quinta-feira, 25 de agosto de 2016

cf
Até há umas três décadas atrás a maternidade ainda era valorizada em filmes e séries. Eram comuns as cenas em que a mulher anunciava a gravidez, para alegria geral ou para desmaio do marido por excesso emoção. Eram coisas de uma certa ingenuidade mas que funcionavam porque correspondiam ao sentimento geral das pessoas.
Depois essas cenas foram desaparecendo e sendo substituídas por outras, em que a mulher ficava aliviada por descobrir que não estava grávida. Paradoxalmente, a vinda da menstruação tornava-se num pico de felicidade. Todos suspiravam de alívio. A minha geração viu isto repetido milhares de vezes e acreditou, aliás, aceitou como sendo a coisa mais natural do mundo.

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