domingo, 12 de agosto de 2018

DEBATE DE PRESIDENCIÁVEIS

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Armando Soares


                O debate dos presidenciáveis na TV Bandeirantes serviu para muitas conclusões, entre as quais destaco: mostrou aos brasileiros o cinismo dos candidatos comprometidos com a corrupção e com a incompetência; o abismo que separa Bolsonaro dos outros candidatos; a falta de objetividade e sensibilidade para enfrentar um tempo curto da TV e expor o ponto de partida de um projeto de reconstrução do Brasil, levando-se em consideração que é absolutamente impossível no tempo disponível na TV atacar por completo um projeto da magnitude da reconstrução de um país como o Brasil.


                Considerando que o Brasil foi destruído, a sua reconstrução se equivale a construir uma nova ordem social e cultural, o que implica programar a economia, a organização política, restaurar as tradições morais, e usar o acúmulo de conhecimentos e artes. Essa reconstrução só pode começar no Brasil, quando o caos e a insegurança impostas pelos governos do PMDB, PSDB, PT e parceiros comunistas forem estancados e chegarem ao fim. Sem medo de bandidos e com uma economia saneada e forte, aparecerá espontaneamente a vontade de construir, um impulso natural dos brasileiros para gerar desenvolvimento, gerar emprego, renda e qualidade de vida. Qual dos candidatos que se apresentaram na TV preenchem as condições acima expostas para comandar o Brasil, senão Bolsonaro, que não é corrupto, comunista e comprometido com a imundície moral?

                Li com muita atenção uma verdadeira aula de conhecimentos promovida por Paulo Guedes, economista que vai comandar o setor econômico de Bolsonaro, caso eleito presidente do Brasil, o que muito me agradou em razão de seus conhecimentos e competência. Paulo Guedes tem consciência de que somos prisioneiros de nosso espaço mental criado no Brasil por políticos e governantes incompetentes e desonestos, o que nos leva a optar, dentre todos os presidenciáveis, por Bolsonaro que não é um simples reformista, um social populista, um social sindicalista, um social programático, e, portanto, não é prisioneiro da armadilha cognitiva social democrática que sustenta o baixo crescimento e um medíocre desempenho econômico.

                O Brasil não foi sempre assim, ou seja, administrado para ter baixo crescimento e péssima qualidade de vida. Em determinado momento cresceu bem, o povo se animou e tudo parecia que iria decolar, mas lamentavelmente foi fulminado pela corrupção e pela incompetência que quebraram a sua dinâmica econômica, situação que nos deixou numa armadilha de baixo crescimento. O Brasil, entre os inumeráveis erros foi estatizado, tendo o Estado se apropriado de 40% do PIB brasileiro, uma das origens da nossa estagnação econômica.

                Como então o Brasil chegou nesse ponto de total desconcerto e submetido a quadrilhas de bandidos? Tudo se explica quando se acompanha o processo histórico, coisa que o brasileiro não faz, talvez em razão dos maus administradores e políticos. A história mostra como a esquerda chegou ao poder e destruiu o Brasil. A direita, comandada pelos militares sai desmoralizada, e torna a esquerda atraente, tudo com a mentira usada pela imprensa, já impregnada de comunistas que fizeram a cabeça de muitos brasileiros, e que ainda fazem. O brasileiro, por ser mal informado, ficou com a opção de uma direita autoritária e corrupta segundo a imprensa, e com uma esquerda apreciada pelos jornalistas comunistas como democrática que garantia justiça social, o que fez a população brasileira na sua maioria optar pela esquerda. Paulo Guedes chama a isso de falsificação cognitiva a respeito das alternativas possíveis, e pergunta, e os liberais democráticos que existem desde Atenas, com o mercado e democracia, onde estão? Esse cenário só foi se expandindo com novas inclusões, e os últimos incluídos são os 3 bilhões da China, da Índia, da Rússia, do Leste Europeu, todos aqueles que haviam provado do comunismo e quase foram destruídos. Uma tradição de 2000 anos foi deixada de lado para incluir o comunismo, o que resultou no atraso da humanidade. Não esquecer, e a história está aí para provar que a sociedade aberta quase morreu, asfixiada pelo socialismo e pelo nacional socialismo. O socialismo tem espaço no mundo num episódico momento da história produzindo guerras sangrentas com mais de 200 milhões de assassinatos, um tempo pequeno, mas com grande capacidade para destruir.

                   Os brasileiros estão cansados de intervencionismos estéreis e sacrificiais e de serem ignorados, o que explica a crise com segurança, com a saúde, com a justiça e com a educação, cansados também de serem cobaias para experiências de jovens economistas inexperientes que oferecem soluções rápidas sem reforma do Estado e que prestam serviços a políticos inebriados com o poder e com modelos políticos caóticos. Falsificam a realidade em favor da fama e do dinheiro fácil. Apresentam modelos econômicos que duram pouco, tipo plano cruzado que caçou boi no pasto e empresários, uma coisa ridícula que matou muitos sonhos e destruiu milhares de investimentos produtivos. Planos que destruíram a economia e elevaram os juros a um extremo insuportável para garantir empréstimos para sustentar gastos estratosféricos que sustentam e enriquecem poucos banqueiros, elevando a dívida brasileira a 1 trilhão de reais para estabilizar a economia, um suicídio programado.

                Acompanha essas disfunções a política totalmente desmoralizada e viciada no roubo do cofre público que se apoderou do poder com o socialismo para manter um crescimento medíocre de 2,3%, que é a média do país nos últimos 25 anos.

                Paulo Guedes, em sua palestra pergunta: será que a corrupção no Brasil é algo sistêmico ou genético? Seriam os brasileiros geneticamente corruptos? O sistema político foi transformado numa infernal disputa por recursos onde 40% do PIB são repartidos pela agência central? Que tipo de exemplo está se transmitindo ao povo brasileiro? Paulo Guedes clássica as tragédias brasileiras em: 1) disfunções financeiras, sendo a última os juros astronômicos; 2) a disfunção política; e a 3) a estagnação econômica, o Brasil parado esperando reformas, e conclui: não temos economia de mercado, temos socialistas com cartão de crédito há mais de 20 anos. Um candidato a presidência do Brasil que conta com um economista da qualidade de Paulo Guedes, tem todas as condições para tirar o Brasil do buraco e da escravidão do socialismo e comunismo em todas as suas formas. O resto dos candidatos são apenas figuras políticas grotescas que não merecem a atenção do povo brasileiro, como se viu no primeiro debate, e que nunca irão apresentar seu programa de governo porque não sabem por onde começar e já demonstraram que são incompetentes e comprometidos com essa coisa asquerosa, fracassada e retrógrada chamada socialismo por eles praticada.


Armando Soares – economista

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E-mail: armandoteixeirasoares@gmail.com

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