quinta-feira, 9 de agosto de 2018

As eleições sob o intervencionismo e o socialismo moderno 

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por Vanderli Camorim


Estão definidos enfim os candidatos e todos com seus respectivos vices. Foi quase um parto. Como se pode notar em alguns partidos houve dificuldades de acertar um vice que pudesse dar robustez,senão trazer uma aura de santidade, a chapa e ao candidato majoritário. Bolsonaro e o Lula, este por sinal coisa atípica, foram os que mais tiveram em duvidas. Bolsonaro por dificuldade de encontrar mesmo um cara corajoso devido a sua figura polemica, e Lula por uma engenharia obscura que esperamos se revele ao longo da campanha. Mas enfim agora está tudo certo. Agora cabe a militância sair em campo fazer a cabeça do eleitorado reforçando a campanha dos partidos. Seja como for, todos fingem que aquele ambiente de disputa eleitoral que o capitalismo trouxe nas épocas passadas, em que os partidos eram constituídos de elementos que tinham como opinião lutar pela igualdade de todo o cidadão as mesmas chances, contra os privilégios de minorias pagos pela imensa maioria, e que por essa razão disputavam uma vaga no parlamento,fosse coisa que se repetisse nos dias de hoje. Não, isso tudo está no passado. 

Os partidos no congresso são os representantes legais, não do povo como um todo, mas dos mais variados grupos de pressões com poderosas ligações politicas que disputam entre si a primazia da maior e melhor fatia do poder. Eles são os leitores de hoje que decidem qualquer eleição na nossa época de intervencionismo e socialismo, e não aquele cidadão da periferia e rincões distantes que são enganados e se vendem por pequenos presentes e grandes promessas. São estes grupos de interesses especiais que também decidem quem serão os candidatos. 


Os grupos de pressões são múltiplos e variados. São representados pelos milhares de sindicatos tantos dos patrões como os trabalhadores; ONGs diversas; organizações religiosas e não religiosas; igrejas variadas e tantas outras minorias com representação no governo. São elas que formam as bases que impulsionam os partidos a fazerem coligações, o que lhes dá a maior chance de sucesso. A época de revolução e golpe de estado, pelo menos entre nos, está momentaneamente afastada. A disputa democrática entre estes variados grupos afasta esta possibilidade da violência instituindo uma rede de normas que todos devem seguir como um campeonato que não tem nada a ver com o pensamento dos antigas liberais que imaginavam a representatividade popular.. 


É por essa razão que dizem que as eleições são de carta marcada, e que deste mato não se deve espera que saia algum coelho senão repetir o jogo da “velha politica”. É essa a percepção da população que não vê mudanças após cada uma delas. Desde quando o capitalismo foi vencido pelo intervencionismo as eleições foram adaptadas para a continuidade do governo totalitário- uma herança dos governos medievais onde o rei era dono de tudo e todos tinham que seguir o seu plano. Como se podem notar,todos os candidatos vêm à cena com um plano para mudar radicalmente o estado de coisa que todo mundo concorda que não está bom. O único plano que não é aceito é o plano do cidadão de tocar a sua vida como bem gostaria, de ter liberdade econômica.

O seu plano passa a ser a de seguir a do chefe que ganhar a disputa, que é o mesmo que vem se repetindo por décadas a fio e consiste no planejamento central, que já foi chamado de “pacotão”, plano quinquenal, que são as proposta emitida pela autoridade suprema. Mas isto tem uma explicação. Desde quando Lênin fracassou em seu projeto de socialismo de um só golpe na união soviética o que levou a Rússia a beira do abismo e teve que recuar admitindo que o mercado ou capitalismo era indestrutível, o lema passou a ser a controle do mercado – ou capitalismo-pelo estado ou governo. E é essa a origem da formação dos poderosos grupos de pressões, que se forma como seu produto natural. Os políticos que tem o comando do governo passam a controlar a economia e se servem para este fim, de um seleto grupo de homens de negócios a quem impõem um plano e um objetivo, o que os reduz a meros serviçais desses interesses, e a população meros peões em suas mãos. 


No capitalismo o comando pertence aos consumidores, que somos todos nos. Seu poder é expresso pelo seu ato de comprar ou não comprar, o que pode levar ao sucesso ou fracasso do empreendimento. O homem de negócio tem como função combinar da melhor maneira os fatores escassos de produção para oferecer aos consumidores uma quantidade, qualidade e preço baixo de um bem mais necessário do seu ponto de vista. Aqueles que não forem talentosos o suficiente amargam prejuízo e terão que se ajustar a demanda dos consumidores ou perderão o seu posto para outro mais eficiente. É um movimento perene. É a supremacia do consumidor que na esfera politica tem o nome de eleitor. Mas é daí que nasce a ideia de democracia moderna trazida pelo capitalismo onde cada centavo tem o mesmo sentido de um voto que é dado ao homem de negócio que atinge aquele objetivo de melhor satisfazer o desejo e a necessidade dos consumidores sempre insatisfeitos. 

É este elemento da esfera econômica que tem seu corolário na esfera politica representada no governo representativo onde os políticos terão que responder as demandas dos eleitores que querem liberdade para empreender e trabalhar com segurança, e isto não apenas confronta os planos dos estatistas, mas também define se o estado é democrático ou totalitário, se é um estado em que o cidadão, também chamado de consumidor ou mesmo de eleitor, é o verdadeiro dono do poder a que as autoridades têm que obedecer, ou se são as autoridades escolhidas pelos grupos de pressão. Masas coisas só podem dar certo se as pessoas mudarem a mentalidade e a percepção das coisas e poderem fazer com clareza esta distinção e pressionarem os políticos que não se acham com razão de obedecer a multidão, mas aos seus eleitores, representados pelos grupos de interesses. 

O que conta não é o plano dos políticos que sempre obedecem aos planos dos grupos de interesses particulares, mas os dos cidadãos que, esses sim, seguindo unicamente o seu julgamento de valor, fazem realmente a roda da economia girar para frente trazendo o progresso e a riqueza que os políticos e seus apaniguados insistem em dizer que só eles podem fazer. A chave do sucesso não está neles, nos políticose seus planos mirabolantes e grupos de interesses particulares, mas no cidadão comum e anônimo,o motor não só do nosso bem estar de hoje, mas também o responsável de ter trazido a humanidade desde os primórdios aos nossos dias com criação de riquezas e inovações que os políticos insistem em serem eles e costumam, usando vários subterfúgios, de se apropriarem de seus resultados em detrimento do resto da população. 

Escolha o seu candidato, mas não se iluda com suas promessas, pois a realidade esta no individuo, o artífice da riqueza e do bem estar de todos, mas só e unicamente se tiver liberdade econômica, coisa que não figura em nenhum dos planos dos presidenciáveis.

Vanderli Camorim
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