SAQUE,
DISCRIMINAÇÃO, PRODUTO DE TROCA, VAZIO DE PODER, COLONIALISMO E ENDOCOLONIALISMO
= AMAZÔNIA.
por Armando Soares
A Amazônia foi uma
conquista portuguesa, uma riqueza que a república vagabunda brasileira ignorou
durante séculos, região considerada pelas elites como uma simples floresta sem
utilidade. O Brasil, até quando foi descoberta a utilidade da borracha, produto
da seringueira, estava resumido ao Sul, Sudeste e Nordeste, sendo que o
Nordeste só teve importância enquanto produzia açúcar, depois ignorada se
transformou em região de seca, de fome e pobreza. A partir daí o Brasil político,
econômico, social e geográfico se resumia ao Sudeste e Sul; Amazônia, Nordeste
e Centro-Oeste eram regiões problemas, de custo oneroso, que atrapalhavam o
desenvolvimento do Sul e Sudeste, elefantes brancos.
Essa Amazônia enjeitada
recebeu vários planos gaiatos de planificação através de governos
irresponsáveis, na realidade arranjos realizados para enganar trouxas, desculpa
torta para iludir incautos, objetivando manter esperançosos os amazônidas,
coisa parecida com que os romanos faziam
quando queriam acalmar o povo com pão e circo, desculpa cretina para mostrar ao
esquecidos amazônidas de uma floresta mantida brasileira por bobões, uma
desculpa infame a imensa sacanagem que essas elites bandidas fizeram com a
borracha, com o esforço de guerra amazônico, com a SPEVEA, com os incentivos
fiscais, com o Banco da Amazônia, com a SUDAM, e mais recentemente, a com a maior
das sacanagens, impondo uma política ambiental e indigenista, entre muitas
outras que não cabem num pequeno artigo dado a sua complexidade e traição.
A Amazônia tem sido
tratada por brasileiros e colonialistas como se fosse um imenso estado contendo
apenas uma imensa floresta, povoada por índios, macacos, cobras, jacarés, antas
e outros animais e insetos. Para os governos brasileiros comandados por gente
do Sudeste e Sul nunca existiu de fato e de direito o Estado do Pará, do
Amazonas, do Amapá, do Acre, de Roraima e de Rondônia. Esses estados sempre
foram considerados apenas núcleos urbanos pobres, simplórios sem nenhum valor; eles
só existiam quando se tratava de atender interesses políticos nojentos da elite
dominante sul/sudeste, ou para criar centenas de municípios sem nenhuma
sustentação econômica, núcleos urbanos concebidos para receber recursos
federais e enriquecer prefeitos e vereadores vagabundos e corruptos ligados as
elites dominantes, que criavam milhares de cabides de empregos para garantirem
a eleição de políticos corruptos. Um círculo vicioso que teve um momento de
interrupção, quando os militares comandados pelo grande presidente Castelo
Branco, reconhecendo a importância socioeconômica da região deu início ao
processo efetivo do desenvolvimento da Amazônia, promovendo a derrubada de
partes necessárias da floresta, para construir estradas, iniciativa que gerou a
criação de novos municípios que implantaram a atividade agrícola e pecuária,
que sobreviveram e se desenvolveram e que sustentam a economia dos estados
amazônicos. Não fosse essa ação militar desse grande homem em favor da
Amazônia, os estados amazônicos, mesmo com a agropecuária, com os minérios e
outras atividades geradas pelos militares, já estaria reduzido a pó pelo
ambientalismo, pelo indigenismo, e por outras políticas nocivas criadas por
governantes civis, antes e depois do regime militar.
O Brasil é que nem
um “papagaio” penso, que não se consegue empinar, pois, cai logo, tão mal
construído foi; nada funciona bem no Brasil, talvez seja porque começamos mal
desde o início da nossa história com o golpe dado em Pedro II, o único e melhor
governo civil que o Brasil já teve. Humilhou-se e traiu-se um homem, um
presidente honesto e competente e um regime de governo sábio e bom, trocando por
uma república e um regime federativo que atendia interesses escusos e que nunca
funcionou, mas que tem acomodado políticos e governantes incompetentes e
corruptos que nunca demostraram o desejo de construir um PROJETO de NAÇÃO que pudesse,
no curto e médio prazo, transformar o Brasil numa grande potência econômica. O
Brasil não merecia ser tocado por uma republiqueta comandada por vários lixos
políticos e administrativos, republiqueta que só teve um único êxito, enganar
um povo que nunca quis viver num país grandioso, com qualidade de vida. Somos todos
brasileiros enquanto perdurar esse cenário que atualmente vivemos, filhos de
golpistas, de espertos, de malandros sucessivos, do lixo, da imundície moral e
da incompetência.
Nada justifica que
aceitemos viver num país contaminado administrado por incompetentes, cínicos,
corruptos, por bandidos de toda natureza. Nada justifica que todo dia tenhamos
que assistir o assassinato de policiais, de crianças, de idosos, de brasileiros
e brasileiras e continuemos a festejar como se nada existisse, como se o Brasil
fosse um país desenvolvido, com boa qualidade de vida, continuemos a dançar carnaval,
festas juninas, torcer fanaticamente por clubes futebolísticos e assistir
emocionados shows milionários que enchem as praças públicas. O brasileiro,
diante de tanta coisa podre e imoral, devia se sentir envergonhado, devia estar
permanentemente de luto, e preparado para reagir, para lutar com todas as suas
forças contra esse Brasil desgraçado por quadrilhas de bandidos políticos,
juízes venais e uma multidão de imorais, deveríamos dar um basta nesse cenário
sanguinolento, pútrido e imoral, um cenário que torna o cenário dos Miseráveis
de Victor Hugo, um paraíso.
Mais do que nunca no momento crítico brasileiro
cabe o desabafo de Rui Barbosa para todos os brasileiros, especialmente para
juízes e advogados: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar
a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os
poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da
honra e a ter vergonha de ser honesto.”
CHEGA
DE TANTA IMUNDÍCIE MORAL
Armando Soares – economista
E-mail: armandoteixeirasoares@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá! Seja benvindo! Se você deseja comunicar-se, use o formulário de contato, no alto do blog. Não seja mal-educado.