sexta-feira, 8 de julho de 2011

Um dia de cada vez

A cada dia novas possibilidades aparecem e o que ontem parecia impossível e hoje está difícil, amanhã será possível.

Por João Bosco Leal



Não podendo se locomover após um acidente, um homem passava seus dias em um leito já por um longo período, quando um amigo lhe perguntou: "Quanto tempo você ficará assim, sem poder sair da cama?", e lhe respondeu: "Somente um dia de cada vez."

Tendo passado por uma experiência semelhante pude observar como, durante a vida, nos queixamos de pequenas coisas, problemas só existentes em nossa mente e reclamamos da demora nas soluções de coisas que normalmente só nós podemos resolver.

Nunca temos tempo para nada, estamos sempre ocupados, com pressa, perdendo a hora para algo quando, de repente, em segundos, algo nos ocorre e passamos a ter todo o tempo do mundo.

Muitas vezes somos pessimistas, frustrados ou derrotados por antecipação, por não esperarmos mais. Somos muito imediatistas e apesar de tudo parecer demorado, distante, na realidade é muito rápido e perto.

As pessoas se deixam atingir por pequenas dificuldades que são passageiras e certamente serão substituídas por novas conquistas e momentos de alegria, como a vitória que é sempre mais gratificante após uma derrota.
Não há como se atingir um objetivo sem buscar por ele. A busca pode ser mais fácil ou difícil e a distancia pode ser curta ou longa, mas se lutarmos sempre será possível atingir nossos sonhos.

O tempo, as distâncias e as dificuldades só dependem do foco, do espaço e do local de onde são analisadas. Nada é demorado em termos de história da humanidade, nada é longe se estivermos perto e nada é tão difícil que seja impossível.

Há muito pouco tempo pessoas morriam de tifo, malária e muitas outras doenças que hoje são facilmente curáveis. O transporte de pessoas era feito a cavalo ou em carros de boi e em poucos séculos já é possível realizar viagens espaciais em menor tempo do que se levava para ir de uma cidade à outra.
Alguns sonhadores criavam histórias fantásticas nas revistas em quadrinhos, mais conhecidas como gibis, de viagens espaciais e homens que voavam com um simples propulsor pendurado em suas costas. Isso só era possível em suas mentes, mas influenciaram outros que buscaram realizar aquilo e tudo se tornou possível.

Coisas banais utilizadas atualmente, como televisão, fraldas descartáveis e embalagens conhecidas como 'longa vida' não eram sequer sonhadas cinquenta anos atrás. Produtos como os toca-fitas e vídeos cassetes surgiram e deixaram de ser utilizados em menos de vinte anos.

As descobertas para a cura de doenças ocorrem com cada vez maior velocidade e já se tornou comum a realização de transplantes de embriões e a clonagem de animais, ainda não realizada em humanos simplesmente por impedimentos legais, mas declarada possível por diversos cientistas. Com células do corpo humano já é possível criar órgãos sem os problemas anteriormente existentes.

Esse progresso no conhecimento pode ser notado com maior intensidade após a descoberta e uso da informática, quando a evolução passou a acontecer com cada vez maior rapidez. Atualmente essa própria tecnologia se torna obsoleta a cada ano, em decorrência das novas descobertas que ela mesma propicia.

Assim, cada vez mais rapidamente uma nova descoberta abrirá novos caminhos, que levarão a outras e assim sucessivamente poderemos fazer novos planos, alcançar os objetivos ainda não atingidos e traçar outros, mesmo que ainda sequer inimagináveis.

João Bosco Leal                                                                                                                 www.joaoboscoleal.com.br

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