terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

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O artista-herói, que está prestes a conduzir um mundo novo de emancipação, ao golpear a lança dos nossos acordos anteriores, destrói, dessa maneira, a ordem moral da qual ele depende. Eis a tragédia de Siegfried.

Nem tanto — devo admitir — quanto os filósofos precisam da música, mas mesmo assim a necessidade é verdadeira. No passado, a nossa cultura musical teve um firme alicerce na igreja, nas salas para concerto e nos lares. A prática comum da harmonia tonal unia compositores, intérpretes e ouvintes através de uma linguagem comum e as pessoas tocavam os instrumentos em seus lares com um sentido íntimo de pertencimento à música que faziam, assim como a música lhes pertencia. O repertório não era controverso, tão pouco, sobretudo, desafiador, e a música assumia seu devido lugar nas cerimônias e comemorações da vida comum, ao lado de rituais do dia a dia das religiões e em formas de boas maneiras.

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