sábado, 7 de janeiro de 2017

Dominados pela incompetência, pela covardia e por vendilhões da Pátria

Por Armando Soares
               
                
              Quem são os incompetentes, os covardes e os vendilhões da Pátria? Os indivíduos que alcançaram o poder político, os que representam as instituições e o povo brasileiro que vota mal e que vem assistindo de geração a geração o mau uso do Estado e das instituições e não se dá conta da sua responsabilidade.

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        Imagino o sofrimento de um brasileiro que pudesse viver por longo tempo, por duzentos ou trezentos anos ou mais. Terminaria sua vida desequilibrado mentalmente de tanto assistir idiotices que empurraram o Brasil para o buraco do subdesenvolvimento. Ter de assistir a troca estúpida da borracha pelo café, sendo na ocasião a Amazônia o único produtor de borracha no mundo, matéria-prima que iria viabilizar a invenção do carro e do avião; de assistir o menosprezo do ditador Getúlio Vargas aos seringueiros amazônicos considerados heróis de guerra pelos americanos dado sua contribuição na produção de borracha para a fabricação de pneumáticos para aviões e veículos dos exércitos aliados; de assistir a incompetência dos presidentes e governantes brasileiros para desenvolverem o Brasil apesar de suas potencialidades; e, pior, ter de assistir no atual momento brasileiro a decadência dos costumes, da ética, da moral, da política, da economia brasileira, e a entrega da Amazônia ao aparato ambientalista-indigenista comandado pelo governo mundial sob a tutela da oligarquia anglo-americana. Assistir por anos e anos um espetáculo dantesco contra o bem-estar de um povo que apesar de viver num país de uma grandeza incomensurável e de extensão invejável, levaria qualquer ser humano a loucura e ao desespero. 

Quantas gerações brasileiras já se foram esperançosas de que seus esforços tivessem como contrapartida um Brasil melhor, com personalidade, forte, sábio, capaz de se defender de saques, de piratas que sempre temeram que o gigante brasileiro em recursos naturais despertasse e viesse a ocupar o espaço que está ocupado por outras nações e povos, não para contribuir para o desenvolvimento e o bem-estar dos povos, mas apenas para dominá-los e mantê-los fracos sem capacidade de reagir. Todos os povos que se desenvolveram tiveram a ajudá-los, líderes com visão estadista, capaz de enxergar o caminho para a construção de uma grande nação. No Brasil só brotou até agora líderes deles mesmos, anomalia social e comportamental que atrai para junto deles o lixo humano, entre eles pretensos ideólogos que se valem da incultura para enganar o pobre cultivado. Deixou-se o Brasil ficar sempre nas mãos de aventureiros e ditadores de pior espécie, e se entregou a educação nas mãos de comunistas e socialistas, causa do desenvolvimento pífio incapaz de tirar o país do circulo vicioso do “ande e pare”.

O Brasil não consegue por em marcha o seu desenvolvimento porque está sendo travado pela ausência de um projeto de governo e por uma constituição criada por um grupo de políticos compromissados com seus projetos pessoais e ideologias perniciosas com os seguintes destaques para um redistributivismo ideológico voltado para a espoliação da propriedade privada ao invés de privilegiar a ordem de mercado para sustentar uma sociedade de homens livres. A constituição criada por uma constituinte infiltrada de comunistas, socialistas e ambientalistas preparou terreno para o domínio estrangeiro e do comunismo ou o socialismo através de um confisco antieconômico representado pelo imposto progressivo um verdadeiro estrupo tributário. Fica claro que a intenção dos constituintes era de violentar e destruir no tempo o direito a propriedade privada via um imposto progressivo nocivo. Como afirmava com muita propriedade Henry Maksoud, a sanha fiscal contra a propriedade não se exaure no sistema tributário, ela está entranhada em todo o projeto da constituinte, como se destaca no título consignado a ordem econômica e financeira, os capítulos da política urbana e da política agrícola e fundiária e da reforma agrária. Pelas normas espoliativas voltadas, a propriedade urbana fica subordinada a função social (instrumento comunização) que determina que se não tiver sendo utilizada ou adequadamente aproveitada ficará sujeita a um imposto progressivo no tempo, e finalmente, desapropriada. A propriedade rural mereceu o mesmo tratamento, com mais apoio da política ambiental que realiza um indecoroso confisco de 80% sobre propriedade rural a título de reserva legal. Submeteu-se dessa maneira o direito a propriedade ao progressismo fiscal e a política ambiental utilizando-se como justificativa o instrumento comunista denominado função social, para encobrir o principal objetivo de comunizar o país e erradicar a propriedade privada. A constituição é conflituosa de propósito para facilitar que se anulasse a salvaguarda dos direitos fundamentais a vida, a liberdade e a propriedade dos indivíduos.

O sistema tributário gerado por esse grupo de políticos incompetentes e mal intencionado foi substituído por uma política de arrecadação e o imposto de renda se transformou em imposto sobre salários, ação própria de republiqueta arrecadadora. Ives Gandra, com muita propriedade afirma que progressividade de imposto é como vaca na Índia, onde a vaca é sagrada. Mesmo comprovadamente reduzindo investimentos, gerando sonegação, desestimulando poupança é mantida como se fosse sagrada e intocável. A sua manutenção, justificam os governantes, através de um falso conceito da distribuição de riquezas, como se o Estado fosse distribuir o arrecadado, a riqueza por todo mundo. O Estado, como as sabe, consome todo o tributo arrecado para manter uma máquina cara e ineficiente. O tempo provou que os objetivos do progressivismo (imposto progressivo), são objetivos ideológicos, que emperra o desenvolvimento e sufoca o empreendedorismo.

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                Infelizmente o povo brasileiro não é alertado desta anomalia institucional e o caminho a tomar para tirar o Brasil da paralisia desenvolvimentista. Toda vez que se fala em reformas, a mídia põe medo na população afirmando que este ou aquele grupo de pessoas, sindicatos, comunistas, socialistas, movimentos sociais comunistas e outros trapos podem gerar instabilidade política e social. O Brasil precisa pagar para ver o que acontece, o que não pode continuar é o país ficar permanentemente refém de grupos organizados de pessoas que só visam seus interesses egoísticos contra os interesses do povo brasileiro. Sabemos que todo nascimento vem com sofrimento, se não fosse assim, no parto a mãe e o bebê não sofreriam, sofrimento que logo em seguida vira em alegria e festas. A mesma coisa acontece num país quando ele pretende se modernizar, quando pretende eliminar de suas entranhas obstáculos ao seu desenvolvimento. Algumas pessoas ou grupos sofrerão, mas logo em seguida estarão no meio da maioria da população que estará festejando o novo país e o andar do desenvolvimento. O que tem de ser feito para o bem do povo e do Brasil terá que ser feito doa a quem doer. Reforma da constituição, da legislação trabalhista, da previdência, fiscal, administrativa e outras terão que ser feitas com a maior urgência doa a quem doer. Reações haverá, certamente, mas o Brasil aguenta o tranco quando tudo é feito dentro da lei e do regime democrático e republicano, sem vacilo, aproveitando-se das eleições para presidente, governadores, deputados federais e senadores, eleições, dada sua importância, eleições que devem ser exaustivamente esclarecidas pela mídia, pois se trata de eleger os novos reformadores de um novo Brasil. Se não quisermos uma revolução armada, o caminho pela via democrática é o da conscientização maciça do povo brasileiro pela necessidade de reformas, principalmente a reforma da constituição para excluir da atual a sujeição do povo ao regime comunista.

Armando Soares – economista


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Soares é articulista de Libertatum

                 

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