País bom de se viver
Por Armando Soares

O
país bom de se viver é aquele onde há uma ordem moral duradoura, uma vez que as
verdades morais devem ser permanentes. Essa ordem moral entrou em colapso no
Brasil e é confundida com auto interesse ou controles sociais engenhosos e mafiosos.
As questões sociais, todas elas, são questões de moral privada. A sociedade em
que homens e mulheres são governados pela crença em uma ordem moral duradoura,
por um forte senso de certo e errado, por convicções pessoais de justiça e de
honra, é uma sociedade boa de se viver, enquanto que a sociedade, em que homens
e mulheres estiverem moralmente à deriva, ignorantes das normas e voltados
principalmente para a gratificação dos apetites, será uma sociedade ruim de se
viver, não importa quantas pessoas votem, ou quão liberal seja a ordem
constitucional formal. A sociedade brasileira perdeu o caminho conduzida por
líderes insensatos e desonestos, e escolheu viver ou foi induzida a viver numa
sociedade ruim que gratifica apetites imorais, abandonando assim os bons
costumes e a continuidade, preferindo experimentar um novo rumo, o do
socialismo, da corrupção, do comunismo comprovadamente destruidores da
liberdade, da moral e da boa qualidade de vida.
Os
novos costumes sob o comando do socialismo e comunismo introduzidos no Brasil
pelo governo civil brasileiro estão destruindo a família, a base da sociedade.
As disputas internas nesse Brasil caótico e imoral se multiplicam através de
leis mal elaboradas. Sem continuidade de geração a geração, os costumes e a
tradição despareceram no Brasil e a sociedade ficou sem rumo sujeita a
influências malignas. O socialismo e o comunismo quando no poder apagam velhos
costumes, escarnecem antigas convenções e interrompem a continuidade das
instituições sociais, criam novos costumes, novas convenções, e continuidade,
um processo lento e doloroso, e a nova ordem social podre, cria, ao invés do
paraíso, um inferno, o que explica o Brasil caótico em nossos dias.
A
sociedade brasileira envenenada pela mídia comprometida com o comunismo e o
socialismo sabe e pouco se importa, que ordem, liberdade e justiça são produtos
que vem de uma longa experiência social, resultado de séculos de experimentos,
reflexão e sacrifício. A sociedade humana não é nenhuma máquina que pode ser
tratada de modo mecânico, tem um organismo próprio complexo, por isso a sua
continuidade, o seu fluido vital não pode ser interrompido abruptamente por
aventureiros políticos. Mudanças para serem efetuadas devem ser feitas de modo
gradual e leva tempo, em várias gerações. A criação de uma sociedade não foi
realizada num laboratório de mágicos, sua existência é decorrente da
consagração pelo uso e de muito sofrimento. Daí que determinados direitos são
sancionados pelo tempo, como o direito de propriedade que o comunismo e o
socialismo querem erradicar em favor do coletivismo nocivo; a moralidade que também
se firmou pela consagração do uso é um escudo que incomoda os comunistas e
socialistas. Nenhuma ideologia terá condições de fazer descobertas novas e
extraordinárias em moral, política ou gosto, todas elas estão perpetuadas no
tempo por várias gerações. Uma sabedoria, pelo uso consagrado, está muito acima
do que qualquer raciocínio comunista e socialista mesquinho. A sociedade humana
é complexa e nenhum brinquedo ideológico sujeita a transformações rápidas,
agressivas e perigosas. Instituições sociais estabelecidas há muito tempo não
podem ser substituídas pelo igualitarismo sufocante dos comunistas e
socialistas. A sociedade brasileira está sujeita ao comando de governante sórdidos
que criaram um caos social perigoso e explosivo e consequências imprevisíveis.
O
homem não nasce perfeito, mas com falhas que permanecem até sua morte, o que
significa dizer que uma ordem perfeita jamais pode ser alcançada. O desassossego
humano não se sujeita a qualquer dominação utópica, como se verificou na
tentativa comunista na Rússia, nos seus satélites, na China e em outras
regiões, o que significa dizer que forçar a implantação de uma utopia é
procurar um desastre social a qualquer momento; as experiências realizadas com
ideologias prova que o homem não foi feito para perfeição, o máximo que se pode
alcançar é uma sociedade ordenada, justa e livre, na qual sempre alguns males,
desajustes e sofrimento podem aparecer a qualquer momento. O homem, ao tentar
eliminar antigas defesas morais e institucionais, logo irromperá um impulso
anárquico, verdade que estamos assistindo no Brasil. Os ideólogos que
prometeram a perfeição do homem com o socialismo e o comunismo, criaram um
inferno social e sofrimentos absurdos, criaram um mundo que está sujeito a
total destruição a qualquer momento.

Os
ideólogos ainda não entenderam que sua utopia, seu país imaginário foi um
fracasso, sendo o principal responsável pelo atraso econômico e sofrimentos
desnecessários a muitos povos e regiões. Ao separarem a propriedade da posse
privada, criaram um monstro do caos, um senhor da morte e da desgraça. A
propriedade privada foi a responsável pela criação de grandes civilizações
estáveis e produtivas; elas foram responsáveis por uma base econômica sólida
para a pessoa, para a família e para a comunidade política. A propriedade
privada é um poderoso instrumento e incentivo para apoiar a cultura, para
elevar a sociedade acima do nível de uma mera lida repetitiva e opressora, é
liberdade para agir, é poder para conservar os frutos do trabalho, é poder ver
um trabalho duradouro, é poder deixar as posses aos descendentes, é poder
elevar-se da condição natural de uma pobreza opressora à segurança das
conquistas permanentes; é possuir algo que é realmente seu, vantagens
inegociáveis.
Poder
e paixões humanas tem que ter limites. Poder na política é a capacidade de
fazer o que se quiser, independente da vontade dos outros, realidade que os
brasileiros veem assistindo no Brasil político de governo a governo, o que
esses governos chamam de democracia. Uma verdadeira comunidade é aquela onde as
decisões são tomadas local e voluntariamente; quando essas funções são
transferidas ou usurpadas por uma autoridade centralizada, em FHC, Lula, Dilma
e o PT, a comunidade se encontra em sério perigo, dá ensejo a um processo
padronizante, hostil à liberdade e à dignidade humana. Uma nação não é um
conglomerado de comunidades imbecilizadas dirigidas por um seleto time de
políticos e servidores públicos desonestos. Uma nação em que um indivíduo ou um
pequeno grupo pretende ser um poder em si mesmo, é uma anarquia.
Permanência
e mudança devem ser reconhecidas e reconciliadas em uma sociedade que se
considera vigorosa, sabendo, entretanto, que enquanto uma sociedade progride em
alguns aspectos, geralmente retrocede em outros. O equilíbrio está em
reconciliar as exigências da permanência e as exigências da progressão. A
mudança é essencial ao corpo social, da mesma maneira que é essencial ao corpo
humano. Um corpo que para de se renovar começa a morrer. Quando se pretende
realizar uma mudança, ela tem de ocorrer de uma maneira regada, harmonizando-se
com a forma e a natureza desse corpo; ou então a mudança produzirá um
crescimento monstruoso, um câncer que devora o hospedeiro. Uma sociedade não
pode ser totalmente velha ou totalmente nova, uma nação se conserva da mesma
maneira que se conserva um organismo vivo.
Este
artigo foi produzido obedecendo os ensinamentos de Russel Kirk, que são os
ensinamentos de como deve pensar e se comportar um conservador, linha de
pensamento que sigo com muito orgulho. Lamentavelmente a sociedade brasileira
se deixou conduzir por uma gangue de políticos desonestos e seguidores de um
socialismo e comunismo ladravaz da pior espécie que objetivava destruir a
propriedade, os hábitos e costumes, abrindo espaço para o coletivismo, o
sindicalismo retrógrado e outras formas de desajuste social que obstaculizam o
desenvolvimento e o progresso do Brasil. Tivesse a parcela sensata da sociedade
resistido a tomada do poder por essa gangue pútrida, o Brasil não estaria
enfrentando a atual crise de longa duração, de reparo difícil e de custo
insuportável para uma sociedade despreparada para esse desafio.
Armando Soares – economista

E-m e-mail - armandoteixeirasoares@gmail.com
Pais bom de se viver seria o país onde o governo fosse apenas uma empresa prestadora de serviços à população e não uma empres DONA da população e por tal arbitrando sobre a sociedade.
ResponderExcluirA LEI MAIOR deveria ser apenas a enumeração de princípios básicos:
- O aparato estatal deve servir à Justiça Objetivae isso implica em:
1) Liberdade - não sofrer coação por ameaça de por ação que cause mal maior
2) Reciprocidade - tratar o outro da mesma forma e respeito que este dedica aos demais inofensivos.
3) Propriedade - é do DIREITO NATURAL do indivíduo os frutos de seu trabalho físico e intelectual. Somente ao detentor do DIREITO cabe negocia-lo ou cede-lo a outros por liberalidade ou visando compensação combinada.
Estes 3 Princípios deveriam ser a LEI MAIOR para uma SOCIEDADE LIVRE.
No mais, segue considerações sobre o embuste democrático:
A Democracia não significa a vontade da maioria da população, nem mesmo a vontade da maioria dos eleitores, mas, sim, apenas a vontade da maioria dos ELEITOS.
Se a Democracia transformasse a vontade da maioria EM ALGO LEGITIMO E que deve ser REALIZADO, ela não julgaria segundo critérios objetivos, mas se apresentaria como legitimação de qq arbitrariedade.
Afinal, se a maioria decidir ESCRAVIZAR a MINORIA, ISSO SERÁ PERFEITAMENTE DEMOCRÀTICO.
- Ou seja, se uma maioria morena decidir escravizar a minoria loira, ISSO SERÁ DEMOCRÁTICO.
Sim, será. Desde que essa maioria morena permita que a minoria loira possa ter candidatos e possa votar e até mesmo tentar convencer a maioria morena a não escraviza-la.
Que sentido faz isso?
Uma vez que a maioria acredite estar se beneficiando da minoria e aprecie esse benefício, a maioria morena votará pela ESCRAVIDÃO da MINORIA LOIRA sempre, até por receio de perder seu bem estar fácil.
ISSO É ETICAMENTE INJUSTO, mas é PERFEITAMENTE DEMOCRATICO.
Obs.: Quanto a moral, esta já apoiou a escravidão, dado que se resume a subjetivismos nos costumes/tradições. Igualmente a LEI era anuente com a escravidão. Logo, o fato de ser moral ou legal não é legitimo segundo uma visão Ética (filosofia da moral).
Ou seja, a DEMOCRACIA NADA TEM EM COMUM COM LIBERDADE ou JUSTIÇA. Pois a "liberdade" que a democracia defende é unicamente a liberdade para VOTAR e MAIS NADA. Sobretudo porque os eleitos podem criar REGRAS que cerceiem a LIBERDADE até de EXPRESSÃO dos candidatos, invocando um moralismo arbitrário qualquer, tal como o POLITICAMENTO CORRETO o FAZ. Ademais, os já eleitos estabelecem regras democráticas que dificultem ou mesmo impeçam candidaturas, no mínimo tentando neutralizar o sucesso de reais adversários dos que ocupam o Poder nas hierarquias estatais.
Quando a MINORIA for capaz de sustentar o LUXO da MAIORIA, a tal democracia será apenas a LEGITIMAÇÃO da TIRÂNIA. Um embuste!
Trazendo para o campo da realidade palpável, não hesito minimamente em sentenciar que:
- QUANDO UMA MINORIA de PAGADORES de IMPOSTOS for capaz de SUSTENTAR o LUXO de uma MAIORIA de RECEBEDORES de IMPOSTOS, a ESCRAVIDÃO SERÁ PERFEITAMENTE DEMOCRÁTICA e, pelas vias democráticas, impossível de ser combatida.
...MAS os tolos, envaidecidos com as juras de poder do eleitor, persiste fazendo da Democracia um TABU, inquestionável, confundindo Democracia co Liberdade, quando a realidade é oposta.