O
bem e o mal da mídia.
Por Armando Soares

Denzel Washington, grande ator
americano, provocado em determinada ocasião por jornalista, fez uma breve
análise bem procedente sobre o comportamento da mídia em nossos dias. Em
ambiente com excesso de informação, ressaltou o ator, o que importa para esses
jornalistas é chegar primeiro, não falar a verdade. Se não ler as notícias você
está desinformado, mas se as ler está mal informado. Eis um recado que deveria
ser levado em consideração: tudo aquilo que você pratique você se tornará bom
nisso. Qual é o efeito em longo prazo de demasiada informação, indaga o ator?
Um dos efeitos é a necessidade de ser o primeiro, nem sequer de ser mais
verdadeiro. Então qual é a responsabilidade que vocês todos têm? Dizer a
verdade e não apenas ser os primeiros, mas dizer a verdade. Nós vivemos numa
sociedade em que só vale o primeiro. Quem se importa? Lançamos a notícia e não queremos saber a
quem prejudica, não queremos saber a quem destrói, não queremos saber se é
verdade, apenas diga-a e venda. Tudo aquilo que você pratique você se tornará
bom nisso incluindo falar bosta. Conclui o ator: Entenderam? Faz sentido? Sim?
A mídia tem dois lados, um bom e outro muito ruim. O
lado bom se caracteriza quando presta informação à sociedade difundindo
conhecimento.Enquanto formadora de opinião que é, a mídia pode prestarbom serviço
de ordem social, público e essencial a sociedade. Difundindo informações
independentes de nível ou casta social, a comunicação contemporânea atua como
verdadeira aliada na busca pela democracia, cidadania e justiça, uma vez que
proporciona combater o esquecimento social. O lado ruim da mídia é faltar com a
verdade, anunciar por anunciar, querer ser o primeiro para tirar proveito
econômico sem se preocupar as consequências dessa atitude, pouco importando se
verdadeiro ou falso, sem se preocupar se o anunciado vai atingir e prejudicar a
vida de milhões de pessoas e paralisar o crescimento de regiões, atitude não
condizente com o papel que deve ter uma imprensa livre e responsável.
Mas, o que é mídia? Mídia é um conjunto de meios de
comunicação como jornal, rádio, televisão, cinema, outdoor, página impressa,
propaganda, mala-direta, balão inflável, anuncio em site da internet, revistas,
comerciais. É esse conjunto de meios de comunicação que mal utilizada se
transforma numa arma criando escravos obedientes a mentiras e inverdades, como
acontece, por exemplo, no apoio a política ambiental brasileira que está
bloqueando o desenvolvimento da Amazônia favorecendo o domínio estrangeiros
através da manipulação dos índios.
No mundo moderno o meio de comunicação com a
sociedade se dá através da mídia conduzida por jornalistas. Se esse meio de
comunicação está apenas a serviço dos interesses egoístas, do lucro comercial e
dos salários dos jornalistas; se está a serviço de ideologias que podem levar o
país ao comando de ditaduras sanguinárias que limitam a liberdade, então o país
ou determinada região tem em seu interior uma espécie de “cavalo de Troia”,
pronto para dominar o país ou a região e transformar seu povo em escravos.
Nesse caso a mídia é uma mídia ruim, um inimigo mascarado de mídia.
Trazendo essa questão para o nosso Pará e para o
nosso Brasil, pergunto se a mídia brasileira que tem excelentes profissionais
seja na direção das empresas jornalistas ou no exercício da profissão,
desconhecia o que se passava no governo desde quando se implantou o que deveria
ser uma democracia?Desconhecia-se, por exemplo, que na Constituinte estavam
presentes, com atuação destacada, comunistas defendendo interesses outros que
não a de uma economia capitalista;desconhecia-se que estava sendo implantada
uma legislação trabalhista retrógada que iria emperrar a competitividade;
desconhecia-se que se estava criandouma legislação ambiental que trava o
desenvolvimento econômico?A mídiadesconhecia que o perdão concedido a políticos
corruptos e incompetentes foi um erro dos militares, erro queficou comprovado
com a subida ao poder dessa camarilha, o que contribuiu para destruiu a quase
totalidade dos estados brasileiros.O perdão foi um erro imperdoável que causou
um atraso civilizatório incomensurável mas que serviu para identificar a
incultura do povo brasileiro que livre para escolher seus dirigentes, escolheu
bandidos viciados que dilapidaram os cofres da União, um erro que mostrou que o
brasileiro ainda não sabe viver numa democracia.
A Constituição de 88 foi produzida por um aglomerado
de cobras criadas, e classificada pelo Deputado Ulisses Guimarães como “o
documento da liberdade, da dignidade, da democracia, da justiça social”. Declaração demagógica insensata, própria de insensatos pedantes.Enquanto
a Constituição norte-americana é a mesma, desde o século XVIII, com menos de
trinta emendas, a brasileira está na oitava Constituição (1824, 1891, 1934,
1937, 1946, 1967, 1969 e 1988).Foi essa constituição, chamada cidadã, produzida
por demagogos, socialistas, comunistas, e ambientalistas, que acabou com o
Brasil e se transformou num lixo institucional.
A
questão ambiental, assunto recorrente necessário diante de sua nocividade
comprovada, é aonde se encontra os maiores exemplos de uma mídia brasileira vacilante
quanto a sua finalidade.Já foi exaustivamente provado que o Brasil vem sendo
alvo de sucessivas campanhas de pressões políticas, em sua maioria orientadas
do exterior cujo objetivo principal é o de constranger ou limitar as ações do
Estado brasileiro em várias áreas de atribuições, entre elas, a ordenação da
ocupação física do território nacional e da exploração dos seus recursos
naturais, visando o plenodesenvolvimento do País. Os pretextos das campanhas,
implementadas por uma pletora de organizações não-governamentais (ONGs)
nacionais e internacionais, financeira e politicamente apoiadas por uma rede de
fundações privadas e órgãos governamentais de países industrializados do
Hemisfério Norte, se concentram em uma alegada proteção do meio ambiente e dos
povos indígenas, temas cujo apelo emocional tem granjeado um grande apoio
midiático e popular a essa agenda intervencionista. As repercussões midiáticas
e políticas da exacerbação dos temas ambientais e indígenas, em níveis muito
superiores ao que seria aceitável por critérios racionais e de senso comum, têm
assegurado a esse aparato intervencionista uma grande influência na formulação
de políticas setoriais, inclusive, com o virtual aparelhamento dos órgãos
encarregados da execução das mesmas, principalmente, o Ministério do Meio
Ambiente e a Fundação Nacional do Índio (Funai).
A
mídia brasileira sabe dessa verdade, como sabe que o índio não pode mais ser
considerado imputável depois de ter se colocado ao lado do aparato
ambientalista-indigenista que trava o desenvolvimento da Amazônia e do
Brasil.Esse é umcomportamento de traidor, e como tal tem que ser julgado e
condenado como inimigo do Brasil. É preciso dar um basta nessa idiotice cretina
de considerar o índio bonzinho. Torna-se necessário trata-lo como brasileiro
sujeito as leis brasileiras. Sabe também a mídia e se mantém indecorosamente quieta,
que as demarcações indígenas são todas absurdas e realizadas sob a orientação
de antropólogos comunistas sobre pressão de ONGs internacionais, com apoio de
FHC e Lula e seus seguidores. Sabe, portanto, a mídia que o território
brasileiro está sendo dividido para uso de países do Hemisfério Norte, cujo
objetivo é criar um grande espaço vazio para facilitar o seu domínio afastando
a presença do Estado brasileiro. Sabe a mídia que o governo do Pará está
impondo uma política ambiental criminosa contra os interesses do setor
agropecuário esteio da economia, mas fica vergonhosamente quieta.
Portanto, a mídia que deveria ser os olhos do povo
prefere tampar os olhos e ouvidos, se acovardar e deixar o povo sofrendo nas
mãos de elites demoníacas, em troca de interesses egoístas. Concluindo, não são
apenas os políticos que precisam substituídos, os governantes também precisam
ser substituídos. Essa tarefa cabe mais à mídia diante da sua força de
persuasão, de sua importância no contexto social. Entretanto, para exercer essa
missão torna-se necessário que tenha uma nova roupagem e um novo modo de
pensar, pois não será fácil a luta para tirar o Brasil do fundo do poço, da
podridão institucional e da corrupção endêmica.
Falar
e documentar a verdade é um ato sublime, mentir e encobrir a verdade é um ato
covarde.
Armando Soares –
economista

Soares é articulista de Libertatum
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá! Seja benvindo! Se você deseja comunicar-se, use o formulário de contato, no alto do blog. Não seja mal-educado.