A Previdência Social e a matemática.
por Vanderli Camorim

As eleições se aproximam e o tema previdência social será um
dos mais explorados. O presidente Temer saiu ferido quando mexeu neste
vespeiro, acusado de querer acabar com a aposentadoria do brasileiro. Ele como
tantos outros só queriam dar uma arrumadinha para ver se fecham as contas que
crescem e insiste em aumentar desordenadamente que alguns, com justas razões,
chegam até a antever uma enorme catástrofe. Não eram e nunca foram contra este
gerigonça, muito pelo contrário, acreditam nela e acham que basta um equilíbrio
na conta e tudo estará bem, obrigado. O que eles se preocupam é com a drenagem
do dinheiro que retira de outras pastas e inviabiliza o estado do bem estar
social, vulgo socialismo tão queridos por todos.
Para a maioria da população a previdência é sustentável e
não tem que mexer em nada, é o que aponta uma pesquisa a pedido da Fena Previ
executada pelo instituto Ipsos.
Há uma tradição bastante enraizada no Brasil que tudo deve
ser medido para que tenha credibilidade. Uma elaboração teórica que tente
analisar este buraco sem fundo cai logo no descrédito por não contar com números,
gráficos,e complexas equações da matemática e da física. São coisas que servem
para as ciências da natureza que tratam de coisas inanimadas, que não tem
desejos, paixões e nem objetivos a perseguir, diferente dos humanos, o que
torna tudo imprevisível.
E porque tudo deve ser medido, como lembra Emanuel Comte, a
federação nacional da previdência privada solicitou uma pesquisa para o
instituto Ipsos para produzir os números. E assim foi feito.
Foi estarrecedor para o presidente do instituto que viu
contradições e muita desinformação por parte da população, o que se pode
traduzir que ele não se inclui neste grupo.
Para mais da metade da população, 51%, a previdência é
sustentável, seja o que for que o termo signifique. Mais 70% acha que o
problema é a corrupção. 28% acham que o sistema não se sustenta, balança e pode
cair, e 21% não tem a menor ideia do que se trata. Para quem gosta de números está pesquisa é um prato cheio. Ela foi feita no mês de abril, abarcou 72 municípios,
entrevistou 1200 pessoas de 16 a 60 anos e foi publicada na Folha de São Paulo
no dia 12/06.
O problema é que os números, neste caso, não apontam nem as
causas nem a solução da crise do sistema, de nada servindo neste proposito, e as
interpretações tem tanta validade para explicá-las quanto o oráculo de Delfos. Se
uma lição pode ser extraída destes números é que o socialismo está bem
enraizado na população o que indica uma tarefa gigantesca para removê-lo.
A previdência social é uma arquitetura da mentalidade
socialista e é em si mesmo uma excrescência. Pode mexer como quiser, nunca vai
funcionar ou agradar. É um esquema do tipo “Pirâmide” que o governo criminaliza
como fraude, mas como é oficial não serve para julgar a si próprio. É um
privilégio que protege poucos à custa da grande maioria e não pode ter vida longa
como todo roubo que deprime a propriedade e leva à desordem e a miséria. Alguns
sentem o seu bafo mortal. Outros ainda ignoram.
Os aposentados de hoje vivem do repasse que o governo tira
de quem está na ativa na esperança de quando estes se aposentarem o esquema
continuar como se tudo seguisse um círculo eterno. É tudo uma fraude, do
principio ao fim. Ela surge compulsoriamente e tem como base o imposto que é
algo sem solidez. Diz o governo que uma parte será tirada na marra do
trabalhador em seu beneficio e a outra do empregador, mas como o empregador põe
em seu cálculo este montante como custo de produção que vai para o produto
final é o próprio trabalhador que paga duas vezes. Como o trabalhador vive
eternamente trocando de emprego e custa a arranjar outro, nunca completa o
tempo combinado com a idade estipulado pelo governo para ter este alegado
“direito”. Não foi preciso muito tempo para que este “benefício” se alastrasse
por toda a sociedade e encaixasse os funcionários do governo e outras espécies de
criaturas que não pertenciam ao mundo dos mortais que inspirou esta brilhante
ideia. Onde há privilégios, todos querem também.
Hoje este instituto serve ao andar de cima que constituiu o
grosso da resistência que grita toda vez que alguém ousa surgir com a ideia de
reforma. Se no começo de nove trabalhadores na ativa sustentava um que se
aposentava, com o passar do tempo este número se inverteu. Isto motivou o
governo a criar um fundo previdenciário, que não é nada mais que mais imposto,
o que dilapida o montante de capital e empobrece ainda mais a sociedade.
A ideia nasceu na Alemanha de Bismarck que vivia atormentado
com o avanço dos liberais. Com esta invenção ele salvou a cabeça do imperador e
deu inicio a um processo que marca o inicio do socialismo como um sistema de
governo e o fim do capitalismo que vinha tão bem. O socialismo moderno é então
uma invenção dos alemães.
Como uma praga este modelo ganhou o mundo, e descrito como
uma maravilha foi adotada pelo Brasil ainda no governo Vargas.
O mal de tudo está na intervenção do governo nos assuntos
econômicos. Ele cria os miseráveis que depois quer ajudar com esmolas pagas por
outros. Estimula a dependência e irresponsabilidade de um lado, e acumula
revolta e insatisfação em outro. É a fórmula para manter a luta de classes
viva.
Poupar para o futuro, seja contra as incertezas do futuro,
os desastres, a velhice e os acidentes da vida sempre foi uma preocupação dos
indivíduos. Por isso as pessoas trabalham e procuram poupar parte destes ganhos
com vista a estes objetivos do futuro. A poupança vira capital e este
impulsiona o progresso e o bem estar além de gerar novos empregos e renda que
poupados,cria novos capitais, como um movimento espiral
crescente. Esta é a mais robusta maneira de se abastecer para uma velhice
tranquila assim como se resguardar para as incertezas do dia a dia. Mas o governo
com os mais variados instrumentos que dispõe para interferir na vida econômica
dos indivíduos tem a propriedade de minar e destruir este espirito.
O papel do governo é a proteção do individuo se permanecer
na sua função de segurança e administração da justiça. Assim garante a
liberdade do individuo de melhorar a sua vida que beneficia a todos.
Se avançar
nos assuntos econômicos que não é de sua competência ele só destrói.
Persistir na previdência social é trilhar uma ladeira que todos deveriam se advertir do fim que espera.
Persistir na previdência social é trilhar uma ladeira que todos deveriam se advertir do fim que espera.
Vanderli Camorim

vanderlicamorim@ig.com.br
O que fica óbvio para quem deseja ver a realidade é a estratégia do Estado;
ResponderExcluirOs funcionários do Estado (dos governos) erroneamente e MATREIRAMENTE chamados de "servidores públicos" têm APOSENTADORIA PRIVILEGIADA.
Vejamos:
01 - eles se aposentam pelo ultimo cargo/salário e incorporam todas as gratificações por cargos exercidos mesmo que provisóriamnete.
02 - eles se aposentam com proventos INTEGRAIS e CORRIGIDOS SEGUNDO os AUMENTOS do FUNCIONALISMO. Ou seja, não sofrem com reajustes abaixo da inflação e tão pouco abaixo de pares na ativa. ( a estratégia dos bonus e penduricalhos é que salva os pagadores de impostos de sofrerem ainda mais para remunerarem aposentado SENHORES do PÚBLICO.
A estratégia do PODER é evidente:
- Como os reajustes de suas aposentadorias corresponderão aos salários do ATIVOS, isso garante que JAMAIS e em hipótese alguma os MARAJÁS dos governos terão o seu padrão ameaçado.
Isso permite e incentiva que estes SENHORES do PÚBLICO jamais se preocupem em poupar parte de seus salários e muito menos desejarão INVESTIR na PRODUÇAO ou DISTRIBUIÇÃO de bens e serviços úteis. Afinal, se consumirem TODO o salário enquanto ativos, permanecerão com a mesma renda após se aposentarem.
Essa estratégia ESTATAL faz com que um grande contingente, parasitas ou não, JAMAIS SE PREOCUPE COM OS RUMOS DA ECONOMIA pois sua renda É GARANTIDA PELAS FORÇAS ESTATAIS (policiais e militares que se impõem à população SERVA do ESTADO).
Assim sendo, os funcionários dos governos podem se dar ao luxo de serem EMPEDERNIDOS SOCIALISTAS, POIS JAMAIS SOFRERÃO as CONSEQUENCIAS da SAFADEZA SOCIALISTA.
Quando o Estado cretinamente chama recebedores de impostos de "SERVIDORES PÚBLICOS" visa, pela força das palavras, SUBVERTER o RACIOCÍCIO da população que é na verdade SERVA destes "servidores".
Seria como chamar assaltantes de servidores das favelas, pois que atuam em algumas melhoras para a população destas comunidades. Mesmo que estes bandidos se imponham aos favelados que "servem", exigindo-lhes obediência para não serem castigados pela força das armas de seus "servidores".
Aposentados do governo não precisam se preocupar com o futuro ou com a economia do país, POIS SUA RENDA PRIVILEGIADA não decorre do TRABALHO, mas SIM do PODER.
...essa é a estrategia do PODER do Estado: PRIVILEGIAR os seus em detrimento dos demais e ASSIM ALICIAR ou CORROMPER apoiadores do PODER ESTATAL HIERARQUIZADO para EXPLORAR populações SERVIS.
grato por sua maniestação
ResponderExcluirAbraço
Ivan Lima