As leis trabalhistas beneficiam os trabalhadores?
O senador petista Paulo Paim já foi ridicularizado até por seus pares, quando foi dito que suas propostas para a Previdência Social não caberiam no PIB brasileiro. Ideli Salvatti chegou a tirá-lo da comissão que analisava proposta de salário mínimo na época. Ou seja, o populismo de Paim é tanto que nem mesmo o PT, populista por vocação, tolera seus excessos.
Hoje ele voltou ao ataque populista, combatendo quaisquer mudanças nas leis trabalhistas obsoletas de nosso país. Em umartigo publicado na Folha, Paim defende com unhas e dentes – mas nenhum argumento sólido – a manutenção desses “direitos trabalhistas” todos, que estariam ameaçados pelo “fogo do dragão”. Diz ele:
Direitos assegurados na lei, como carteira assinada, 13º salário, horas extras, vale-transporte, auxílio-alimentação, seguro-desemprego, adicionais, fundo de garantia, férias, jornada de trabalho, direitos das domésticas e outros direitos ficam vulneráveis, correndo o risco de serem extintos.
É preciso desconhecer muito a economia para aplaudir tais “direitos”. Modigliani já ironizou a falácia por trás dessa mentalidade, com a analogia do sujeito faminto que pede para cortarem sua pizza em 12 pedaços em vez de 8. Ora, a pizza é a mesma, só muda a quantidade de fatias! Mas Paim não parece compreender isso, e vibra com a divisão em partes menores do mesmo salário que o trabalhador recebe.
Ou alguém acha que só porque o governo estabelece que o salário precisa ser dividido em 13 partes, ao invés de 12, ele aumenta de fato? É muita ingenuidade ou ignorância econômica. O salário depende da produtividade do trabalhador, da lei da oferta e da procura. Quanto mais concorrência do lado das empresas empregadores, melhor para os trabalhadores. E quanto mais produtivos forem, idem.
Só na cabeça de um esquerdista que uma lei determinando o recebimento de inúmeras regalias legais fará o trabalhador ter, efetivamente, um ganho maior. Os trabalhadores americanos não gozam nem da décima parte de tais privilégios, e ainda assim recebem, em média, cinco vezes mais que os trabalhadores brasileiros. Seriam os empresários americanos mais bondosos? Claro que não! É fruto da produtividade maior, e da liberdade econômica mais ampla.
Não há uma horda de americanos tentando entrar no Brasil, ainda que ilegalmente, para desfrutar dessas “conquistas” todas. No entanto, há inúmeros brasileiros e latino-americanos em geral desesperados para conseguir uma oportunidade de trabalho nos Estados Unidos, onde não há décimo-terceiro salário, férias remuneradas, vale-alimentação etc, sem falar de sindicados tão poderosos como os brasileiros. Por que será?
Não são as leis trabalhistas obsoletas e anacrônicas, datadas da era Vargas e inspiradas no fascismo de Mussolini, com viés claramente marxista de que patrão é sempre explorador, que beneficiam os trabalhadores. É o capitalismo liberal o seu melhor amigo, seu grande aliado. Países mais capitalistas e liberais costumam pagar melhores salários aos trabalhadores, sem a necessidade de leis “benevolentes”. Isso vale inclusive para os países escandinavos.
Paulo Paim representa a voz do atraso, lutando por privilégios que nas aparências ajudam os trabalhadores, mas que na prática os prejudicam. O sindicalismo é o grande câncer do Brasil. E não conta sequer com o apoio dos trabalhadores de verdade, tanto que é preciso manter o nefasto “imposto sindical” para sustentar esse esquema perverso. A turma se entrega na forma da linguagem adotada, sempre da ameaça, da intimidação, da violência, como o próprio Paim ao concluir seu texto:
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho também está esclarecendo a população, reafirmando que essa orquestração afronta a Constituição. Portanto só há uma forma de barrar o fogo do dragão: a mobilização da população nas ruas, dos estudantes e dos movimentos sindical e social. Se for preciso, vamos parar o Brasil.
O Brasil já está parado! E em boa parte isso se deve justamente ao sindicalismo somado ao esquerdismo populista do PT, partido do senador Paim. De tantas “conquistas” sem lastro na realidade, essa gente simplesmente quebrou o país e afundou a economia no caos. Está mais do que na hora de dar à liberdade uma chance…
Rodrigo Constantino
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