Ponto de reconstrução
Por Armando Soares
O Brasil nasceu mal e continua ruim até os nossos dias. Para haver uma
reconstrução do País, para que o País possa crescer é preciso que haja um ponto
de partida referencial, um período referencial, determinado pela vontade da
maioria do povo brasileiro. Tudo leva a crer que o País está num momento
oportuno de estabelecer esse ponto de partida para sua reconstrução com o
afastamento do PT do poder junto com o seu pessoal espalhado pelo corpo
estatal.
O povo
brasileiro mais esclarecido está se conscientizando a custa de sofrimento
desnecessário. Foi preciso que o Brasil passasse pela experiência de ideias
socialista e comunista, não só pelas ideias, mas por administrações socialistas
e comunistas para saber que essa ideologia afunda a economia, destrói a moral e
a família, gera pobreza e destrói as instituições e a segurança deixando a
população a mercê dos bandidos e da corrupção. Há algum tempo o Brasil vem
sendo solapado por um mundo acadêmico tendente a abraçar a causa socialista onde
você pode inventar irresponsavelmente como os seres humanos são, propor
soluções que você tem na cabeça, dizer como todo mundo deve agir. Isso vem
sendo feito de maneira silenciosa e bandida por Paulo Freire, um comunista
discípulo do pensamento de Gramsci, chamado no Brasil patrono da educação
comunista. Paulo Freire como outros acadêmicos vem trabalhando
sub-repticiamente para preparar o Brasil para adotar o comunismo, preparo que
culminou com a subida ao poder brasileiro de Fernando Henrique Cardoso, Lula e
Dilma. FHC, um socialista Fabiano não reformou a legislação trabalhista
fascista, não reformou a Previdência, era simpático à política ambiental nociva
ao desenvolvimento do PAÍS, era simpático às ações do aparato
ambientalista-indigenista, entupiu a Amazônia e o Brasil de ONGs estrangeiras
facilitando o terreno para a subida ao poder de Lula e Dilma, duas peças
políticas da pior espécie que levou o Brasil para o charco, para a lama
pútrida. Cabe a uma parcela considerável do povo brasileiro a ascensão desse
pessoal vermelho incompetente e desonesto; foram votos conscientes e
inconscientes de um povo que ainda não amadureceu para conviver com uma
democracia, e por isso está sofrendo na pele o que muitos povos já sofreram, e
ainda vão sofrer mais, pois terão que pagar com seu trabalho, com a sua renda
todo o estrago realizado por esses mentirosos e irresponsáveis políticos.
Intelectuais também têm uma grande parcela de culpa pelo caos político,
social e institucional vivenciado no País. Eles conscientemente vêm
prejudicando o desenvolvimento do Brasil quando se mostram contrários a livre
iniciativa e ao capitalismo, como é o caso mais recente do escritor Luiz
Fernando Veríssimo criticando a extraordinária Ayn Rand com a afirmação que
“faz a apologia do egoísmo criativo e endeusa empreendedores com mais audácia
do que escrúpulos.” E que “Rand (…) tornou-se uma espécie de santa padroeira do
neoliberalismo, proporcionando ao capitalismo desenfreado uma absolvição
filosófica.” João Luiz Mauad administrador de empresas formado pela FGV-RJ,
refuta Veríssimo com verdades e competência. “De fato, Rand é uma defensora
empedernida do modelo capitalista de livre mercado, mas Veríssimo erra de forma
bisonha – provavelmente porque nunca leu a autora que critica – ao descrever os
heróis randianos como empresários com poucos escrúpulos. Nada poderia estar
mais longe da verdade. Ao contrário, esses personagens, em sua totalidade, são
seres cuja consciência é dotada de amplo sentido moral, além de caráter
extremamente íntegro”. Explica Mauad: “Em seu mais famoso romance, “Atlas
Shrugged”, Rand faz uma enérgica defesa dos valores morais do livre mercado. O
capitalismo sustenta ela, é o único sistema que, reconhecendo a natureza
racional do ser humano, e, portanto, a liberdade como exigência desta, se
fundamenta na relação existente entre a razão, a liberdade e a sobrevivência do
homem. As sociedades capitalistas só alcançaram altos níveis de prosperidade e
bem estar porque nelas os homens gozam de liberdade para pensar, discernir e
criar. Foi esta liberdade que permitiu ao capitalismo superar, com folga, todos
os sistemas econômicos anteriores”. Vejam como as coisas se invertem quando as
pessoas, mesmos as iletradas como Veríssimo sem entender do assunto opinam
erroneamente sobre matéria que não domina. Esse é um exemplo de pessoas que
desde a infância foram intoxicadas pela doutrina comunista ou socialista que é
a mesmo porcaria.
Para
reconstruir o Brasil o primeiro passo é varrer todo o lixo comunista doutrinário
do ensino, reciclar os professores, reformar a legislação trabalhista para
libertar o trabalhador da canga do fascismo e comunismo; reformular a
previdência a exemplo do Chile, reformular a política ambiental e indigenista.
Aqui cabe destaque de uma questão gravíssima para os interesses do Brasil
passada batida pela mídia que é a Declaração das Nações Unidas sobre os
Direitos dos Povos Indígenas. Esta Declaração espúria afirma que os povos
indígenas têm o direito a dignidade e a diversidade de suas culturas, histórias
e anseios sejam adequadamente refletidos na educação pública e nos meios de
comunicação. • A Declaração confirma o direito dos
povos indígenas de autodeterminação e reconhece o direito de subsistência e o direito a terras, territórios e
recursos. • A Declaração confirma a
obrigação dos Estados de fazer consultas aos povos indígenas antes de adotar e
aplicar medidas legislativas e administrativas que os afetem, a fim de obter
seu consentimento prévio, livre e informado. Essencialmente, a
Declaração condena a discriminação contra os povos indígenas, promove a sua
efetiva e plena participação em todos os assuntos relacionados a eles, bem como
o direito a manter sua
identidade cultural e tomar suas próprias decisões quanto às suas maneiras de
viver e se desenvolver. Fernando Henrique Cardoso com toda a
sua sapiência assinou essa Declaração espúria que entrega aos colonialistas modernos
manipulados pelo aparato ambientalista-indigenista internacionais a metade da
Amazônia e com ela recursos naturais, as riquezas minerais, madeiras e outros
recursos, em resumo destrói a soberania nacional. Os Estados Unidos, Nova
Zelândia, Canadá e Austrália não entraram nesse projeto de perda de soberania e
foram votos contrários. A soberania brasileira foi
destruída por um presidente socialista, mais uma prova da sua missão
destruidora no mundo.
O Brasil
mais parece um barco furado por incompetentes navegadores preste a afundar. São
tantos os problemas e os erros que parece impossível resolve-los com um povo
que na sua maioria não tem força, cultura e personalidade para a missão de
reconstruir esse enredo de nação. Entretanto, talvez as dificuldades, o
sofrimento poça despertar para um novo nascer sem a presença de ideólogos, de
socialistas e comunistas, mas com lideranças que sigam o principal fundamento
moral do capitalismo, que como destaca Rand, está no fato de que este é o único
modelo que baseia as relações humanas em atos contratuais e voluntários, em
intercâmbios de direitos de propriedade, onde os homens são livres para
cooperar uns com os outros ou não, de acordo com os ditames de seus próprios
interesses e mútuos benefícios, longe da falácia socialista utilizada amiúde
por gente como Veríssimo como justificativa para a tirania de uma minoria, que
impõe aos demais seus próprios interesses, seus gostos e suas opiniões,
evitando, acima de tudo, que os indivíduos pensem por si mesmos.
Armando Soares – economista
Soares é articulista de Libertatum
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