Senti-me lisonjeado com seu e-mail e convite para uma reflexão sobre esse assunto tão caro para todos os brasileiros.
Paulo Guedes tem dado tantas entrevistas que não sei a qual delas se refere. Mas de todas as que li tenho tirado um resumo. Não me parece, entretanto que tenha algo de novo. Na verdade acho tão confuso que para tecer uma crítica eu tenho dificuldade de saber por onde começar. Tem um conhecimento eclético, na verdade. Mas o seu convite, entretanto, me estimula e ajuda a esboçar algumas considerações que podemos desenvolver com mais cuidado se porventura tivermos oportunidade mais em frente.
Crise brasileira- As pessoas usam este termo como se fosse algo misterioso, uma praga dos céus. Mas não é. É coisa do homem mesmo. O seu esclarecimento é iniciado por Ricardo e concluído por Mises. O nome é ciclo econômico. Marx achava que esta crise era a natureza intrínseca do capitalismo que o condenava inexoravelmente apontando a sua saída para o socialismo, o que hoje ´se traduz" com mais intervenção. E pelo visto esta orientação ainda não perdeu o seu fascínio entre nossos intelectuais.
A crise, do ponto de vista do liberalismo, é a consequência da intervenção do governo na economia que diminui a taxa de juros, expande o crédito e estimula os negócios. As pessoas por este período pensam que estão mais ricas. Fatores de produção são deslocadas de onde são mais urgentemente e necessitadas e tudo que parece ser um bom investimento na verdade se mostra falso e tudo vem por terra. O resultado é que as pessoas ficam mais pobres porque não se criou riqueza, muito pelo contrário, queimou-se capital. É muito oportuno para o governo e seus defensores chamarem isso de crise e assim desviar a atenção do problema.
Privatização- É mera medida paliativa. A medida mais satisfatória seria a abertura do mercado. A privatização apenas desloca o monopólio do governo para o particular. É tipo de política "vai-se os anéis desde fiquem os dedos" que não deixará de continuar se metendo nos negócios.
O monopólio é a antítese do mercado competitivo. A Petrobras, por exemplo, não é apenas um monopólio de bens "estratégicos", termo emprestado do manual militar, coisa que engana desavisados, mas a corporificação dos dogmas do marxismo. De a cordo com esta teoria as empresas capitalistas são criaturas malignas que só servem para sugar o sangue do pobre trabalhador e aviltar a nação. Nada mais justo que a empresa seja protegida pelo poder do estado quando não pertencer integralmente a ele em nome, claro, do povo. A decepção logo surge quando as pessoas observam que um estatal serve aos políticos e aos burocratas que passam a ter controle absoluto que nem um governo consegue controlar. Vários foram os presidentes da republica que se queixaram deste fato.
Coxinhas e petralhas- É um termo vazio e enganador, da mesma maneira que são esquerda e direita. Qual diferença entre Lula e Bolsonaro se ambos são intervencionistas? A diferença é que disputam um cargo que só pode ser ocupado por um. Quem ganhar alijará os diversos grupos de interesses particulares do governo que sairá por outros grupos, aqueles que se agruparam ao vencedor. Deste mato não sairá coelho nenhum.
O governo representativo é uma conquista do capitalismo que destronou o governo dos reis absolutos. A escolha dos candidatos para o parlamento fazia-se em um ambiente que hoje da-se o nome de distrital. A população conhecia a todos e os escolhiam por reconhecimento de sua capacidade e estes tinham tarefas especificas e bem definidas que era o estabelecimento da igualdade de todos perante a lei e eliminar o estado de privilégio e garantir a lei e a ordem para que as pessoas pudesses colher livremente sem obstrução do governo o fruto de seus trabalho. Mas aí retorna triunfante as ideias pre capitalistas sob um novo rótulo; o socialismo. E tudo retorna. O regime de casta e privilégio tem hoje apoio popular como no passado o da igualdade perante a lei, com o do governo representativo e constitucional. O problema que ele só funciona no capitalismo e não tem a menor chance de funcionar sob o socialismo. A persistência em faze-lo funcionar sob o socialismo resulta em conflito interminável. É pura embromação. As pessoas se digladiam em torno de candidatos com a mesma esperança dos religiosos que esperam o messias redentor. Clamam que o voto tem a capacidade de mudar o estado de coisa e blablablá. Estão enganados, estão apenas santificando a troca democrática de ditadores.
O traço característico do capitalismo é a propriedade privada dos meios de produção. O do socialismo é a propriedade de todo o povo, ou pública. Não existe na história registro de uma sociedade que tenha sobrevivido sobre a base da propriedade pública. No capitalismo a propriedade pertence aos seus donos que a usam da maneira que melhor achar, mas não são supremos, pois obedecem as ordem que recebem dos consumidores, os supremos comandantes da economia. No socialismo onde a propriedade é do estado que a detêm em nome de todo o povo, termo igualmente enganador, a direção da economia passa a ser dos políticos e burocratas. Enquanto no capitalismo o planejamento é atributo dos indivíduos em seu jogo livre no mercado livre, o socialismo depende do planejamento central onde só um líder manda. Os dois sistemas são antagônicos e excludentes.
Resumo- Este estado de coisa foi fabricado pelos intelectuais que disseminaram as teorias espúrias dos filósofos do socialismo. Apos século de catequese nas instituições mantidas como dinheiro dos impostos esta teoria ganhou as massas deixando de ser somente a teoria de grupos de intelectuais esotéricos. Quem quiser, honesta e sinceramente, mudar este estado de coisas terá que empreender uma batalha no campo das ideias para mudar esta mentalidade. Não precisa mudar a mentalidade das massas, mas dos intelectuais que insistem neste caminho da perdição, pois as massas não pensam, seguem as lideranças e os intelectuais são os guias da humanidade. Só ideias iluminam o mundo.
Se você tem seu candidato e acha que ele fará a diferença, que assim seja, é uma escolha sua. Mas fique sabendo que todo governo governa com a aprovação dos governados e entre os dois existe apenas a opinião, um julgamento de valor que entretanto reflete uma filosofia, que quer queira ou não, é ela que tem quer ser mudada para que o mundo mude.
Vanderli Camorim
vanderlicamorim@ig.com.br
vanderlicamorim@ig.com.br
Auto didata em Praxeologia, a Ciência da Ação Humana
Toda ideologia tem por objetivo tentar legitimar o PODER.
ResponderExcluirMuito se escreveu sobre capita e trabalho no sentido de antagoniza-los. Nada mais falso do que esta mera fofoca repetida para tentar se fazer verdade na percepção da massa.
Marx surgiu com seu besteirol extamente quando as idéias liberais ganhavam apoio da população e os DONOS do PODER viam sua fonte ser ameaçada.
O besteirol marxista foi uma estratégia afinada com SUN TZU: não tendo argumentos para enfrentar as idéias liberais, aplicou-se a estratégia de INIMIZAR parcelas da população entre si. No termo mais militar SEMEAR a CIZÂNIA na TROPA INIMIGA.
Foi então concebidas as FOFOCAS marxistas a fim de semear a DISCÓDIA DENTRE os PAGADORES de IMPOSTOS e assim enfraquece-los para serem DOMINADOS pelo Estado/governo.
A SIMBIOSE entre a ARISTOCRACIA reinante e a ALTA BURGUESIA que tentava impedir o progresso da burguesia EMERGENTEque lhe faria CONCORRÊNCIA foi a tônica em toda história. Não a luta de classes como Marx-Engels afirmarm, mas a verdadeira LUTA de CLASSES sempre foi e É a LUTA dos RECEBEDORES de IMPOSTOS x os PAGADORES de IMPOSTOS.
Essa sempre foi a verdadeira EXPLORAÇÃO.
Marx-Engels simplesmente ESCONDERAM a CLASSE dos RECEBEDORES de IMPOSTOS e simplesmente dividiu os pagadores para lança-los uns contra os outros na mais fina estratégia de SUN TZU.
O Socialismo ou qq esquerdismo, seja jacobino, bolchevique, fascista ou nazista sempre focaram o PODER absoluto para as CLASSES GOVERNANTES.
Essa verdade sempre foi escondida também pelos conservadores que almejam ocupar o POder e imporem suas manias tal como os lunáticos esquerdistas/socialistas. Tivesse sido mais repetida e o socialismo jamais emplacaria sua figura moral de "bondade cristã" em favor do POBRISMO e COITADISMO.
A ruina da civilização foi exatamente a farsa de se dar a fácil bondade (sobretudo a custo alheio) a supremacia moral em detrimento da honestidade como valor moral.
O FARISAÍSMO ideológico destruiu a honestidade como maior valor moral e em seu lugar impôs a bondade fácil de simular como o maximo valor.
...não é dificil perceber que a partir desta canalhice ideológica a idéia de princípios foi abolida para privilegiar ALEGADOS FINS que passaram a JUSTIFICAR TODA e QUALQUER CANALHICE e BANDIDAGEM em SEU NOME INVOCADOS.
O problema é o MORALISMO SENTIMENTALÓIDE que tem destruido toda possibilidade de argumentação lógica. Enquanto o "BONZINHO" SAFADO for moralmente superior ao HONESTO "MALVADO" não se sairá do circulo que por vezes, sob pressão da realidade, admite mudanças mas tão logo situação melhore, novamente a "bondade" irá superar principios éticos ou morais tanto quanto qualquer ciência para semear seus embustes destrutivos.
Grato por sua manifestação, amigo
ResponderExcluirGrande abarço
Ivan Lima