Cel Inf e EM, Manoel Soriano Neto – Historiador Militar.
No sacerdócio que é a vida militar, aprendemos que há pontos de vista e pontos de honra. Nós podemos divergir quanto a pontos de vista, questões menores, assuntos de somenos importância; porém, nunca, jamais, em tempo algum, quanto a pontos de honra, que são verdadeiras “cláusulas pétreas”, questões fechadas, dogmáticas, não-interpretáveis e inegociáveis, das quais os militares não podem discordar, devendo sempre manter uma monolítica unidade de pensamento, com vistas à união, a uma salutar camaradagem e, mais do que isso, à perene coesão castrense.
Além dos princípios da Disciplina e da Hierarquia, os consagrados e insubstituíveis Cultos às tradições, às místicas, aos mais caros e prístinos valores, à História Militar, em especial, e a outros superlativos aspectos que conformam os fundamentos, a essência, a “alma”, enfim, de uma Força Armada, não podem ser esquecidos, deturpados, manipulados ou relativizados ao sabor dos tempos, ao vaivém da política partidária, nem a viezes ideológicos, humores e caprichos de transitórias autoridades ou governantes.
A propósito, desafortunada e vergonhosamente, dois episódios marcantes de nossa rica e inapagável História Militar não mais são comemorados/relembrados, oficialmente, nas Organizações Militares das Forças Armadas brasileiras, que estão submetidas a um injustificável e vexatório “silêncio obsequioso”. São eles: a triste, covarde e traiçoeira Intentona Comunista de 1935 e a Contrarrevolução de 31 Mar 1964. Lembro-me dos meus tempos de instrutor/professor de História Militar na AMAN, na década de 1980, em que os cadetes, ao final do 3° ano, redigiam uma dissertação acerca do Movimento de 1964, condição “sine qua non” para o prosseguimento do estudo da Matéria, no 4° ano. Trabalhos excepcionais foram elaborados, durante cinco anos, por aqueles jovens cadetes, hoje coronéis, os da ativa, prestes a atingir ao generalato. A eles, concito, veementemente, a nunca permitir que a imarcescível flama do sentimento patriótico, tão bem glorificada em nossa inesquecível Academia, - quando dos belos tempos da juventude -, venha a se apagar, pois “esquecer também é trair”...
Como proclamou o legendário Almirante Barroso, em Riachuelo, “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever!”
BRASIL ACIMA DE TUDO!
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