sexta-feira, 26 de agosto de 2016

TIRANIA AMBIENTAL NA AMAZÔNIA E TENTATIVA DE TIRAR O GOVERNO DAS GARRAS DO AMBIENTALISMO

Por Armando Soares

                Cenário amazônico: vácuo governamental aproveitado por aventureiros, os famosos “grileiros”, expulsados por ONGS ambientalistas, indigenistas, sem-terra e outros. Cobiça internacional disfarçada de conservação da floresta amazônica, a mais recente vítima do aparato ambientalista-indigenista. Fragilidade do governo brasileiro e da sociedade, ambos anestesiados pela mídia comprometida com o poder mundial e pela sua própria burrice. Caça aos madeireiros, considerados “bandidos”, em razão de a atividade florestal ter sido criminalizada perante a opinião pública Mundial. Efeito desse ataque bucaneiro internacional: imensas áreas transformadas em reservas ambientais e congêneres, inviabilizando qualquer atividade produtiva, menos o extrativismo endêmico objetivando sua comunização.

                Para justificar a ação tirânica internacional e política bandida nacional os ambientalistas usam como justificativa a caótica situação fundiária e como solução a criação de reservas que são automaticamente tituladas para os governos federal e estadual, pouco importando se essas terras são produtivas e geram emprego e renda. O grileiro tradicional foi substituído pelo grileiro verde. Imoralidade em alto grau.

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A tática ambientalista usada para destruir o setor madeireiro foi a de ganhar tempo, ou seja, enquanto o madeireiro brigava com o governo por uma árvore, o aparato ambientalista mirava a floresta inteira. A consequência foi o desmantelamento de importante setor produtivo madeireiro, promovendo desemprego, mais crise econômica nas cidades interioranas e a criação de novas levas de atingidos pelo ambientalismo. Essa ação colonialista internacional que cria mais miseráveis, aumenta ainda mais  o exército de miseráveis periféricos das áreas metropolitanas e, por via de consequência, a violência urbana, o crime, o analfabetismo..

                Algumas fases operativas do aparato ambientalista, da tirania se concentraram na obstaculização das obras de infraestrutura (Belo Monte, hidrovias Araguaia-Tocantins e Teles-Pires-Tapajós, o asfaltamento da BR-163, e a Cuiabá-Santarém). O desmantelamento de empreendimentos existentes, o terminal graneleiro de Santarém, a caça aos guseiros (o alvo principal é o polo minero-siderúrgico de Marabá e arredores).

                O avanço ambientalista abraça a regeneração da floresta, impedindo que haja atividade econômica em áreas selecionadas, segundo os ambientalistas. Sem atividade econômica a floresta nativa retomaria o seu espaço. Espaço não para ser preservado, mas para exploração do governo mundial. A estratégia dos piratas internacionais é de conquistar os territórios verdes para sempre com a expulsão dos sojeiros, pecuaristas, madeireiros, guseiros e outros produtores por processo de inviabilização econômica através da restrição do crédito bancário, taxas e excessivos regulamentos. Obstaculização da infraestrutura viária, portuária e energética, freios artificiais para conter elementos o impulso civilizatório da região.

                Depois do que se assistiu a paixão do povo alemão por Hitler, do russo por Stalin e do chinês por Mao, não duvidamos, falta muito tempo para que realmente se possa chamar grande parte da humanidade de povo civilizado. Portanto, a campanha do ambientalismo para conter o aquecimento global que apresenta a Amazônia como remédio para evitar uma “catástrofe” climática, ou seja, só a Amazônia pode salvar a Terra de uma morte prematura, está dando resultado e vai continuar a dar resultado. Infelizmente a idiotice ainda faz parte da maioria dos seres humanos.

                Fazem parte da tropa tirânica ambientalista: WWF; NATURE CONSERVANCY; CONSERVATION INTERNATIONAL; FRIENDS OF THE EART; GREENPEACE, IMAZON e outras. Todas com “estado-maior” no eixo Washington-Londres-Amsterdã, contando com farto suprimento de obscuros ecodólares, objetivando a imposição de um colonialismo de “quarta geração”, via política ambiental. Essa tropa tem como objetivo travar investimentos infraestruturais em regiões previamente selecionadas, desmontar empreendimentos existentes em regiões selecionadas, tudo para reverter o impulso civilizatório de determinados povos e regiões que poderiam enfraquecer o poder de nações que comandam os interesses econômicos no mundo.

                A Federação da Agricultura e Pecuária do Pará – FAEPA tomou a iniciativa e produziu uma proposta para a Consolidação da Fronteira Aberta do Pará cujos objetivos são: colaborar para eliminar os entraves ao desenvolvimento do agronegócio paraense; buscar estímulos ao agronegócio paraense - investimentos, baseado no potencial das células produtivas setoriais implantadas e dos recursos naturais regionais; buscar estímulos à verticalização (industrialização) da produção de alimentos e matérias-primas da base primária da economia.

                Antes de entrar em considerações sobre a necessidade de se consolidar a fronteira aberta proposta pela FAEPA destacaremos as vantagens comparativas do Pará, Estado amazônico que tem tudo o que uma região precisa para crescer e se desenvolver, mas que está sendo obstaculizado por políticos e administradores públicos sem nenhuma condição de governarem o Pará. O Pará tem uma superfície territorial de 1.247.689,5 Km2; é o 2º maior estado em extensão territorial (16% do Brasil e 26% da Amazônia); é a porta de entrada da Amazônia pelo oceano Atlântico e, próximo dos grandes mercados internacionais. O Pará tem energia solar o ano inteiro; temperatura favorável para a produção de biomassa; umidade todo o ano com variação de 71% a 91%. A água no Pará é abundante; áreas com pluviosidade acima de 2.500 mm/ano, sem período seco ou com período seco moderado (dois meses). Cerca de 10 a 15% do Pará. O Pará tem um potencial hídrico extraordinário. Águas interiores - superfície de 40.854 Km², representando: 3,2% do território paraense, 62% do total da e água doce da Amazônia, 40% do estoque nacional; e 3,2% do Planeta; 25 mil km de vias navegáveis; 25% de todo o potencial hidrelétrico brasileiro, dos quais 85% ainda não aproveitados. O Pará é riquíssimo em recursos naturais. Significativo capital de recursos naturais, cuja expressão máxima é a sua biodiversidade. O Bioma florestal do Pará ocupa 73% da área territorial, e constitui uma fonte incalculável de riquezas, ainda não devidamente valoradas. O Pará é a Maior Província mínero-metálica do Planeta. Principais Reservas Minerais (% do Brasil: 74% de bauxita; 85% de cobre; 74% de quartzo; 25% de ferro; 17% de ouro; 43% níquel; 8% caulim).

                Como se pode verificar o Pará é um Estado muito rico, mas tem dificuldade em se desenvolver em razão das seguintes vulnerabilidades entre outras: Questão Fundiária; Questão Ambiental; Logística; Base Tecnológica, segundo o entendimento da FAEPA.

                A logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa. A logística é uma subárea da Administração, envolvendo diversos recursos da engenharia, economia, contabilidade, estatística, marketing e tecnologia, do transporte e dos recursos humanos. Fundamentalmente a logística possui uma visão organizacional, onde esta administra os recursos materiais, financeiros e pessoais, onde exista movimento na empresa, gerenciando desde a compra e entrada de materiais, o planejamento de produção, o armazenamento, o transporte e a distribuição dos produtos, monitorando as operações e gerenciando informações, ou seja, monitorando toda parte de entrega e recebimento de produtos na empresa. Pela definição do Council of Supply Chain Management Professionals, "Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes". Como ferramental, a logística utiliza (entre outros): O WMS, Warehouse Management System, em português - literalmente: sistema de automação e gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção. O WMS é uma parte importante da cadeia de suprimentos (ou supply chain) e fornece a rotação dirigida de estoques, diretivas inteligentes de picking, consolidação automática e cross-docking para maximizar o uso do valioso espaço dos armazéns. O TMS, Transportation Management System, que é um software para melhoria da qualidade e produtividade de todo o processo de distribuição. Este sistema permite controlar toda a operação e gestão de transportes de forma integrada. O sistema é desenvolvido em módulos que podem ser adquiridos pelo cliente, consoante as suas necessidades. O ERP, Enterprise Resource Planning ou SIGE (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, no Brasil) são sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema. A integração pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de: finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras, etc.) e sob a perspectiva sistémica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão, etc.). A palavra logística tem a sua origem no verbo francês loger - alojar ou acolher. Foi inicialmente usado para descrever a ciência da movimentação, suprimento e manutenção de forças militares no terreno. Posteriormente foi usado para descrever a gestão do fluxo de materiais numa organização, desde a matéria-prima até aos produtos acabados. Considera-se que a logística nasceu da necessidade dos militares em se abastecer com armamento, munições e rações, enquanto se deslocavam da sua base para as posições avançadas. Na Grécia antiga, império Romano e império Bizantino, os oficiais militares com o título Logistikas eram responsáveis pelos assuntos financeiros e de distribuição de suprimentos. 

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O Oxford English Dictionary define logística como: "O ramo da ciência militar responsável por obter, dar manutenção e transportar material, pessoas e equipamentos". Outra definição para logística é: "O tempo relativo ao posicionamento de recursos". Como tal, a logística geralmente se estende ao ramo da engenharia, gerindo sistemas humanos ao invés de máquinas. As novas exigências para a atividade logística no mundo passam pelo maior controle e identificação de oportunidades de redução de custos, redução nos prazos de entrega e aumento da qualidade no cumprimento do prazo, disponibilidade constante dos produtos, programação das entregas, facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação, análises de longo prazo com incrementos em inovação tecnológica, novas metodologias de custeio, novas ferramentas para redefinição de processos e adequação dos negócios. Apesar dessa evolução, até a década de 40 havia poucos estudos e publicações sobre o tema. A partir dos anos 50 e 60, as empresas começaram a se preocupar com a satisfação do cliente. Foi então que surgiu o conceito de logística empresarial, motivado por uma nova atitude do consumidor. Os anos 70 assistem à consolidação dos conceitos como o MRP (Material Requirements Planning). Após os anos 80, a logística passa a ter realmente um desenvolvimento revolucionário, empurrado pelas demandas ocasionadas pela globalização, pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de computadores na administração. Nesse novo contexto da economia globalizada, as empresas passam a competir em nível mundial, mesmo dentro de seu território local, sendo obrigadas a passar de moldes multinacionais de operações para moldes mundiais de operação. Numa época em que a sociedade é cada vez mais competitiva, dinâmica, interativa, instável e evolutiva, a adaptação a essa realidade é uma necessidade para que as empresas queiram conquistar e fidelizar os seus clientes. A globalização e o ciclo de vida curto dos produtos obriga as empresas a inovarem rapidamente as suas técnicas de gestão. Os produtos rapidamente se tornam commodities, quer em termos de características intrínsecas do próprio produto, quer pelo preço, pelo que cada vez mais a aposta na diferenciação deve passar pela optimização dos serviços, superando a expectativa de seus clientes com atendimentos rápidos e eficazes. O tempo em que as empresas apenas se orientavam para vender os seus produtos, sem preocupação com as necessidades e satisfação dos clientes, terminou. Hoje, já não basta satisfazer, é necessário encantar. Os consumidores são cada vez mais exigentes em qualidade, rapidez e sensíveis aos preços, obrigando as empresas a uma eficiente e eficaz gestão de compras, gestão de produção, gestão logística e gestão comercial. Tendo consciência desta realidade e dos avanços tecnológicos na área da informação, “é necessária uma metodologia que consiga planear, implementar e controlar da maneira eficaz e eficiente o fluxo de produtos, serviços e informações desde o ponto de origem (fornecedores), com a compra de matérias primas ou produtos acabados, passando pela produção, armazenamento, estocagem, transportes, até o ponto de consumo (cliente) (Alves, Alexandre da Silva; 2008; 14) . De forma simplificada podemos identificar este fluxo no conceito de logística. No entanto, o conceito de logística tem evoluído ao longo dos anos. A partir da década de 80 surgiu o conceito de logística integrada “impulsionada principalmente pela revolução da tecnologia de informação e pelas exigências crescentes de desempenho em serviços de distribuição”.

                Alongamos a questão logística em face de sua importância, e para mostrar as dificuldades que os paraenses terão para suprir esse vazio, fundamental para o desenvolvimento da região. Sem logística, o desenvolvimento não anda.

                 
Armando Soares – economista
               
                               Soares é articulista de Libertatum


 (Continua na edição de amanhã) 

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