Voando nas asas do capital.
Por Ivan Lima
A melhor notícia dos últimos tempos no Brasil, é a de que se
abrirá o mercado para participação do capital estrangeiro na aviação comercial. A
câmara dos deputados aprovou a medida provisória por esses dias. E, o mais
estimulante e maravilhoso de tudo, a aludida participação poderá chegar até 100%! Estamos em pleno
século XXI e o que ainda engatinhamos no setor é vergonhoso. E tudo por conta
da mentalidade fechada do socialismo, tacanha, mesquinha, Jurássica, não só consigo
própria, fato de egocentrismo psicótico, mas de extrema crueldade com o povo
brasileiro, fato de arrogância tirânica. E o que é mais triste: mal se torna
pública a excelente noticia, e as esquerdas abrem guerra contra ela, com base
na surrada e anacrônica retórica nacionalista do “entreguismo”... Ora, há entreguismo maior que vedar ao povo, por
conta da reserva de mercado, bem estar, modernidade, riqueza, emprego trabalho
e renda, como se fez com a computação e a telefonia, por exemplo? Em décadas de
nacionalismo com reserva de mercado, o que produzimos em computação e
telefonia, tanto na área de produtos como na de serviços dos mesmos?
Hoje, com apenas poucas resoluções de privatizações, - que
não é o ideal – o povo brasileiro possui computadores os mais modernos e para
todos os bolsos, bem como aparelhos e serviço de telefonia com opções também ás mais modernas e
abundantes. O mesmo com televisores, etc. E componentes de todos esses bens são
oriundos da cooperação social baseada na divisão internacional do trabalho.
Vêm de todos os cantos do mundo. Nem por isso o Brasil foi ou está sendo entregue aos países de origem desses
componentes para montagem aqui ou na forma de produtos totalmente importados.
Privatização não é meta de um liberal numa sociedade. Mas
dentro de um contexto em que se está no fundo do poço e a panela de pressão
prestes a explodir, a privatização é uma opção de se respirar por vida e
sensatez, se tendo, de saída, o comparativo da pujança dos serviços da
iniciativa privada e a estagnação sepulcral dos serviços estatais. A primeira
está sempre correndo atrás para ganhar mercado com os consumidores, lhes
oferecendo o melhor pelo menor preço; já os serviços
estatais, que não visam o que demonizam como lucro, é um feudo de
permanente maquinação de políticos e burocratas em detrimento do cidadão, e
pelo seu permanente estado de pobreza e indigência social.
Com privatizações você pode ter a analogia da história da
mãe pobre que dá um filho de papel passado para família abastada criar e quando
a criança já está gordinha saudável, e educada, a mãe biológica aparece e diz
que quer o filho de volta... Inúmeras foram às tentativas, por portas e
travessas, do governo comunista do PT em reestatizar o que foi privatizado. E o
seu intento só não foi concluído porque em pouco tempo se teria um desastre
monumental que certamente revoltaria a nação. Optou-se por esperar a
deflagração do golpe totalitário para a reestatização, o que, felizmente, a
nação também frustrou. Com privatizações, você certamente terá distorções como
o aparelhamento político - ideológico das chamadas agencias reguladoras; com
privatizações você sempre terá o dedo regulatório sujo de corrupção de
políticos e burocratas, o estado, o governo, interferindo e degradando bens e
serviços de empresas e, conseqüentemente, interferindo e regulando a vida
econômica e de escolha dos indivíduos numa sociedade. O resultado é mais ou
menos o que se verifica agora na aérea de internet e telefonia, por exemplo,
ou, em tudo.
O certo é se abrir totalmente o mercado para o capital de
todos os quadrantes do mundo. Mas num ambiente verdadeiramente liberal, em que
o governo esteja separado da economia. A função da economia de mercado é o de
trocas, de compra e venda de bens e serviços para o bem estar e a liberdade
humana. Nesse ambiente, some a corrupção que é a do império da superexposição e
supervalorização da política e da burocracia em detrimento do cidadão saqueado
por ambos os sistemas em seus bens e liberdade. Por outro lado, num ambiente
liberal, a função do governo, do estado, é a segurança do individuo, a promoção
da paz, e a administração da Justiça. Só.
O que se espera é que o melhor esteja reservado ao povo
brasileiro, e não só na aérea da aviação civil, mas na de transporte urbano,
saúde, educação, e tudo mais.
E, evidentemente, vamos esperar para darmos sonoras
gargalhadas se vendo a pressa com que os esquerdopatas inaugurarão e utilizarão
serviços aéreos abundantes e de baixíssimo custo, voando, alegrinhos, nas asas do capital.
Garanto-lhes, amigos, que a contradição e a cara de pau dessa
gentalha serão os mesmos de que quando discursam como socialistas: não desgrudam
do I phone, não descolam do note book da Apple, nunca tiram o Rolex do pulso,
ou o carrão importado é sempre a sua
terceira perna mesmo se for só pra ir no bar da esquina conspirar contra o
capitalismo... Arghhh!
Ivan Lima é editor de Libertatum
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá! Seja benvindo! Se você deseja comunicar-se, use o formulário de contato, no alto do blog. Não seja mal-educado.