Governo
Temer a serviço do ambientalismo internacional
Por Armando Soares
O governo Temer se mostrou um
vassalo, um submisso pernicioso aos interesses do governo mundial centrado na
ONU. Sua fraqueza e comprometimento chega ao ponto de dar satisfação a Gisele
Bündchen, uma ex-modelo que se vendeu ao ambientalismo, o que mostra a fraqueza
desse governo e de seus componentes, todos obedientes ao comando do governo
mundial. Vejamos o que mostra o Alerta Científico e Ambiental sobre o assunto.
“Máfia Verde” celebra semanas de
triunfo
De
um lado, um governo débil, batendo recordes de impopularidade e focado apenas
na sua própria sobrevivência. Do outro, uma rede de ativistas plenamente
mobilizada e, à maneira dos predadores, farejando o temor e a disposição
oficial de submeter-se a quaisquer imposições, para não “fazer marola”, como se
observa com as repetidas concessões aos mercados financeiros. O resultado só
poderia ser a maiúscula sequência de triunfos obtida nas últimas duas semanas
pelo aparato ambientalista-indigenista.
O mais retumbante foi, sem dúvida, a decisão do governo
do presidente Michel Temer de revogar o decreto que extinguia a Reserva
Nacional do Cobre e Associados (Renca), um mês após tê-lo sancionado. Na
terça-feira 26 de setembro, o Diário Oficial da União publicou a capitulação
presidencial à feroz campanha encabeçada pelo WWF-Brasil e pela ex-modelo
Gisele Bündchen, aos quais o presidente fez questão de dar satisfações diretas,
quando da publicação do decreto (Alerta Científico e Ambiental, 24/08/2017 e 31/08/2017).
A Renca é uma área de 47 mil
quilômetros quadrados, situada entre o Pará e o Amapá, criada em 1984, com a
finalidade de preservar para a então Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
(CPRM), atual Serviço Geológico do Brasil, os recursos minerais eventualmente
ali encontrados. Como nenhum trabalho de pesquisa geológica foi feito durante
todo esse período, cerca de 70% da área acabaram sendo divididos entre unidades
de conservação e terras indígenas e, no restante, operam apenas garimpeiros ilegais.
Não
obstante, fiel à sua linha operativa da “intocabilidade” da Amazônia, o aparato
ambientalista-indigenista deflagrou uma histérica campanha contrária à abertura
da área à exploração mineral por empresas privadas, que era a intenção do
governo.
Previsivelmente, o aparato celebrou
em grande estilo.
“Vitória! Após pressão, Temer revoga decreto que
extingue a Renca”, trombeteou o Greenpeace. “O cancelamento do decreto
demonstra que, por pior que seja, não há governante absolutamente imune à
pressão pública. É uma vitória da sociedade sobre aqueles que querem destruir e
vender nossa floresta”, completou o coordenador de Políticas Públicas da ONG,
Marcio Astrini (Greenpeace, 25/09/2017).
“Uma vitória para a
Amazônia, uma vitória para o planeta, uma vitória para todos nós”, saudou
Gisele Bündchen, no Instagram (Ambiente Inteiro, 28/09/2017).
“O Brasil e o
mundo manifestaram-se contra o governo. Ativistas, artistas, estudiosos, gente
comum. Todos contra a Renca” – disparou o WWF-Brasil (26/09/2017).
Com a jactância peculiar aos operativos do aparato, o
diretor-executivo do WWF-Brasil, Maurício Voivodic, sentenciou: Demorou para o
governo entender que não poderá tomar decisões que envolvam a Amazônia, as
áreas protegidas ou as populações tradicionais e indígenas sem negociar isso
muito bem com a sociedade. Espero que o alerta sirva para acordar o governo.
Nós estaremos aqui para lembrar, se for preciso.
Por
“sociedade”, entenda-se o aparato ambientalista-indigenista.
Outra vitória do aparato foi, sem dúvida, o
prolongamento do impasse sobre o projeto da linha de transmissão Manaus-Boa
Vista, mais conhecida como Linhão de Tucuruí, que se arrasta há quatro anos,
por conta da travessia da Terra Indígena Waimiri-Atroari. Em entrevista à Folha
de Boa Vista (28/09/2017), o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai),
general Franklimberg Ribeiro, que se reuniu recentemente com lideranças da
etnia, disse sem rodeios que o órgão irá apoiar a decisão dos indígenas, caso
estes decidam contra a passagem da linha por suas terras.
“A Funai faz o intermédio do
governo federal com a população indígena para proteger os índios, mas se eles
não querem a passagem do Linhão, vamos apoiar. (...) eles defendem um traçado
passando pelo rio Negro, mas em momento nenhum se posicionaram contra. Uns
foram a favor e outros contra, e temos que respeitar os direitos dos indígenas.
Brevemente, irão enviar para a Funai o seu posicionamento”, afirmou.
O cerne do
problema são os 121 quilômetros de travessia da reserva indígena, apesar de o
traçado seguir o eixo da rodovia BR-174, existente há mais de três décadas (o
traçado pelo rio Negro implicaria em acrescentar mais 200 quilômetros aos 721
previstos no projeto original). É simplesmente inconcebível que um projeto
dessa importância não possa ser desenhado para utilizar a faixa de domínio da
rodovia e que o governo federal não possa, simplesmente, bater o martelo para
acabar com as discussões e protelações, de modo a acabar com os problemas de
abastecimento de eletricidade enfrentados por Roraima, o único estado ainda
isolado do Sistema Interligado Nacional. Aqui, a força do aparato indigenista
só é superada pela pusilanimidade do governo federal – que, no caso, vem do
mandato anterior.
O terceiro
sucesso do aparato – na verdade, o primeiro em ordem cronológica – foi a
suspensão da Licença de Instalação (LI) da usina hidrelétrica de Belo Monte, no
rio Xingu (PA), determinando a paralisação imediata das obras ainda incompletas
até a “regularização” das moradias construídas para abrigar as famílias
despejadas pela construção da usina. Como a concessionária Norte Energia já
dispunha da Licença de Operação (LO) desde o final de 2015, os trabalhos
prosseguiram. No entanto, em 20 de setembro, o TRF1 reiterou a decisão sobre a
paralisação e ameaçou o uso de força policial para o cumprimento da ordem de
suspensão, determinando ainda uma multa diária de R$ 100 mil em caso de
incumprimento (ISA, 26/09/2017).
Definitivamente,
o Brasil não poderá avançar enquanto os brasileiros não se dispuserem a
neutralizar a “Máfia Verde”.
Definitivamente
o governo brasileiro é uma peça podre comandada por interesses de mafiosos
internacionais. Só o afastamento definitivo desses brasileiros entreguistas
salva o Brasil.
Armando
Soares – economista
E-mail: armandoteixeirasoares@gmail.com
Soares é articulista de Libertatum
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