Assista a este vídeo, que retrata os últimos minutos da Radio Caracas Televisión, fechada na marra por ato do ditador Hugo Chávez, em 28 de maio de 2007. Trata-se de uma TV que fez o seu papel de prestigiar a liberdade até seus derradeiros momentos. Depois compare com o deplorável editorial recentemente publicado pela Rede Globo.
Por Klauber Cristofen Pires
O recente
editorial “Apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro”, sem dúvida,
constitui-se em um documento histórico. Por assim dizer, não me refiro
euforicamente, posto que nem todos os marcos simbolizam bem-aventuranças. Ao
contrário, afirmo isto tomado de assalto pela angústia: o Brasil, emulando o
destino trágico do navio Titanic, enfim, começa a embicar rumo às profundezas
geladas de um regime totalitarista em fase de consolidação e ruptura definitiva
com o estado democrático e de direito.
Quem quer que
lavrado tão infeliz declaração, o fez indevidamente em nome do verdadeiro
agente, o jornalista Roberto Marinho, que ora jaz em outra dimensão e por si já
não pode mais falar. Tal proclama, pois, não passa de uma impostura, no que
pese ser tão representativa do momento pelo qual estamos passando justamente
por este fato.
No seu preâmbulo,
esclarece: “A consciência
não é de hoje, vem de discussões internas de anos, em que as Organizações Globo
concluíram que, à luz da História, o apoio se constituiu um equívoco”.
Não obstante
tal conclusão tenha emergido de longas reflexões, parece sintomaticamente
oportunista, no momento atual, que tenha sido colocada ao conhecimento da
população, isto é, justamente quando o projeto petista de poder, amparado pelo
Foro de São Paulo, está em vias de implantar a censura sob a orwelliana
denominação de “democratização dos meios de comunicação”, bem como outras
medidas não menos tirânicas, como o financiamento público de campanha, como a
expropriação do agronegócio, e
recentemente, pela lei do voto aberto na Câmara dos Deputados, que
transformar-se-á automaticamente em voto de cabresto dos parlamentares, já que
doravante o governo petista terá como monitorá-los.
A história tem
demonstrado como os comunistas tratam os desafetos medrosos que vem lhe beijar
as botas: primeiro exigem que abdiquem de todas as suas convicções anteriores e
que reneguem e traiam seus próximos; depois os colocam sob serviços pesados,
degradantes e humilhantes, a que se prostram tão servis, esperançosos por uma
graça jamais oferecida, e ao fim, por puro tédio, enfiam-lhe um balaço na nuca,
enquanto ajoelhados estão a esfregar o chão por onde passam as estrelas
vermelhas.
Nem as mais
sinceras demonstrações de servilismo prestadas por esta emissora, tais como a
mais completa ocultação dos passos do Foro de São Paulo e a hollywwodiana
cobertura da eleição de Luís Inácio de Lula da Silva, retratada como “a maior
festa da democracia de todos os tempos”; as vergonhosas versões sobre a
deposição dos presidentes Manuel Zelaya (Honduras) e Fernando Hugo (Paraguai),
bem como da permanente militância em favor do gaysismo, do feminismo, do
abortismo, do ambientalismo, do aquecimento global, e do antiamericanismo, e
nem mesmo as mais deploráveis afirmações de apoio ao movimento Passe Livre e a
toda corja de vândalos a soldo postos a serviço do terrorismo foram capazes de
demover o ódio e o desprezo do PT e todos os seus acólitos por esta emissora.
Em mão
contrária, não obstante intensa e perpetuada campanha de difamação, as forças
armadas seguem há anos entre as primeiras instituições dentre públicas e
privadas a gozar da melhor reputação no seio da população.
Uma
conseqüência nada honrosa do recente editorial das Organizações Globo é a de
pôr em dúvida se o apoio dado por ela ao regime militar de 1964 foi autêntico,
espontâneo e consciente, ou se foi mais um ato de bajulação do poder, como tem
sido o comportamento da emissora carioca desde a devolução da cadeira do
palácio do planalto aos civis.
Quem pode
confiar em um veículo de comunicação tão claudicante? De que serve a publicação
de um documento intitulado “Princípios Editoriais”, se os seus atos os
contradizem diariamente?
Termino este pequeno artigo com o vídeo[i]
dos últimos minutos no ar da Radio Caracas Televisión. “ - Libertad! Libertad! Libertad!”; “Somos los
mejores, por esso es que nos quierem
calar” são algumas das palabras dos colaboradores da tv venezuelana que foi
cechada arbitrariamente em 28 de maio de 2007. Peço a Deus que o mesmo destino
não aconteça à Rede Globo; que ela prossiga sendo uma grande instituição
privada de comunicação e que possa veicular a expressão do pensamento com a
mais ampla liberdade, mesmo quando agora, se acumplicia àqueles que querem
calar a minha voz.
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