Um difícil problema a resolver.
por Vanderli Camorim
O editorial do Estadão do dia 04/06 nos dá uma ideia do quanto nossos problemas são difíceis de resolver. É no fundo um problema de natureza intelectual. A dificuldade de reconhecer a relação de causa e efeito, o que é principal e o que é secundário. Este problema é ainda muito maior que o nacional por ser o seu maior obstáculo para qualquer passo à frente
Faz uma análise, neste editorial,a partir da greve dos
caminhoneiros em que se tem como pressuposto que o Estado tem de ter a
capacidade de oferecer tudo a todos, como se os recursos à sua disposição
fossem infinitos. E ele esta coberto de razão.
Achei de inicio muito oportuno o texto e fui lendo até o
final na esperança que ele jorrasse luz na causa do problema e suscitasse um
remédio que do ponto de vista econômico, que é a sua natureza, fosse o mais
adequado, mas a minha decepção veio tão logo terminei a sua leitura. Esperava
que ele recomendasse a adoção da politica do livre mercado que resultou no
progresso de muitos países como os tigres asiáticos, Japão,Hong Kong e a própria
china
que, embora tenha adotado esta politica pela metade, maravilhou o mundo. O texto termina melancólico pedindo mais rigor por parte da população cuja “maioria desorganizada” não procura se inteirar do destino que os políticos dão ao que ele chama de “dinheiro público”. Quer deste modo dizer que a culpa é do povo, do cidadão. Ora ele ia tão bem quando reconheceu o estatismo, mas no momento de concluir, ficou rodeando, lembrando o cão que da volta no próprio rabo para depois sentar no mesmo lugar.
que, embora tenha adotado esta politica pela metade, maravilhou o mundo. O texto termina melancólico pedindo mais rigor por parte da população cuja “maioria desorganizada” não procura se inteirar do destino que os políticos dão ao que ele chama de “dinheiro público”. Quer deste modo dizer que a culpa é do povo, do cidadão. Ora ele ia tão bem quando reconheceu o estatismo, mas no momento de concluir, ficou rodeando, lembrando o cão que da volta no próprio rabo para depois sentar no mesmo lugar.
O estatismo é a doutrina que prega a supremacia do estado e
a completa subordinação do individuo aos seus desígnios. Manifesta-se sob duas
formas: socialismo e intervencionismo sendo que este último é um método que leva
à primeira de forma lenta, compassada, como bem lembra os métodos Fabianos. E
como se pode ler no editorial o seu autor expressa o ponto de vista que não vai
muito além assumindo a característica de ser uma peça de propaganda do próprio
estatismo ao deixar na sombra a politica de livre mercado como se ela não
existisse.
Qualquer analise politica deve inevitavelmente levar em
consideração o conteúdo de nossa época que é a luta mortal entre o capitalismo
e o socialismo. Se não for assim nada tem sentido, tudo parece confuso.
Estamos impregnados do pensamento socialista que em tudo vê inimigo e foge da analise serena dos fatos.
Estamos impregnados do pensamento socialista que em tudo vê inimigo e foge da analise serena dos fatos.
A razão do progresso daqueles países é que se respeitou a
iniciativa privada, o direito de propriedade e de fazer negócios, favorecendo o
mínimo de liberdade individual onde germina o empreendedorismo. Protegeram as
instituições sociais que favorecem a poupança e o capital,abriram as portas
para o empreendimento estrangeiro e abandonaram a visão de que são invasores e
exploradores cobiçosos.
Não foi o ideal pelo
fato de terem adotado a politica de livre mercado pela metade, ou seja, não
adotaram também a sua filosofia. Mas pelo tanto que adotaram hoje exibem um
padrão de vida de dar inveja. Fizeram tudo o que o Brasil fez ao contrário.
Para uma mentalidade como temos exibido que lembra o nosso
passado colonial onde o estrangeiro é tido como um predador da pior espécie e o
capital como um lobo que devora vidas até que não estamos tão mal. Mas que
ninguém se engane, pois continuamos praticando a politica de queima de capital
que um dia, se não for revertida esta tendência, estaremos no limbo como muitas
nações que experimentaram a riqueza por período efêmero, como o bêbedo que se
faz de rico e que acorda da ressaca pobre e endividado.
Como um pequeno exemplo temos este período que todos chamam de
crise, como se fosse algo misterioso, mas que na verdade é que ficamos mais
pobres em função de politicas de queima de capital.Na ânsia de se mostraram
poderosos e magnânimos os governantes diminuem compulsoriamente a taxa de juros
e provocam uma sensação de riqueza artificial baseado na emissão fraudulenta de
dinheiro e na expansão do crédito.
Agem como o pai irresponsável que leva a família à miséria sacrificando o futuro pela glória do presente.
Agem como o pai irresponsável que leva a família à miséria sacrificando o futuro pela glória do presente.
Vanderli Camorim
vanderlicamorim@ig.com.br
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