sábado, 14 de julho de 2018


Lula, o eterno candidato.

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"Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão". (Nicolau Maquiavel)

por Vanderli Camorim


Pelo que sei e desde que o conheci, não pessoalmente é claro, Lula faz campanha. Hoje ele é um preso comum e ocupa uma cela na sede da policia federal em Curitiba tendo um tratamento privilegiado em relação aos outros presos, inclusive os que como ele se aproveitaram do cargo para amealhar vantagens, na expressão da justiça que o condenou.

Mas ele, mesmo condenado por um crime comum, não deixa de ter importância no meio politico que lhe serviu e tem servido de sustentação o que tem causado muita agitação. A todo o momento há um pedido a seu favor, que além de colocar as autoridades em enrascada parecem refletir a concepção que se pode estar preso e gozar ao mesmo tempo de todas as liberdades civis, como entrevistas e propaganda politica.

Os seus seguidores e partidários se contam por todos os lugares como ficou evidenciado na trapalhada em que até membros lotados na suprema corte da justiça deram uma ajuda não muito pequena para coloca-lo livre. Ele é o cara que não sai das noticias do jornal e fonte de muita controvérsia.

Se rastrearmos sua vida iremos dar com a cara em plena ditadura militar. Lula é uma criatura do general Golbery do Couto e Silva, a eminência parda do regime da época, que apostava nele contra a oposição do governo que se avolumava e perigava tomar pra si. Hoje, os que sobraram do velho regime militar renegam esta criação que fugiu do controle. Ninguém que ser o pai da criança.
Entretanto só isso não explica o fenômeno. Lula como operário e líder sindical encarnava também na época o velho sonho dos socialistas. A União Soviética era considerada a fortaleza do socialismo a que todos os partidos dos mais variados países lhes devia obediência incondicional como líder do milênio que se aproximava. Stalin, o líder carismático de nova religião deplorava as lideranças dos partidos comunistas do mundo todo que não possuíam em sua direção autênticos operários e tão somente pequenos burgueses. Com o Lula surgindo naquela atmosfera em que todos já tinham se convencido que por falta de uma autentica liderança a revolução sempre malograra em terras tupiniquins, passou a ser saudado como um achado da providência. Se Lula na época se encaixava no sonho do Golbery, também se encaixava nas recomendações de Stalin e por via indireta nos meios revolucionários brasileiros.Lula então foi santificado e assim levado ao eleitorado. Mas o mundo é mais real que a teoria.

Diz o velho ditado de quem nunca comeu melado quando come se lambuza, se mostrou verdadeiro e é difícil encontrar alguém que direta ou indiretamente não tenha sido cúmplice destes tempos igualmente sombrios que foi seu governo do mesmo modo como foram os outros do qual se pensava se iria escapar. O governo lula se mostrou uma mera repetição dos outros tantos governos anteriores. E o pior é que as próximas eleições tem mostra do que ainda se está longe de se ter aprendido alguma coisa.

Os economistas e os filósofos do iluminismo trouxeram a noção que o governo tem como função garantir a liberdade dos indivíduos para que estes possam colher com segurança o fruto de seu trabalho e não o contrário, colocando obstáculos de toda sorte impedindo, proibindo e restringindo, como a legislação trabalhista, entre outras legislações, que o próprio cidadão persiga os seus objetivo livre de qualquer impedimento por parte do governo.

A esperança e a rivalidade dos eleitores na escolha de seus candidatos de que estes os redimirão do atraso e pobreza tem sido uma prova que a crença no enviado dos céus está longe de perder o seu encanto.

Mas não podemos colocar a culpa nesta falta de compreensão nos governantes que fazem de tudo para agradar os seus eleitores. Os culpados são os intelectuais que aconselham a população agarrados em velhas teorias que consagram que a felicidade e o progresso dos povos é uma dádiva dos governantes e uma outorga do estado elevado a categoria de deus que tudo provê.

A Inglaterra é o berço do liberalismo, a doutrina da liberdade, e seu melhor fruto, a América. Para aì se dirigiram aqueles que perseguidos na Europa, enfrentaram mil perigos para se estabelecerem e cultivarem a vida em liberdade. Foi na América que surgiu o homem livre que nem na Inglaterra fora possível visto as reminiscências do velho regime. A liberdade em esculpir sua própria vida sem impedimento do governo tem o seu maior exemplo no progresso que esta nação conquistou que encheu os olhos até do velho Marx.

Os brasileiros, porem, não tiveram a mesma sorte e nunca conheceram até hoje o significado da liberdade, senão a servil obediência às autoridades que os mantém presos em seus jogos de interesses e anseiam por sua vitória. Ainda hoje se aferram a sua alma de escravo tão bem cultivado pelos sucessivos governos que só diferem entre si pelo grau de despotismo.  Liberdade não é nenhuma utopia, mas tão somente a maneira de viver sem que o governo atrapalhe a busca individual pelo seu bem estar. O escravo só existe onde o empenho livre é proibido.

Lula não é candidato e pelo que diz a justiça, não será neste próximo pleito. Mas não tem muita importância este fato. Nem mesmo tem algo de novo sob o sol do que possa resultar. Todos os candidatos que se emparelham nesta grande corrida pelo cetro de ouro têm as mesmas maneiras de pensar tanto como dos eleitores. Todos eles tem planos maravilhosos para seus súditos modernos que faz lembrar o velho sonho platônico do governante filosofo ou dos que se acompanham deles, o ungido possuidor dos verdadeiros planos que saberá o que melhor assenta a seus governados.Todos cifram esperança que o candidato vencedor ira colocar o Brasil no “rumo certo” - seja lá o que isso quer dizer. Todos cifram esperança no próximo messias ou senhor.

Na Roma antiga as autoridades davam o direito ao escravo que se estivesse insatisfeito pelos maltratos sofridos por seu dono, de escolher um novo senhor. 

E assim será feito.

Vanderli Camorim


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