terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Estado forte, judiciário e corrupção.


Por Vanderli Camorim


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As origens da corrupção está bem na origem do estado forte. Gigantesco, ele transfere sua força ao funcionário do estado, eleito ou não, que estiver no comando. Se o estado tem essa força toda é o funcionário público no leme do governo que o manuseia. Aí a corrupção passa a ser um índice que mede a profundidade em que o estado do bem-estar social, vulgo socialismo, atingiu. 

Sim, temos também a questão do judiciário que é a parte do poder do estado que é mais corrupta além de ser igualmente gigantesca. As pessoas acham que são só os políticos os corruptos. Ora, os políticos vem e vão. O judiciário não, é quase como sífiles, passa de pai para filho. O Dellagnol foi imposto pelo pai e garantido pelo espírito de corpo do MPF e hoje é caçador de corrupto. Reconheço a sua indignação, porém a coisa é outra. Você pode levar um policial e um político para as barras da justiça, mas é outra coisa levar um membro da justiça às barras da justiça. Mexe com o fortíssimo espírito de corpo do judiciário. Juiz flagrado vendendo sentença e cometendo outros crimes é aposentado com todos os direitos. Isso vem da época do império. É histórico. O Brasil nunca foi um país capitalista... sempre foi medieval.. Só no capitalismo há igualdade de todos perante a lei. E olhe lá que isso só se observou durante um curto período e só na Inglaterra e nos EUA. No Brasil...nunca...e está por acontecer... Pois o assunto é econômico.

Criando uma cortina de fumaça a esta realidade, desde Platão, a coisa passou a funcionar da seguinte maneira: os intelectuais que são menores que os filósofos traduzem em miúdos teorias éticas e as mais diversas sobre pobreza e riqueza, difundindo-as, até que estas teorias se transformam no que chamamos de opinião pública que é o sinal que aquelas teorias atingiram as massas. Todos passam a respirar esta atmosfera e todos agem como um único corpo e mente, mesmo parecendo que não. Assim, Platão elaborou as bases teóricas coletivistas, de um movimento político partidário que hoje tem o nome de socialismo. 

Ao longo destes últimos 2.500 anos numerosos intelectuais tem mantido e renovado estas idéias até nossos dias e grande parte da humanidade ocidental tem agido em sua defesa quase sempre sem contestação. A vigorosa defesa dessa teoria tem sido a condenação da riqueza porque está é a causa da pobreza. Por razões que não cabe aqui discutir algo de que foi difundido pelo corpo místico também criado por Platão e de alguma forma passado pelo cristianismo que também infundiu esse ensinamento. Sob esse aspecto, nada mais sábio que a lição hebraica da produção de manta para o frio da noite e não sua divisão... Enfim, em todo esse contexto, difundiu-se através dos tempos que a pobreza é virtuosa e a riqueza é avarenta. 

Um paradoxo que sempre se quis resolver, um através da revolução e o outro através da caridade. Mas ambos estão sempre juntos contra o capitalismo. 

Para ambos os movimentos o seu bem maior é o pobre que prometem levar ao paraíso. Seja este no céu depois da morte, ou na terra depois de esmagar os exploradores. Quem inventou isso foi Platão conforme consta em seus Diálogos. A igreja católica é campeã em caridade. Há mais de 2.000 anos ajuda os pobres. E não podemos dizer que não tem tido sucesso em sua empreitada de mitigar pelo menos por alguns momentos as agruras da pobreza. Porém os pobres continuam pobres. E se não fosse o capitalismo a coisa seria infinitamente maior...

 Onde existe miséria e pobreza e se pede esmola para aliviá-los é porque não existe ou não é permitido o capitalismo. E onde existe capitalismo é desnecessário ajudar o pobre porque ele tem emprego e trabalho e assim melhora sua condição por seu próprio esforço. A prova é a classe média. Ela é simplesmente contingente de trabalhadores que se "aburguesaram". Daí, certamente, a razão de a classe média ser tão odiada pelos "revolucionários" que ganham mais de 50.000 reais em empregos públicos como a Marilene Chaui... 

Marx usa o termo burguês em dois sentidos. Um, o explorador, o reacionário. O outro, o que enriquece e se acomoda a uma vida não necessariamente de opulência. Estou usando o termo no segundo sentido, pois Marx estava dessa maneira diminuindo e até negando que o capitalismo tira o pobre da miséria e que com seu próprio esforço enriquece a si e também a seu semelhante. 

No Brasil o pensamento predominante é o marxismo. As pessoas se ajoelham aos seus dogmas e nem se dão conta disso. 

Vivemos em uma sociedade que se tornou corrupta porque escolheu o estado do bem estar social, terra de direitos, enfim, somos assim porque escolhemos o socialismo. O aposentado vive do dinheiro que o governo tira de quem trabalha; o estudante estuda de "graça", serviço pago com o dinheiro dos impostos tirado na marra de quem trabalha... bem a lista é grande... tem aí os subsídios, empréstimos facilitados em bancos públicos, para não se pagar, transportes "gratuitos" que não o são, casas e apartamentos construídos pelo sistema financeiro de habitação que é dinheiro dos outros, coisas assim que as pessoas acham normal mas são desonestas, corruptoras. 

Esse é o nosso modo de vida. Podemos mudar para uma vida honesta, mas vai levar tempo até que se mude de mentalidade e se abandone o socialismo pelo capitalismo que era uma tendência que se experimentava no século XII e que a partir do final do século XIX, a belle époque, quando as pessoas aderiram ao socialismo onde ser depravado se tornou normal e o padrão social. 

Vanderli Camorim

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