quinta-feira, 23 de junho de 2016

Voando nas asas do capital.

Por Ivan Lima



A melhor notícia dos últimos tempos no Brasil, é a de que se abrirá o mercado para participação do capital estrangeiro na aviação comercial. A câmara dos deputados aprovou a medida provisória por esses dias. E, o mais estimulante e maravilhoso de tudo, a aludida participação poderá chegar até 100%! Estamos em pleno século XXI e o que ainda engatinhamos no setor é vergonhoso. E tudo por conta da mentalidade fechada do socialismo, tacanha, mesquinha, Jurássica, não só consigo própria, fato de egocentrismo psicótico, mas de extrema crueldade com o povo brasileiro, fato de arrogância tirânica. E o que é mais triste: mal se torna pública a excelente noticia, e as esquerdas abrem guerra contra ela, com base na surrada e anacrônica retórica nacionalista do “entreguismo”... Ora, há entreguismo maior que vedar ao povo, por conta da reserva de mercado, bem estar, modernidade, riqueza, emprego trabalho e renda, como se fez com a computação e a telefonia, por exemplo? Em décadas de nacionalismo com reserva de mercado, o que produzimos em computação e telefonia, tanto na área de produtos como na de serviços dos mesmos?  

Hoje, com apenas poucas resoluções de privatizações, - que não é o ideal – o povo brasileiro possui computadores os mais modernos e para todos os bolsos, bem como aparelhos e serviço de telefonia com opções também ás mais modernas e abundantes. O mesmo com televisores, etc. E componentes de todos esses bens são oriundos da cooperação social baseada na divisão internacional do trabalho. Vêm de todos os cantos do mundo. Nem por isso o Brasil foi ou está sendo entregue aos países de origem desses componentes para montagem aqui ou na forma de produtos totalmente importados.

Privatização não é meta de um liberal numa sociedade. Mas dentro de um contexto em que se está no fundo do poço e a panela de pressão prestes a explodir, a privatização é uma opção de se respirar por vida e sensatez, se tendo, de saída, o comparativo da pujança dos serviços da iniciativa privada e a estagnação sepulcral dos serviços estatais. A primeira está sempre correndo atrás para ganhar mercado com os consumidores, lhes oferecendo o melhor pelo menor preço; já os serviços estatais, que não visam o que demonizam como lucro, é um feudo de permanente maquinação de políticos e burocratas em detrimento do cidadão, e pelo seu permanente estado de pobreza e indigência social.

Com privatizações você pode ter a analogia da história da mãe pobre que dá um filho de papel passado para família abastada criar e quando a criança já está gordinha saudável, e educada, a mãe biológica aparece e diz que quer o filho de volta... Inúmeras foram às tentativas, por portas e travessas, do governo comunista do PT em reestatizar o que foi privatizado. E o seu intento só não foi concluído porque em pouco tempo se teria um desastre monumental que certamente revoltaria a nação. Optou-se por esperar a deflagração do golpe totalitário para a reestatização, o que, felizmente, a nação também frustrou. Com privatizações, você certamente terá distorções como o aparelhamento político - ideológico das chamadas agencias reguladoras; com privatizações você sempre terá o dedo regulatório sujo de corrupção de políticos e burocratas, o estado, o governo, interferindo e degradando bens e serviços de empresas e, conseqüentemente, interferindo e regulando a vida econômica e de escolha dos indivíduos numa sociedade. O resultado é mais ou menos o que se verifica agora na aérea de internet e telefonia, por exemplo, ou, em tudo.

O certo é se abrir totalmente o mercado para o capital de todos os quadrantes do mundo. Mas num ambiente verdadeiramente liberal, em que o governo esteja separado da economia. A função da economia de mercado é o de trocas, de compra e venda de bens e serviços para o bem estar e a liberdade humana. Nesse ambiente, some a corrupção que é a do império da superexposição e supervalorização da política e da burocracia em detrimento do cidadão saqueado por ambos os sistemas em seus bens e liberdade. Por outro lado, num ambiente liberal, a função do governo, do estado, é a segurança do individuo, a promoção da paz, e a administração da Justiça. Só.

O que se espera é que o melhor esteja reservado ao povo brasileiro, e não só na aérea da aviação civil, mas na de transporte urbano, saúde, educação, e tudo mais.

E, evidentemente, vamos esperar para darmos sonoras gargalhadas se vendo a pressa com que os esquerdopatas inaugurarão e utilizarão serviços aéreos abundantes e de baixíssimo custo, voando, alegrinhos, nas asas do capital.

Garanto-lhes, amigos, que a contradição e a cara de pau dessa gentalha serão os mesmos de que quando discursam como socialistas: não desgrudam do I phone, não descolam do note book da Apple, nunca tiram o Rolex do pulso, ou o carrão importado é sempre a sua terceira perna mesmo se for só pra ir no bar da esquina conspirar contra o capitalismo... Arghhh!  



Ivan Lima é editor de Libertatum

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