quarta-feira, 15 de julho de 2015

            

Mentira, insensatez, servidão e dominação

Por Armando Soares

“Todo o poder político vem do cano de uma arma. O partido comunista precisa comandar todas as armas; desta maneira, nenhuma arma jamais poderá ser usada para comandar o partido”.
(MAO TSÉ TUNG)




                A história das civilizações mostra cenários em que impera a mentira, a insensatez, a servidão e a dominação. Por mais que tenha havido avanço civilizatório, o ser humano ainda carrega em suas células a brutalidade, a selvageria e a estupidez. As mensagens deixadas por Buda, Jesus e outros seres iluminados não tiveram a mesma importância no processo civilizatório do que a ciência, as artes. A alma dos seres humanos continua impregnada de falsidade, ausência de razão e de senso. Permanece viva a vontade de dominação do homem sobre o homem. O ser humano apesar de todo o avanço da ciência é uma besta domesticada que mata secularmente o seu semelhante, hoje de maneira mais sofisticada.

                São exemplos da ação do homem besta civilizada mais recente: as revoluções comunistas, a I e II Guerra Mundial e o nazismo. Os brasileiros têm destaque como besta civilizada resultado da passagem pelo poder de socialistas e comunistas. Os brasileiros estão sempre em último lugar na saúde, na educação e em outros serviços públicos, mas em compensação ocupam o primeiro lugar na matança bestial, na corrupção, na mentira, no cinismo e na incompetência. Munido dessa cesta pútrida, o PT estabeleceu sua estratégia para a implantação do comunismo. Não seguiu a linha soviética de insucesso nas tentativas anteriores, optou pela estratégia criada por Antonio Gramsci. Para quem ainda não conhece a mente doentia do italiano, ativista político e filósofo Antonio Gramsci, ele preconizava uma ação silenciosa por dentro da democracia e no estado de direito para em seguida destruí-los. Segundo esse mefistofélico comunista, após passar anos na cadeia elaborando sua estratégia, que recomendava a instauração de um regime comunista em países com uma democracia e uma economia relativamente consolidadas e estáveis, não podia se dar pela força, como aconteceu na Rússia, país que sequer havia conhecido a revolução industrial quando foi aprisionada pelos bolcheviques. Seria preciso, ao contrário, infiltrar lenta e gradualmente a ideia revolucionária (sem jamais declarar, que isso estava sendo feito), sempre pela via pacífica, legal, constitucional, entorpecendo consciências e massificando a sociedade com uma propaganda subliminar, imperceptível aos mais incautos que, por sinal, representam a grande maioria da população. O objetivo somente seria atingido pela utilização de dois expedientes distintos: a hegemonia e a ocupação de espaços.


Segundo Marcelo Dornelas a hegemonia consiste na criação de uma mentalidade uniforme em torno de determinadas questões, fazendo com que a população acredite ser correta esta ou aquela medida, este ou aquele critério, esta ou aquela análise de situação, de modo que quando o Comunismo tiver tomado o poder, já não haja qualquer resistência. Isso deve ser feito, segundo ensina Gramsci, a partir de diretrizes indicadas pelo intelectual coletivo (o partido), que as dissemina pelos intelectuais orgânicos (ou, formadores de opinião), sendo estes constituídos de intelectualóides de toda sorte, como professores principalmente universitários (porque o jovem é um caldo de cultura excelente para isso), a mídia (jornalistas também intelectualóides) e o mercado editorial (autores de igual espécie), os quais, então, se encarregam de distribuí-las pela população. É essa hegemonia, já adredemente fabricada, que faz com que todos os brasileiros, independentemente da idade, da condição socioeconômica e do grau de instrução que tenham atingido, pensem de maneira uniforme sobre todo e qualquer assunto, nacional ou internacional. O poder de manipulação é tamanho que até mesmo o senso crítico fica completamente imobilizado, incapaz de ajudar o indivíduo a analisar as questões de maneira isenta.

Os exemplos dessa manipulação são numerosos: desarmamento, políticas sociais, racismo ao trabalho escravo, inculpação social pelos crimes individuais à aceitação do caráter social de movimentos comprovadamente guerrilheiros (FARC, MST, MLST, MIR, ETA, etc.), todos eles visando destruir, por completo, valores que a sociedade tinha entranhados em sua alma, mas que, justamente por isso, não servem aos interesses do partido.

O Estado brasileiro nesses últimos vinte anos já está todo aparelhado para a implantação do comunismo. Assim acreditam Dilma e PT para poder suportar a pressão política atual relativa aos desmandos administrativos, à corrupção, o desastre econômico e o caos social. Para eles nada vai modificar o aparelhamento já feito nos setores mais importantes do Estado. O desarmamento da sociedade brasileira é um desses aparelhamentos que assegura que não haverá levantes e nem insurreições da população. Sem as armas a população não tem poder bélico, fica impotente sem chances de se defender. O povo desarmado fica refém do governo, que poderá fazer qualquer coisa sem nenhum risco de ser deposto ou combatido. Portanto, o desarmamento da população teve um único objetivo: controle social. O brasileiro caiu na cilada e os políticos se calaram. O desarmamentismo sustenta-se na mentira, cresce nas meias verdades, floresce no simplismo e alimenta-se dos incautos. A prova maior de que o desarmamento é um engodo é o armamento constante da bandidagem que vem matando os brasileiros.


Segundo o CEL. Jairo Paes de Lira, não é eticamente aceitável, ademais, deixar de levantar a questão mais crucial: o Estado não tem direito de tutelar a disposição humana para o enfrentamento do perigo; não pode arrogar-se o monopólio da coragem. ... A violência, em todas as suas facetas, é um mal social. Também nós, que defendemos o direito à legítima defesa, compartilhamos do sonho de extirpá-lo totalmente. A diferença entre nós e os autoproclamados pacifistas é que sabemos que a cultura da paz está muito distante no tempo: é coisa para daqui a alguns séculos. No momento, e nas décadas em que viverão nossos filhos e netos, a paz e a liberdade só poderão ser asseguradas por gente de bem, armada até os dentes.

Marcelo Dornelas adverte que a cada dia são criadas mais delegacias especializadas, mais conselhos, mais isso e mais aquilo para controlar e fiscalizar as ações de cidadãos, antes livres. É exatamente ela, a hegemonia gramsciana, utilizada pelo PT que inculcou em todos os cidadãos a crença de que os sem-terra foram massacrados pela Polícia Militar em Eldorado do Carajás, no Sul do Pará, quando na verdade a fita de vídeo original, contendo a gravação do episódio, mostrava claramente que eles agiram em legítima defesa diante de um número muito maior de sem-terra que, armados com foices, enxadas e até mesmo revólveres (como aparece naquela fita), avançou para cima dos policiais. É exatamente isso que fez espalhar a crença de que os fazendeiros são todos uns malvados e escravizadores de pobres trabalhadores indefesos, servindo, assim, de embasamento para que, em breve, o direito à propriedade seja eliminado da Constituição, se nela for encontrado algum tipo de trabalho escravo, cuja definição legal nem mesmo existe.

Infelizmente, a mentira, a insensatez, a servidão e a dominação fazem parte do cenário brasileiro. Condenam policiais que estavam defendendo suas vidas com o beneplácito de uma justiça caricata e de um governo corresponsável. No Brasil de Gramsci, se defende os bandidos e invasores de propriedades e condena-se a polícia. Tudo isso está sendo possível pela covardia da sociedade brasileira. Chorar pela morte de inocentes, sim, mas com atitude para combater o assassino na mesma intensidade, assim como o governo que tudo assiste e nada faz.

Armando Soares – economista



Soares é articulista de LIBERTATUM

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