quarta-feira, 19 de abril de 2017

O bem e o mal da mídia.

Por Armando Soares

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                Denzel Washington, grande ator americano, provocado em determinada ocasião por jornalista, fez uma breve análise bem procedente sobre o comportamento da mídia em nossos dias. Em ambiente com excesso de informação, ressaltou o ator, o que importa para esses jornalistas é chegar primeiro, não falar a verdade. Se não ler as notícias você está desinformado, mas se as ler está mal informado. Eis um recado que deveria ser levado em consideração: tudo aquilo que você pratique você se tornará bom nisso. Qual é o efeito em longo prazo de demasiada informação, indaga o ator? Um dos efeitos é a necessidade de ser o primeiro, nem sequer de ser mais verdadeiro. Então qual é a responsabilidade que vocês todos têm? Dizer a verdade e não apenas ser os primeiros, mas dizer a verdade. Nós vivemos numa sociedade em que só vale o primeiro. Quem se importa?  Lançamos a notícia e não queremos saber a quem prejudica, não queremos saber a quem destrói, não queremos saber se é verdade, apenas diga-a e venda. Tudo aquilo que você pratique você se tornará bom nisso incluindo falar bosta. Conclui o ator: Entenderam? Faz sentido? Sim?

                A mídia tem dois lados, um bom e outro muito ruim. O lado bom se caracteriza quando presta informação à sociedade difundindo conhecimento.Enquanto formadora de opinião que é, a mídia pode prestarbom serviço de ordem social, público e essencial a sociedade. Difundindo informações independentes de nível ou casta social, a comunicação contemporânea atua como verdadeira aliada na busca pela democracia, cidadania e justiça, uma vez que proporciona combater o esquecimento social. O lado ruim da mídia é faltar com a verdade, anunciar por anunciar, querer ser o primeiro para tirar proveito econômico sem se preocupar as consequências dessa atitude, pouco importando se verdadeiro ou falso, sem se preocupar se o anunciado vai atingir e prejudicar a vida de milhões de pessoas e paralisar o crescimento de regiões, atitude não condizente com o papel que deve ter uma imprensa livre e responsável.

                Mas, o que é mídia? Mídia é um conjunto de meios de comunicação como jornal, rádio, televisão, cinema, outdoor, página impressa, propaganda, mala-direta, balão inflável, anuncio em site da internet, revistas, comerciais. É esse conjunto de meios de comunicação que mal utilizada se transforma numa arma criando escravos obedientes a mentiras e inverdades, como acontece, por exemplo, no apoio a política ambiental brasileira que está bloqueando o desenvolvimento da Amazônia favorecendo o domínio estrangeiros através da manipulação dos índios.

                No mundo moderno o meio de comunicação com a sociedade se dá através da mídia conduzida por jornalistas. Se esse meio de comunicação está apenas a serviço dos interesses egoístas, do lucro comercial e dos salários dos jornalistas; se está a serviço de ideologias que podem levar o país ao comando de ditaduras sanguinárias que limitam a liberdade, então o país ou determinada região tem em seu interior uma espécie de “cavalo de Troia”, pronto para dominar o país ou a região e transformar seu povo em escravos. Nesse caso a mídia é uma mídia ruim, um inimigo mascarado de mídia.

                Trazendo essa questão para o nosso Pará e para o nosso Brasil, pergunto se a mídia brasileira que tem excelentes profissionais seja na direção das empresas jornalistas ou no exercício da profissão, desconhecia o que se passava no governo desde quando se implantou o que deveria ser uma democracia?Desconhecia-se, por exemplo, que na Constituinte estavam presentes, com atuação destacada, comunistas defendendo interesses outros que não a de uma economia capitalista;desconhecia-se que estava sendo implantada uma legislação trabalhista retrógada que iria emperrar a competitividade; desconhecia-se que se estava criandouma legislação ambiental que trava o desenvolvimento econômico?A mídiadesconhecia que o perdão concedido a políticos corruptos e incompetentes foi um erro dos militares, erro queficou comprovado com a subida ao poder dessa camarilha, o que contribuiu para destruiu a quase totalidade dos estados brasileiros.O perdão foi um erro imperdoável que causou um atraso civilizatório incomensurável mas que serviu para identificar a incultura do povo brasileiro que livre para escolher seus dirigentes, escolheu bandidos viciados que dilapidaram os cofres da União, um erro que mostrou que o brasileiro ainda não sabe viver numa democracia.

                A Constituição de 88 foi produzida por um aglomerado de cobras criadas, e classificada pelo Deputado Ulisses Guimarães como “o documento da liberdade, da dignidade, da democracia, da justiça social”. Declaração demagógica insensata, própria de insensatos pedantes.Enquanto a Constituição norte-americana é a mesma, desde o século XVIII, com menos de trinta emendas, a brasileira está na oitava Constituição (1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988).Foi essa constituição, chamada cidadã, produzida por demagogos, socialistas, comunistas, e ambientalistas, que acabou com o Brasil e se transformou num lixo institucional.

A questão ambiental, assunto recorrente necessário diante de sua nocividade comprovada, é aonde se encontra os maiores exemplos de uma mídia brasileira vacilante quanto a sua finalidade.Já foi exaustivamente provado que o Brasil vem sendo alvo de sucessivas campanhas de pressões políticas, em sua maioria orientadas do exterior cujo objetivo principal é o de constranger ou limitar as ações do Estado brasileiro em várias áreas de atribuições, entre elas, a ordenação da ocupação física do território nacional e da exploração dos seus recursos naturais, visando o plenodesenvolvimento do País. Os pretextos das campanhas, implementadas por uma pletora de organizações não-governamentais (ONGs) nacionais e internacionais, financeira e politicamente apoiadas por uma rede de fundações privadas e órgãos governamentais de países industrializados do Hemisfério Norte, se concentram em uma alegada proteção do meio ambiente e dos povos indígenas, temas cujo apelo emocional tem granjeado um grande apoio midiático e popular a essa agenda intervencionista. As repercussões midiáticas e políticas da exacerbação dos temas ambientais e indígenas, em níveis muito superiores ao que seria aceitável por critérios racionais e de senso comum, têm assegurado a esse aparato intervencionista uma grande influência na formulação de políticas setoriais, inclusive, com o virtual aparelhamento dos órgãos encarregados da execução das mesmas, principalmente, o Ministério do Meio Ambiente e a Fundação Nacional do Índio (Funai). 
        
A mídia brasileira sabe dessa verdade, como sabe que o índio não pode mais ser considerado imputável depois de ter se colocado ao lado do aparato ambientalista-indigenista que trava o desenvolvimento da Amazônia e do Brasil.Esse é umcomportamento de traidor, e como tal tem que ser julgado e condenado como inimigo do Brasil. É preciso dar um basta nessa idiotice cretina de considerar o índio bonzinho. Torna-se necessário trata-lo como brasileiro sujeito as leis brasileiras. Sabe também a mídia e se mantém indecorosamente quieta, que as demarcações indígenas são todas absurdas e realizadas sob a orientação de antropólogos comunistas sobre pressão de ONGs internacionais, com apoio de FHC e Lula e seus seguidores. Sabe, portanto, a mídia que o território brasileiro está sendo dividido para uso de países do Hemisfério Norte, cujo objetivo é criar um grande espaço vazio para facilitar o seu domínio afastando a presença do Estado brasileiro. Sabe a mídia que o governo do Pará está impondo uma política ambiental criminosa contra os interesses do setor agropecuário esteio da economia, mas fica vergonhosamente quieta.

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                Portanto, a mídia que deveria ser os olhos do povo prefere tampar os olhos e ouvidos, se acovardar e deixar o povo sofrendo nas mãos de elites demoníacas, em troca de interesses egoístas. Concluindo, não são apenas os políticos que precisam substituídos, os governantes também precisam ser substituídos. Essa tarefa cabe mais à mídia diante da sua força de persuasão, de sua importância no contexto social. Entretanto, para exercer essa missão torna-se necessário que tenha uma nova roupagem e um novo modo de pensar, pois não será fácil a luta para tirar o Brasil do fundo do poço, da podridão institucional e da corrupção endêmica.

Falar e documentar a verdade é um ato sublime, mentir e encobrir a verdade é um ato covarde.


Armando Soares – economista

e-mail: armandoteixeirasoares@gmail.com


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Soares é articulista de Libertatum

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