Há
poucos dias publicamos um fato ocorrido nos EUA., onde uma menina de 12 anos
atirou no invasor de sua casa. Sua mãe e o Xerife local a elogiaram pela
coragem e por ter feita a coisa certa.
Aqui a
coisa é um pouco diferente. Abaixo segue uma história fictícia, mas que
certamente já ocorreu em algum lugar, para ilustrar a absurda inversão de
valores que nos assola.
Depois
uma história real publicada no CGN/UOL, ocorrida em Curitiba, um evidente caso
de legítima defesa que não foi reconhecido pelo delegado.
História
fictícia
Um
corretor de imóveis, ao chegar de uma reunião festiva com a esposa, observou
uma luz de sua casa acesa. Desconfiado, deixou a esposa no carro, pegou seu
revólver calibre .38 no porta-luvas e entrou pela lateral da casa, no momento em
que um cidadão, em desabalada carreira, saiu pela porta dos fundos e tentou
pular o muro que separava a casa de um terreno baldio. O corretor atirou duas
vezes: uma bala transfixou o tórax e acertou o coração; a outra, não
atingiu o ladrão. Dentro da casa, toda revirada, uma balbúrdia: uma fronha
servia de sacola e já estava cheia de eletroeletrônicos que seriam levados.
Chamada
a polícia, descobriu-se que o cidadão tinha caído, já sem vida, no terreno
baldio. Verificou-se que se tratava de conhecido ladrão e traficante, com
diversas passagens pela polícia. Pois bem: o corretor foi indiciado, porque,
segundo a lei, o ladrão estava em rota de fuga; não representava perigo
iminente; não portava arma (?); e – pasmem! – foi encontrado em outro
imóvel, que não era de propriedade do autor dos disparos!!!
Depois
de alguns meses de incômodo (pressionado pela família do defunto) pago o
funeral, e acertadas as contas com o escrivão e o
delegado, o processo foi arquivado. Mas valeu uma dica do delegado: “Olha, amigo, quando for assim, enrola o cara num tapete velho e joga no rio. O pessoal encontra o meliante lá embaixo, comido de peixe, e vai achar que foi queima de arquivo ou briga de quadrilha…”
delegado, o processo foi arquivado. Mas valeu uma dica do delegado: “Olha, amigo, quando for assim, enrola o cara num tapete velho e joga no rio. O pessoal encontra o meliante lá embaixo, comido de peixe, e vai achar que foi queima de arquivo ou briga de quadrilha…”
Aqui
o marginal é tratado como vítima e a vítima como marginal. Seria interessante
imaginar se o fato tivesse ocorrido na residência do delegado que autuou o
cidadão. Ele seria preso e indiciado? O fato seria divulgado?
Coisas
do Brasil, infelizmente.
Evidentemente
não aconselhamos a seguir a “dica” do delegado na história fictícia, mas a
lutar para que essas absurdas leis sejam mudadas.
A
história real
Comente a
notícia no final do link indicado.
Morador é preso após matar bandido
que pulava o portão
Homem
acabou sendo atuado em flagrante por homicídio…
Publicado
em 30 de Outubro de 2012 às 09h19min | Maycon Corazza | Banda B | Atualizado às
12h20min
Um
homem de 29 anos está preso depois de atirar contra dois bandidos que tentaram
invadir sua casa, na madrugada desta terça-feira (30), na Cidade Industrial de
Curitiba. Um dos bandidos conseguiu fugir e o outro morreu com um tiro no
abdômen. O morador usou uma pistola calibre 380, registrada pela justiça para
efetuar os disparos. Ele foi autuado em flagrante por homicídio.
A
tentativa de invasão aconteceu às 2h20 quando o morador, que terá seu nome
preservado, notou pela janela da residência, que fica na Rua Airton Duma, que
dois homens tentavam pular o portão da casa. Então, o homem pegou a arma e
disparou um tiro contra os bandidos. Ele teria efetuado os disparos na mesma
janela de onde teria visto a dupla tentando invadir a casa. O homem mora com a
família, mas não há informações sobre quantos estavam na casa neste momento.
Também não se sabe quantos disparos foram feitos em direção da dupla.
Um
dos bandidos caiu ao ser ferido por um tiro no abdômen e morreu em poucos
minutos. Sem identificação, ele trajava camiseta azul, calça jeans preta e
tinha uma tatuagem no antebraço direito “Vida Loka”. O corpo foi encaminhado ao
Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba onde aguarda o reconhecimento da
família. O outro comparsa conseguiu fugir.
A
Polícia Militar (PM) foi acionada pela família. O morador foi encaminhado ao
Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac-Sul), no bairro Portão, onde
foi preso após ser atuado em flagrante por homicídio.
Quousque
tandem abutere, Catilina, patientia nostra? Quamdiu etiam furor iste tuus nos
eludet? Quem ad finem sese effrenata iactabit audacia? (Até
quando, enfim, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda
esse teu rancor nos enganará? Até que ponto a (tua) audácia desenfreada se
gabará (de nós).
José
Luiz de Sanctis
Coord.
Nacional
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