quarta-feira, 8 de julho de 2015

Engana-me que eu gosto

Por Armado Soares

O que esperar de políticos e partidos que querem menores nas ruas matando brasileiros? A sugestão alternativa da política cavernosa desses políticos é educar os menores criminosos, utopia enganadora que não se casa com a realidade. Se a educação, aliás, caminho correto para o reajuste, estivesse em curso no país, programa que nunca existiu esse cenário criminoso brasileiro vivenciado por menores já devia ter melhorado. Entretanto, o que se assiste é um cenário crescente de assassinatos realizados por menores. Um programa de conscientização e educação de menores transgressores para dar certo no Brasil teria que abranger as famílias dos menores, os adultos bandidos que usam os menores e sustentam suas famílias que se calam sacrificando seus filhos por dinheiro sujo. Em resumo um programa dessa natureza requereria um desenvolvimento nacional capaz de gerar recursos para esse fim, e professores descontaminados de ideologia comunista. Ao que consta e a realidade confirma, não existe nenhum programa dessa natureza sequer no papel. Quem permitiu durante esses últimos quinze anos que a criminalidade atingisse os menores e suas famílias em escala incontrolável não merecem ser ouvido e muito menos o respeito da sociedade brasileira.


 Deixar que os menores matem brasileiros esperando reação da sociedade para fazer justiça com as próprias mãos é um comportamento político velhaco e repugnante. Com o mesmo grau de irresponsabilidade e cretinice se enquadra a questão do meio ambiente que obstaculiza o desenvolvimento sob uma capa mentirosa de defesa do planeta. O presidente americano, Barack Obama, e a brasileira Dilma Rousseff, informa o noticiário internacional, defenderam em Washington, um acordo mundial ambicioso sobre o clima, afirmando sua disposição a privilegiar as energias renováveis.

O que há de errado nesse acordo? Uma hipocrisia do tamanho dos Estados Unidos, da Europa e de outros países desenvolvidos. É sabido e comprovado que os países desenvolvidos usaram como bem quiseram o meio ambiente para o seu desenvolvimento, sem se importar com o que isso representaria para a saúde da Terra. Eles derrubaram suas florestas nativas substituindo-as por florestas plantadas, implantaram indústrias poluidoras, poluíram rios, caçaram animais a vontade, mataram índios à vontade contrariando todas as suas recomendações em nossos dias para a preservação ambiental planetária. Por que agora, depois de garantirem seu desenvolvimento estão preocupados com o meio ambiente terráqueo? Desenvolvimento para eles agora significa poluir o meio ambiente? Como desenvolver uma região? Qual o modelo sugerido? Desenvolvimento sustentável?  O que é desenvolvimento sustentável proposto senão uma falácia, uma maneira de dominar a região sem a percepção do seu povo. Ninguém sabe dizer o que, de fato, significa, na prática, “desenvolvimento sustentável”, ou “crescimento sustentável”. Nenhum cientista, nenhum político, sabe como implementar o “desenvolvimento sustentável” numa sociedade. Sim, porque, na realidade, o que todo mundo sabe, mas não sabe como traduzir isso em termos viáveis, é que, no fundo, no fundo, “crescimento sustentável” quer dizer “crescimento zero” e eliminação dos “excessos” populacionais – o que, comumente costuma ser chamado de “controle populacional”, “controle da natalidade”, ou “planejamento familiar”. Não existe no mundo nenhum país que se desenvolveu com o modelo de “desenvolvimento sustentável”. Desafio a quem provar em contrário.


O objetivo de toda essa lambança ambiental é o poder. A chave para a conquista do poder é o movimento ecologista, os partidos ambientalistas. Enquanto houver pobreza e subdesenvolvimento na Amazônia, o desmatamento ilegal vai continuar. Portanto, fazer de conta de que uma política ambiental mesmo com características policialesca, vai conter o desmatamento ilegal é uma atitude irresponsável. A prioridade na Amazônia diante de uma realidade socioeconômica doente é incentivar investimentos privados para dar partida ao desenvolvimento econômico. O jornal Estado de São Paulo produziu um trabalho intitulado “Favela Amazônia - um novo retrato da floresta”. Segundo o jornal, um terço da população das grandes e médias cidades da Amazônia vive em territórios do tráfico e com violações de direitos humanos. Nas periferias da maior floresta tropical, a qualidade de vida é pior que nos morros e nas favelas de Rio de Janeiro e São Paulo. O jornal Estado encontrou uma nova realidade na Região Norte, onde máfias desviam cartões do Bolsa Família e da Previdência, grupos manipulam relatórios de vacina e mortalidade infantil e milícias tomam o espaço dos antigos pistoleiros. Diante do aumento do êxodo provocado por políticas públicas, a fronteira e a mata perdem moradores e os assassinatos de sem-teto nas periferias superam homicídios por disputas de terra. O retrato fiel da Amazônia começa a ser divulgado para que a sociedade brasileira se conscientize do desserviço que presta à região a política ambiental brasileira. Acreditamos que no Brasil ninguém conscientemente é contra o desmatamento ilegal por simples prazer de desmatar. Se existe desmatamento ilegal na Amazônia é porque a atividade é estimulada e beneficia economicamente algum setor da economia dentro e fora do Brasil. Também se deve levar em consideração que uma floresta rica como é a amazônica, onde existem na sua maioria núcleos populacionais empobrecidos, incluindo os índios, a única alternativa econômica para a sobrevivência é explorar a floresta, inclusive com desmatamento ilegal. Ademais a região amazônica padece de uma estagnação econômica secular e vem sendo impedida de sair desse círculo vicioso por políticas públicas desastrosas, sendo a mais recente a política ambiental que privilegia a preservação ambiental e simplesmente ignora o meio humano, tipo de política governamental intervencionista que acredita ou faz de conta que acredita que preservando a floresta, o meio ambiente, ignorando o ser humano, pode, num passe de mágica, erradicar a pobreza e o subdesenvolvimento. O que os amazônidas querem é ver a região desenvolvida assimilando o progresso cientifico, novas tecnologias associando-as a exploração das riquezas naturais. Os amazônidas estão cansados de servirem de massa de manobra e assistirem o poder público e político usarem a região como produto de troca perenizando currais infames de pobreza. Ao que parece a Amazônia está representado para os Estados Unidos, Europa e outros países desenvolvidos, além de um almoxarifado estratégico econômico, uma espécie de compensação florestal, ou seja, Estados Unidos, Europa e Ásia depois de destruírem suas florestas nativas querem intacta a floresta amazônica como compensação.


O objetivo de toda essa lambança ambiental é o poder. A chave para a conquista do poder é o movimento ecologista, os partidos ambientalistas. O Clube de Roma começou esses partidos. (…) O movimento ecológico transcende fronteiras, porque englobam tanto a esquerda como a direita (…). As pessoas não acreditam nos políticos, mas elas acreditam nos ambientalistas. (“…) e então os chefes-de-estado também mudam as suas ideias.»

Segundo estudos realizados pela Embrapa Monitoramento por Satélite existem poucas áreas disponíveis para desenvolver a Amazônia em razão da ação do garrote imposto pela política ambiental. Sei que escrever sobre política ambiental é perda de tempo, diante do despejo gigantesco de dólares que fertiliza os negócios ambientais, escrevo, portanto, para novas gerações que poderão melhor avaliar o crime praticado contra o ser humano, mormente agora quando ‘luminares’ publicaram um Manifesto Eco Modernista que confirma a certeza de um comando mundial sobre a economia.

Armando Soares – economista



Soares é articulista de LIBERTATUM

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