Guerra de egos, impeachment, e o estamento burocrático.
Por Ivan Lima
É com tristeza e apreensão que testemunho essa guerra de
egos entre duas pessoas que admiro: Reinaldo Azevedo e Olavo de Carvalho. E,
tenho até aqui, me mantido equidistante disso, não publicando matérias dessa
guerra, nem de um lado nem de outro. Mas olhem, os dois, isso já deu no saco!
Querem saber? Esse contencioso nojento e burro entre vocês é uma cusparada que
estão dando nas suas biografias, ambas brilhantes, sobretudo na luta contra a
tirania petista. Ofusca o brilho de suas inegáveis inteligências com esse
festival de fogos de artifícios retóricos e agressivos que um joga contra o
outro. Desserve aos seus leitores e admiradores, guerreiros da liberdade, na
medida em que antagoniza indivíduos que lutam por causa comum mas, de repente, por causa de vocês dois, criam
facções e passam a perder o foco da guerra com o inimigo de todos nós por se
sentirem, tolamente, como olavetes e reinaldetes, defensores e guerreiros de um
ou de outro. Desserve á luta contra o inimigo na medida em que nem bem ainda
não vencemos totalmente á guerra do impeachment contra os bárbaros, e nem ainda
começamos a sentar os fundamentos teóricos que precisa mudar completamente o
cenário do estamento burocrático para realmente sermos uma nação soberana, e, vocês
dois, Reinaldo e Olavo, ficam de intrigas e futricas, numa guerra de egos
inflados que a mim, ao contrário de estimular e encantar, como a alguns, me
enoja! E me enoja porque é burra como toda ação exibicionista de gratuidade
intelectual arrogante, e tola.
Caro Reinaldo e Prezado Olavo. Vocês são cristãos. Católicos.
Amam a liberdade e cultuam os mesmos princípios e valores em que se fundamentam
os elevados pilares espirituais da civilização Greco-Romana e do cristianismo.
Parem com essa meninice birrenta! Parem de se sentirem na obrigação
auto-imposta de serem Atenienses e Espartanos promovendo uma guerra entre
irmãos. Ambos são brasileiros, amam a liberdade da pátria. Promovam um encontro televisivo de ambos e diante da nação façam as pazes
discutindo o que de melhor possuem (e é muito!) para o bem do Brasil. Podem até
discordarem em eventuais pontos, aqui, ou ali, mas nada de se tratarem como
inimigos, pois, no fundo, vocês dois sabem que se admiram e se amam. E é por
também admirá-los e amá-los que daqui faço esse apelo: por favor, Reinaldo e
Olavo, parem de se guerrear, o inimigo é outro e ele é sedento do sangue e da
liberdade de todos nós.
Pax et Bônus a ambos. Que Deus os proteja.
Ivan Lima é editor de Libertatum