Brasil e
México
por Vanderli Camorim
Mais uma vez o Brasil entrou em campo nesta
copa do mundo. A nação toda acompanhava com o coração na mão esperando por uma
vitória contra o seu adversário, o México. Ele é um adversário duro. Nesta copa
não há time fraco. O futebol é uma das Estrelas da indústria de entretenimento
e sua pratica é Universal. Tornou-se extremamente técnico. Por outro lado o
desenvolvimento dos transportes e das comunicações possibilitou que ele se
tornasse um produto que atinge a mais ampla massa da população. O lema
capitalista da produção em massa para as massas se verifica aí para todo mundo
ver. Bilhões de pessoas assistem
eletrizantes disputas simultaneamente em vários países e uma constelação de
empresas disputam entre si um espaço na vitrine de negócios que estes jogos
representam.
A Copa do
Mundo é um grande achado. Imita uma guerra entre as nações em que a vencedora
se cobrirá de Glória o que tencionam as paixões do grande publico tornando-se um
acontecimento planetário. Na época dos gregos os jogos eram uma homenagem aos
deuses. Hoje os jogos como o da copa do mundo, é uma grande oportunidade de
negócio o que mais aproxima as pessoas e solidifica as amizades. Tem também um significado muito particular
nos nossos tempos de intensa disputa ideológica, onde o socialismo e o
intervencionismo se escondem sob a capa do nacionalismo e do apelo patriótico.
Os times representando as nações em guerra mortal se digladiam ferozmente no
campo, as torcidas se agitam freneticamente, mas no final, celebrado o
resultado, todos aplaudem o espetáculo.
Jules Rimet
teve a ideia do campeonato mundial como uma forma de promover a união das
Nações. Não podemos dizer que a sua ideia não tenha sido um grande sucesso,
sobretudo de público, o que a tornou uma indústria milionária. Mas a ideia de
unir as nações com o propósito da Paz é o que mais conta. Este espirito movia
as pessoas e foi um dos motores pelo qual se criou o que hoje se conhece como a
ONU - a Organização das Nações Unidas. É o impulso da busca pela paz. A paz é um
bem almejado por todos e passou a ter um valor inestimável depois de duas
guerras mundiais que conduziram a humanidade à beira do colapso total. Assim
era natural que o sentimento da Paz voltasse a ser reivindicado. O esporte foi
considerado um bom veículo para este propósito.
Porém
devemos lembrar que por mais que essas iniciativas sejam valorosas ela,
entretanto, não assegura a paz, apenas reflete o seu desejo. A paz só pode vir
a existir perenemente se as pessoas não forem impedidas do direito da livre
empresa e do livre comércio. Sentirem-se novamente livres das barreiras de todo
tipo que se contrapõe ao princípio da liberdade individual como era a tendência
no século 19 e abandonada com o experimento do socialismo.
Enquanto tiver de pé estas barreiras não só dentro de uma nação, mas como entre todas as nações os elementos perturbadores da paz estarão sempre presente.
Enquanto tiver de pé estas barreiras não só dentro de uma nação, mas como entre todas as nações os elementos perturbadores da paz estarão sempre presente.
A atual Copa
que se desenrola em Moscou tem um significado bem especial. Como todo mundo
deve saber Moscou era também a capital da União Soviética, a Meca dos revolucionários,
a Nova Roma dos crédulos marxistas. De lá saia as orientações para os partidos
comunistas de todo o mundo numa preparação do que seria a revolução socialista
mundial. O objetivo era converter todas as nações ao socialismo e libertar a
humanidade do capitalismo.
Mas o mundo
girou para outra direção imponderável. A União Soviética que pretendia ser a
cabeça dessa mudança histórica, não existe mais embora a
humanidade ainda esteja longe de se recuperar de seus trágicos equívocos.
Mas olhando por outro ângulo, nem tudo está perdido. Quem poderia ter imaginado que Moscou é que seria transformada e hoje invadida por uma horda de torcedores de todas as nações e raças, que transformariam a ex-União Soviética, sisuda, conspiradora e desconfiada de tudo, em um verdadeiro parque de diversão que neste momento se rende completamente a um dos símbolos da moderna indústria do entretenimento, uma realização da mentalidade capitalista, o futebol?
Mas olhando por outro ângulo, nem tudo está perdido. Quem poderia ter imaginado que Moscou é que seria transformada e hoje invadida por uma horda de torcedores de todas as nações e raças, que transformariam a ex-União Soviética, sisuda, conspiradora e desconfiada de tudo, em um verdadeiro parque de diversão que neste momento se rende completamente a um dos símbolos da moderna indústria do entretenimento, uma realização da mentalidade capitalista, o futebol?
A seleção
fez bonito em Moscou e os brasileiros bagunceiros saíram comemorando
barulhentos como costumam ser após a vitória de seu time, sem se importar que a
Rússia um dia pretendesse ser a senhora do mundo, com a
promessa de acabar com as liberdades burguesas.
Vanderli Camorim
vanderlicamorim@ig.com.br
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