Dominados pela incompetência, pela
covardia e por vendilhões da Pátria
Por Armando Soares
Quem são os incompetentes, os covardes e os vendilhões da Pátria? Os indivíduos que alcançaram o poder político, os que representam as instituições e o povo brasileiro que vota mal e que vem assistindo de geração a geração o mau uso do Estado e das instituições e não se dá conta da sua responsabilidade.
Imagino o
sofrimento de um brasileiro que pudesse viver por longo tempo, por duzentos ou
trezentos anos ou mais. Terminaria sua vida desequilibrado mentalmente de tanto
assistir idiotices que empurraram o Brasil para o buraco do subdesenvolvimento.
Ter de assistir a troca estúpida da borracha pelo café, sendo na ocasião a
Amazônia o único produtor de borracha no mundo, matéria-prima que iria
viabilizar a invenção do carro e do avião; de assistir o menosprezo do ditador
Getúlio Vargas aos seringueiros amazônicos considerados heróis de guerra pelos
americanos dado sua contribuição na produção de borracha para a fabricação de
pneumáticos para aviões e veículos dos exércitos aliados; de assistir a
incompetência dos presidentes e governantes brasileiros para desenvolverem o
Brasil apesar de suas potencialidades; e, pior, ter de assistir no atual
momento brasileiro a decadência dos costumes, da ética, da moral, da política,
da economia brasileira, e a entrega da Amazônia ao aparato
ambientalista-indigenista comandado pelo governo mundial sob a tutela da
oligarquia anglo-americana. Assistir por anos e anos um espetáculo dantesco contra
o bem-estar de um povo que apesar de viver num país de uma grandeza incomensurável
e de extensão invejável, levaria qualquer ser humano a loucura e ao
desespero.
Quantas gerações brasileiras já se
foram esperançosas de que seus esforços tivessem como contrapartida um Brasil
melhor, com personalidade, forte, sábio, capaz de se defender de saques, de
piratas que sempre temeram que o gigante brasileiro em recursos naturais
despertasse e viesse a ocupar o espaço que está ocupado por outras nações e
povos, não para contribuir para o desenvolvimento e o bem-estar dos povos, mas
apenas para dominá-los e mantê-los fracos sem capacidade de reagir. Todos os
povos que se desenvolveram tiveram a ajudá-los, líderes com visão estadista,
capaz de enxergar o caminho para a construção de uma grande nação. No Brasil só
brotou até agora líderes deles mesmos, anomalia social e comportamental que
atrai para junto deles o lixo humano, entre eles pretensos ideólogos que se
valem da incultura para enganar o pobre cultivado. Deixou-se o Brasil ficar
sempre nas mãos de aventureiros e ditadores de pior espécie, e se entregou a
educação nas mãos de comunistas e socialistas, causa do desenvolvimento pífio incapaz
de tirar o país do circulo vicioso do “ande e pare”.
O Brasil não consegue por em marcha o
seu desenvolvimento porque está sendo travado pela ausência de um projeto de
governo e por uma constituição criada por um grupo de políticos compromissados
com seus projetos pessoais e ideologias perniciosas com os seguintes destaques
para um redistributivismo ideológico voltado para a espoliação da propriedade
privada ao invés de privilegiar a ordem de mercado para sustentar uma sociedade
de homens livres. A constituição criada por uma constituinte infiltrada de
comunistas, socialistas e ambientalistas preparou terreno para o domínio
estrangeiro e do comunismo ou o socialismo através de um confisco antieconômico
representado pelo imposto progressivo um verdadeiro estrupo tributário. Fica
claro que a intenção dos constituintes era de violentar e destruir no tempo o
direito a propriedade privada via um imposto progressivo nocivo. Como afirmava
com muita propriedade Henry Maksoud, a sanha fiscal contra a propriedade não se
exaure no sistema tributário, ela está entranhada em todo o projeto da
constituinte, como se destaca no título consignado a ordem econômica e
financeira, os capítulos da política urbana e da política agrícola e fundiária
e da reforma agrária. Pelas normas espoliativas voltadas, a propriedade urbana
fica subordinada a função social (instrumento comunização) que determina que se
não tiver sendo utilizada ou adequadamente aproveitada ficará sujeita a um
imposto progressivo no tempo, e finalmente, desapropriada. A propriedade rural
mereceu o mesmo tratamento, com mais apoio da política ambiental que realiza um
indecoroso confisco de 80% sobre propriedade rural a título de reserva legal.
Submeteu-se dessa maneira o direito a propriedade ao progressismo fiscal e a
política ambiental utilizando-se como justificativa o instrumento comunista
denominado função social, para encobrir o principal objetivo de comunizar o
país e erradicar a propriedade privada. A constituição é conflituosa de
propósito para facilitar que se anulasse a salvaguarda dos direitos
fundamentais a vida, a liberdade e a propriedade dos indivíduos.
O sistema tributário gerado por esse
grupo de políticos incompetentes e mal intencionado foi substituído por uma
política de arrecadação e o imposto de renda se transformou em imposto sobre
salários, ação própria de republiqueta arrecadadora. Ives Gandra, com muita
propriedade afirma que progressividade de imposto é como vaca na Índia, onde a
vaca é sagrada. Mesmo comprovadamente reduzindo investimentos, gerando
sonegação, desestimulando poupança é mantida como se fosse sagrada e intocável.
A sua manutenção, justificam os governantes, através de um falso conceito da
distribuição de riquezas, como se o Estado fosse distribuir o arrecadado, a
riqueza por todo mundo. O Estado, como as sabe, consome todo o tributo arrecado
para manter uma máquina cara e ineficiente. O tempo provou que os objetivos do
progressivismo (imposto progressivo), são objetivos ideológicos, que emperra o
desenvolvimento e sufoca o empreendedorismo.
Infelizmente
o povo brasileiro não é alertado desta anomalia institucional e o caminho a
tomar para tirar o Brasil da paralisia desenvolvimentista. Toda vez que se fala
em reformas, a mídia põe medo na população afirmando que este ou aquele grupo
de pessoas, sindicatos, comunistas, socialistas, movimentos sociais comunistas
e outros trapos podem gerar instabilidade política e social. O Brasil precisa
pagar para ver o que acontece, o que não pode continuar é o país ficar
permanentemente refém de grupos organizados de pessoas que só visam seus
interesses egoísticos contra os interesses do povo brasileiro. Sabemos que todo
nascimento vem com sofrimento, se não fosse assim, no parto a mãe e o bebê não
sofreriam, sofrimento que logo em seguida vira em alegria e festas. A mesma
coisa acontece num país quando ele pretende se modernizar, quando pretende
eliminar de suas entranhas obstáculos ao seu desenvolvimento. Algumas pessoas
ou grupos sofrerão, mas logo em seguida estarão no meio da maioria da população
que estará festejando o novo país e o andar do desenvolvimento. O que tem de
ser feito para o bem do povo e do Brasil terá que ser feito doa a quem doer. Reforma
da constituição, da legislação trabalhista, da previdência, fiscal,
administrativa e outras terão que ser feitas com a maior urgência doa a quem
doer. Reações haverá, certamente, mas o Brasil aguenta o tranco quando tudo é
feito dentro da lei e do regime democrático e republicano, sem vacilo,
aproveitando-se das eleições para presidente, governadores, deputados federais
e senadores, eleições, dada sua importância, eleições que devem ser exaustivamente
esclarecidas pela mídia, pois se trata de eleger os novos reformadores de um
novo Brasil. Se não quisermos uma revolução armada, o caminho pela via
democrática é o da conscientização maciça do povo brasileiro pela necessidade de
reformas, principalmente a reforma da constituição para excluir da atual a
sujeição do povo ao regime comunista.
Armando Soares – economista
e-mail: armandoteixeirasoares@gmail.com
Soares é articulista de Libertatum
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá! Seja benvindo! Se você deseja comunicar-se, use o formulário de contato, no alto do blog. Não seja mal-educado.