Brasil calidoscópio
Por Armando Soares
O Brasil é um país com um número
extraordinário de combinações políticas imorais, combinações que se realizam
para praticar a corrupção e atos desonestos que envolvem os três poderes, o
sindicalismo e outros arranjos corporativistas que sustentam privilégios
inadmissíveis numa república chamada democrática.
Esse cenário imoral está sendo
confirmado no momento em que se propõe a reforma da Previdência e Trabalhista,
que tira da toca toda a classe dos privilegiados que anos após anos vem se
alimentando das tetas da Nação à custa do sacrifício de quem trabalha, de quase
toda a população brasileira. A coisa se mostra como se fosse uma obrigação do
povo brasileiro sustentar por toda a vida castas sociais improdutivas, que
perderam totalmente a vergonha e mostram publicamente suas podres intenções. A Previdência
e a política trabalhista foram criadas no Brasil para atender interesses do
setor público, tem, portanto, caráter assistencialista. O brasileiro sustenta
durante toda a sua vida esse assistencialismo sem nenhum proveito. Nunca houve
uma contrapartida, nunca houve um serviço público decente para justificar
tantos privilégios. Todos os políticos, por mais safados e imbecis que sejam
sabem da absoluta necessidade de se reformar o Estado a partir de uma Nova
Carta, mas nada fazem porque não querem perder a mamata sustentada pela
escravização do povo. Diante dessas deficiências expostas pela mídia, o grande
desafio para reformar o Brasil corrompido é encontrar novas lideranças confiáveis
e despojadas de imoralidade. Isso é possível? O povo é quem sabe.
Outra questão que incomoda muito
devido sua importância no contexto desenvolvimentista é a questão indigenista. O
Brasil, desde a década de 1980, vem sendo alvo de sucessivas campanhas de pressões
políticas, em sua grande maioria, orientadas do exterior objetivando limitar as
ações do Estado brasileiro em várias de suas áreas de atribuições, sendo alvo
principal a ordenação da ocupação física do território brasileiro e a
exploração dos recursos naturais. Antes o saque era realizado de forma
selvagem, hoje em consequência do avanço da tecnologia, que utiliza satélites,
o saque usa a mídia para transmitir inverdades e doutrinar populações inteiras,
com ajuda de organizações não-governamentais substitutas dos espiões de
antigamente, apoiadas financeira e politicamente por uma rede de fundações
privadas e órgãos governamentais de países desenvolvidos, os modernos
colonialistas, que encobrem a pirataria utilizando o disfarce de protetores do
meio ambiente e dos povos indígenas, isso depois de exterminarem todos os
índios em seus territórios, obstáculos para o desenvolvimento, assim
considerados a época. O processo de saque trás no seu bojo uma interferência
desnuda cínica de interferência na formulação de políticas setoriais com
aparelhamento dos órgãos encarregados da execução dessas políticas,
especialmente o Ministério do Meio Ambiente e de secretariais estaduais do meio
ambiente, assim como, de forma contundente a Fundação Nacional do Índio (FUNAI),
todos passivos, sem reagirem a interferência estrangeira, graças aos dólares
‘tapa boca’ despejado no país. Sofreu e ainda sofre, portanto, o Brasil uma
intervenção estrangeira para realizar um saque de curto, médio e longo prazo,
com uma engenharia maquiavélica que também obstaculiza o desenvolvimento
econômico, e intensifica a ausência do Estado na Amazônia. O processo utilizado
não caracteriza uma invasão do território brasileiro por países estrangeiros, o
que afasta a defesa do território pelas forças armadas brasileira, a ocupação
do território é realizada através de uma política ambiental que criou uma
quantidade absurda de reservas indígenas e de outras naturezas, levando de
graça sem reação mais da metade da região amazônica.
Depois dos europeus e americanos
tomarem as terras dos índios matando a quase totalidade desses povos, se
apresentam aos brasileiros como se fossem bonzinhos e amigos dos selvícolas,
impondo regras de comportamento ao Brasil como se verifica na Convenção 169 da
OIT e a Declaração dos Povos Indígenas da ONU, empregadas pelo aparato jurídico
que apoia o movimento indigenista, nas ações contra os projetos de
infraestrutura que interfiram com as terras indígenas. Os EUA para justificar
sua posição consideram que as terras indígenas americanas foram ganhas em
guerras, não sendo terras ocupadas. Os EUA não assinaram a Declaração dos Povos
Indígenas, e o Brasil assinou no governo de FHC. A imundície é nacional e
internacional, sendo que em seus países americanos e europeus são outros,
praticam a pirataria em favor do seu povo.
Tem sociólogo elevando Antonio
Gramsci aos píncaros ao combater o Capital. O sociólogo (parece que os
sociólogos são facilmente atraídos pela filosofia comunista), se enamorou do
comunista Gramsci, por ter descoberto o melhor caminho para implantar o
comunismo numa democracia sem derramamento de sangue, só na manha, se
infiltrando no aparelho do Estado como um vírus mortal. O comunismo é nocivo a
qualquer sociedade seja ela imposto por violência ou através da sutileza, da doutrinação
lenta e progressiva, como foi tentado no governo civil brasileiro e como está
sendo usado na política ambiental sob o comando do poder hegemônico
anglo-americano através da ONU. Tudo se resume a ter poder para escravizar o
povo. O grande desafio das próximas gerações é saber se livrar desse grande
polvo e seus tentáculos.
Por fim, a mídia e a justiça deviam
evitar que os brasileiros assistam espetáculos dantescos, do tipo do encontro
de Lula com o juiz Moro. Faz mal ao espírito assistir tanta indignidade e
sordidez.
Horresco referens!
Armando
Soares – economista
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