Marxismo Cultural
A subversão ideológica da civilização Ocidental.
BBC: Apagando o Cristianismo da História
Por Joseph Pearce
Há alguns dias atrás tive a viscosa experiência de ouvir uma
discussão com a duração de 40 minutos (transmitida pela BBC Radio) onde
alegadamente se falava da história da Grã-Bretanha através da poesia. Descrevo
a experiência de viscosa porque, depois de ter ouvido a discussão, senti como
se tivesse sido coberto de visco, encontrando-me espiritualmente,
intelectualmente e emocionalmente dentro duma lama de falsidades.
Passo a explicar.
Um amigo meu, que é poeta, enviou um link da celebração do
"National Poetry Day" da BBC Radio - que ocorreu no dia 8 de Outubro
- vista pelos olhos de poetas. Temendo o pior, resolvi mergulhar o dedo do pé
na água, ou o ouvido nas ondas de rádio, embora inicialmente tenha sido de
forma experimental. Vendo que a primeira discussão, que era sobre as raízes
Celtas e Anglo-Saxónicas da Grã-Bretanha, deveria ser relativamente segura,
estando ela tão longe do modernismo, tomei atenção para aprender mais.
Foi horrível.

Apresentado por Andrew Marr, o radiodifusor veterano que se
descreve como um "esquerdista branco privilegiado" e como alguém que
é resolutamente secular, isto é, não-religioso, eu deveria ter esperado o pior.
Eis aqui o que Marr diz sobre as suas posições religiosas:
Sou eu religioso? Não. Será que eu acredito em alguma coisa?
Não.
No entanto, visto que não é possível um ser humano não
acreditar em algo, vamos analisar as coisas que ele realmente acredita. Havendo
voltado as costas ao Presbiterianismo dos seus pais quando era um jovem homem,
Marr envolveu-se com a Internacional Comunista quando se encontrava em
Cambridge, ganhando a alcunha de “Red Andy.” Em 2006 ele declarou:
A BBC não é imparcial e nem é neutra. Ela é uma organização
urbana financiada pelo Estado, com um número anormal de jovens, minorias
étnicas e homossexuais. Ela tem um viés liberal [esquerdista], não tanto um
viés partidário-político. Isto é melhor expresso como um viés cultural liberal
[esquerdista].
Dito de outra forma, Marr estava a dizer de forma clara que
a BBC tem um viés contra as populações rurais, contra os mais idosos, contra a
maioria étnica, e contra os heterossexuais. Mais pertubador ainda, Marr parece
ser um defensor do uso da força política, acrescentada à persuasão
propagandista, como forma de levar a cabo uma engenharia social que produza o
tipo de mundo no qual ele acredita:
E a resposta final, francamente, é o uso do poder do estado
para coagir e reprimir. Pode ser da minha educação Presbiteriana, mas acredito
de modo firme que a repressão pode ser um bom instrumento civilizador em prol
do bem. Pisem em algumas crenças "naturais" durante algum tempo e
podem quase que matá-las.
Pouco antes de dizer estas palavras, Marr falou da
necessidade de tornar as pessoas "imunes aos antigos cânticos
tribais", que, embora ele estivesse a falar ostensivamente do racismo, é
mais do que sugestivo da necessidade de "educar" as pessoas para
longe da moralidade tradicional e da religião na qual esta moralidade está
enraizada. Poucas pessoas com o meu conhecimento de Política e de História irão
duvidar que, mal o mesmo é desencadeado, "o uso vigoroso do poder do
estado para coagir e para reprimir" será usado contra todos os grupos com
os quais o governo não concorda.
Mais recentemente, Marr tem voltado a sua atenção para a
História, ou melhor, para a História tal como ela é vista pelas lentes
obviamente preconceituosas e enviesadas de Marr, apresentando o programa
"History of the Word" - uma série que pretende examinar "a história
da civilização humana." Escusado será dizer isto, mas esta não é a
verdadeira História do mundo tal como vista objectivamente através dos olhos de
gerações passadas que a fizeram e a moldaram, a larga maioria das quais havendo
sido obviamente Cristãs crentes e practicantes, aderentes dos tais
"antigos cânticos tribais" que Marr planeia erradicar. A
"história" de Marr, tal como o "esboço da História" por
parte de H. G. Wells, nada mais é que a obra dum vivisectionista grosseiro que
pega em sujeitos vivos e mata-os em nome do "progresso".
Tudo o que foi exposto em cima é apenas para reiterar e
explicar o porquê de que eu já deveria esperar o pior mal me apercebi que o
programa com 40 minutos sobre as raízes Celtas e Anglo-Saxónicas da Britanidade
era apresentado por Andrew Marr. Eu já deveria saber que seria uma experiência
viscosa e não deveria ter-me exposto à sua presença orgulhosa e preconceituosa.
No entanto, por mais insano que possa parecer, apressei-me a entrar onde os
anjos e os santos temeriam entrar, e paguei o doloroso preço.
Por mais incrível que possa parecer, a discussão conseguiu
discutir a poesia Galesa e poesia Anglo-Saxónica sem mencionar o
não-mencionável expletivo "Cristianismo", a palavra-C, o uso da qual
é uma gaffe genuína que tem que ser excluída de toda a discussão educada, mesmo
quando se fala do passado Cristão. Consequentemente, por exemplo, falou-se de
Beowulf, embora com brevidade misericordiosa, sem qualquer referência ao facto
desta história ser um conto de aviso, do ponto de vista do Cristão ortodoxo,
sobre os perigos da heresia Pelagiana, e sem qualquer discussão sobre os
significados numéricos que faziam uma ligação entre a morte auto-sacrificial de
Beowulf com a Paixão de Cristo.

O grande poema Anglo-Saxónico com o nome de "The
Ruin" foi modificado com o poder mágico do politicamente correto de uma
discussão em torno da forma como os
caminhos de wyrd, isto é, a Providência de Deus, reduzem a nada a pompa
e a circunstância do poder político secular, para algo que reflecte a angústia
do homem moderno em relação à sua identidade cultural. (Não estou a brincar!)
Como se isto não fosse suficientemente ridículo, lembro-me
que o monge Anglo-Saxónico Caedmon foi falado sem qualquer referência ao facto
dele ser um monge ou sem qualquer menção da palavra-C, embora a única obra sua
ainda em existência seja um hino!
A nota final do absurdo, o coup de grace ou reductio ad
absurdum, a cereja no topo deste bolo ridículo, foi a discussão em torno das
"Canterbury Tales" de Chaucer. Em vez de olharem para a obra de
Chaucer como uma defesa do realismo escolástico contra o proto-relativismo do
nominalismo de Occam, os orgulhosos e preconceituosos prentenciosos
informaram-nos, com triunfalismo arrogante, que Chaucer foi um
"subversivo" porque ele escreveu em vernáculo e não em Francês (a
língua da corte) e nem em Latim (língua da igreja).
Na sua queda para o banalismo final, toda a obra de Chaucer,
que está cheia de moralidade Cristã robustamente ortodoxa, é reduzida para o
nível de ideologia radical do século 21. Escusado será dizer isto, mas a
discussão em torno das "Canterbury Tales" evita de forma deligente
aquele outro expletivo não-mencionável, "peregrinação" (a palavra-P).
A minha experiência depois de ter sido envolvido com a lama
viscosa que é esta obra de polémica anti-Histórica mascarada de conhecimento,
lembra-me uma obra de literatura muito mais recente, o livro 1984 de George
Orwell, onde os tiranos que estão no poder levam a cabo uma abordagem
Maquiavélica da História onde aqueles que controlam o presente, também
controlam o passado.
Nada disto se centra na verdade objectiva e nem em aprender
as lições que os nossos ancestrais nos podem ensinar; isto centra-se em
re-escrever a História à imagem do nosso politicamente correcto. Só desta forma
é que o socialmente-arquitectado "Novo Homem", livre dos "antigos
cânticos tribais" da religião, pode emergir das cinzas da História que os
pseudo-historiadores criaram ao queimarem os livros politicamente incorrectos.
Isto, e usufruindo de liberdade poética com as próprias palavras de Marr, é o
uso vigoroso da História re-escrita como forma de coagir e reprimir. É a firme
crença de que a repressão e a supressão da verdade sobre o passado "pode
ser uma boa arma civilizadora em prol do bem."
"Pisem com força em certas crenças 'naturais' durante o
tempo certo," disse Marr, "e vocês podem quase que matá-las".
Depois de me inteirar da supressão politicamente correcta da verdade histórica
por parte da BBC, tenho a inquietante suspeita que estou a testemunhar o Grande
Irmão de Orwell a sorrir de forma benigna para mim com os seus amigáveis olhos
psicopatas.
Colaboração E
- http://bit.ly/1Mkp2hX
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