segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Não tem preço: jornalista da BLOSTA confessa que Dilma depende de compra de deputados para se manter no poder


blosta
Como é satisfatório encarar a política com ceticismo, observando o conteúdo de seus oponentes do mesmo modo que um investigador de fraudes busca as brechas para capturar um picareta. Raramente ficamos surpresos ou decepcionados. É uma ótima sensação. Recomendo a todos. Assim, adquiri a ótica de olhar com cuidado o que os governistas escrevem em seus blogs estatais. Tereza Cruvinel, no Brasil247 (aquele mesmo, que está sendo investigado no Petrolão), nos dá essa confissão tão maravilhosa que merece ser emoldurada:
“Dilma já seria afastada do cargo, temporariamente, assim que a Câmara autorizar a abertura do processo pelo Senado, e não ao final do julgamento pelos senadores.  A lei diz que o afastamento é temporário, por até 90 dias,  para que não haja interferência do governante no julgamento”, explica a colunista Tereza Cruvinel, sobre os ritos de eventual processo de impeachment; por isso mesmo, ela explica, a principal batalha em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff ocorrerá na Câmara dos Deputados, quando serão necessários 342 votos;  “Isso significa que o governo pode barrar o processo se tiver a seu lado 172 deputados.  Não é muito, para quem ainda terá a caneta na mão, mesmo em tempos de crise econômico-financeira”, diz ela; depois disso, ainda restaria o recurso ao STF, alegando que Dilma não cometeu crime de responsabilidade.
Observem a gravidade deste trecho em específico: “Não é muito, para quem ainda terá a caneta na mão, mesmo em tempos de crise econômico-financeira”.
Ou seja, Cruvinel parte da premissa de que dane-se a crise. Basta Dilma usar a caneta e comprar cerca de uns 80 a 90 deputados, pois o restante é do próprio partido, ou de suas linhas auxiliares, PCdoB e PSOL. Daí estaria resolvido o problema. Será mesmo?
Ela simplesmente acabou de carimbar na testa de quase 100 deputados que eles são potencialmente comprados, às custas do dinheiro público, em tempos de um país caindo pelas tabelas, tudo para manter no poder a presidente que intencionalmente levou o país ao colapso.
À oposição, está dado o presente: agora é ir para a pressão nível hard em nome desses que estão feito pintinhos com a boca aberta correndo atrás da ração dos donos do galinheiro.
É isto aí: para um bolivariano, o fundo do poço moral é apenas uma etapa. Se antes já era um governo ser legitimidade, agora se tornou um governo diante do qual temos que virar as costas e nem mesmo apertar a mão.
Brilhante, Tereza. Parabéns. Continue assim. Eu agradeço muito pela confissão.

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