Os Bilionários, ou: Como construir fortunas

O processo de geração de valor no sistema capitalista é assim: para alguém pagar por algo que deseja, é preciso que tenha juntado antes igual montante, obtido também da criação de valor para outros, formando um infindável círculo virtuoso de geração e distribuição de riqueza, onde ganha mais quem mais produz valor para os demais.
Nenhum dos 2 trilhões e quatrocentos bilhões de dólares cairam do céu. Tampouco foram arrancados à força de alguém. Os 500 bilionários são proprietários legítimos de suas fortunas porque fizeram uma troca razoável, ganharam em dinheiro o que milhões de consumidores receberam na forma de bens materiais, tangíveis ou intangíveis.
Se esses 500 bilionários não tivessem promovido o bem estar de milhões de pessoas, não teriam feito suas fortunas.
Eles não apenas propiciaram a melhoria de vida daqueles a quem servem, como também distribuiram riqueza para milhões de pessoas, contratadas para ajudá-los na produção dos bens e serviços colocados no mercado.
Somente o capitalismo propicia esse tipo de distribuição harmoniosa, constante e concomitante de riqueza, sem violência, através de trocas consagradas pela livre vontade das partes envolvidas.
Já na pequena ilha caribenha de Cuba, há apenas um bilionário, Fidel Castro, o longevo tirano comunista que, com seu irmão Raul, dirige o país como se fosse um negócio só seu. A fortuna que a dupla de fascínoras amealhou não oferece contrapartidas. Foi obtida a partir do método de fazer negócios que todo estatista prefere, o convencimento pelo medo através do uso da coerção.
Na ilha-prisão dos Castro, há cerca de 11 milhões de escravos cubanos, número equivalente à quantidade de funcionários contratados pelas quarenta maiores empregadoras privadas dos Estados Unidos. Apenas uma delas, a Wal-Mart, possui tantos empregados quanto a população inteira de Havana, ou seja, pouco mais de 2 milhões de pessoas.
A Wal-Mart entrega para seus consumidores, anualmente, bens no valor de 410 bilhões de dólares, o que equivale a seis vezes o que toda a ilha de Cuba produz no mesmo período, cerca de 70 bilhões de dólares.
Estes dados me permitem dizer que há desigualdades sócio-econômicas tanto nos Estados Unidos da América quanto em Cuba. Porém, estas desigualdades são de natureza diversa.
No país capitalista, a desigualdade é decorrente do fato de que as pessoas são premiadas pelo que oferecem para a sociedade, com sua criatividade e produtividade. Enriquecem e tornam-se bilionárias por gerarem valor para que milhões de pessoas usufruam. A distribuição de valor é tão grande e atende a tanta gente que o resultado faz com que amealhem fortunas, o que é justo e desejado.
No país comunista, a desigualdade não decorre da geração e distribuição de valor que enriquece a população, como ocorre nos países capitalistas. Ela resulta da ação de um déspota e de seu irmão, que impedem as pessoas de criarem elas próprias valor e riqueza, por não disporem do direito à liberdade e nem do direito de propriedade, seja sobre os meios de produção ou sobre os resultados do seu próprio trabalho. Além disso, o pouco que é obtido é negado a quem não pertence ao círculo de poder. Assim, além da inevitável desigualdade, um círculo vicioso de empobrecimento é criado, levando toda a sociedade a uma situação miserável, exceto, é claro, para o bilionário tirano e aqueles que dividem com ele o poder.
Não é por outro motivo, que cubanos insatisfeitos e munidos de coragem arriscam suas vidas atrás de liberdade
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