Fazer a justiça esperar é uma injustiça. (Jean de La Bruyère)
Dia negro. Assistimos ontem, 18 de set -2013, uma verdadeira tempestade no STF. Duas horas de palavras para defender o indefensável. Bastaria dizer que votaria a favor do EMBARGO INFRINGENTE e tudo estaria resolvido. Foi-se do Império (Visconde de São Vicente) aos mais brilhantes juízes da atualidade para afirmar que os bandidos importantes precisam ter o direito aos EMBARGOS INFRINGENTES, que já tinha sido defendido por cinco ministros, inclusive do Ministro Barroso que teve a nobreza de reconhecer que era mais um privilégio de alguns e a falta de justiça para os desprotegidos.
O ministro Celso de Melo disse muito bem que no STF não se vota por pressão externa. E qual a razão dos cinco votos dados foram de ministros nomeados por presidentes ligados aos criminosos do Mensalão? Tivemos pressão ou foram votos políticos?
Já que são citados jurisconsultos poderiam ir ao senhor Carlos Eduardo de Freitas “As pessoas quebram um banco, falsificam a contabilidade, enganam o governo e o público em geral, dão prejuízo ao povo e depois disso tudo se julgam donas de uma série de direitos como se fossem injustiçadas. É um país curioso esse meu país”. Pela defensa do ilustre Ministro Celso parece que fomos nós, sociedade, que somos os bandidos e que devemos pedir desculpas aos criminosos por serem julgados, quando nos parece ser o contrário.
Ninguém citou RUI BARBOSA: "Justiça tardia não é Justiça, é injustiça manifesta". Será que O homem de águia não merecia uma palavra?
E se o Barão de São Vicente foi lembrado não custa ao GRUPO GUARARAPES citar SOLON (Atenas, 638 a.C. – 558 a.C.): “Leis são como teias de aranha: boas para capturar mosquitos, mas os insetos maiores rompem sua trama e escapam.” Os mensaleiros são mosquitos importantes logo todos os direitos lhe são dados e os deveres esquecidos. Viva Ladrão Grande.
Parabéns Justiça Brasileira. Parece que está faltando Vergonha na Cara.
SOLON quis afirmar o que estamos vendo no Brasil 2.651 anos depois: Ninguém gosta de ser chamado de ladrão. Existe até lei que dá direito ao marginal de esconder a sua cara. Os larápios de pequenos furtos quando são capturados tapam o rosto com a barra da camisa. Além de esconder a sua
identidade, esses coitados meliantes não gostam de ser reconhecidos pelos parentes, amigos ou vizinhos. Nessas circunstâncias o gatuno revela uma condição humana de honra e vergonha na cara. São os mosquitos pequenos de SOLON.
Mas, como tudo na vida, existem variantes, alguns indivíduos
desqualificados ignoram a honra, a decência, a ética e a cidadania e não têm o menor pudor em mostrarem-se como realmente o são na prática dos delitos. São os grandes ladrões do erário, aqueles que não têm vergonha de mostrar a cara. Geralmente são os gatunos com elevado nível funcional, bafejados pela sorte, ganhando altos salários, praticamente não trabalhando e, que só pensam em enganar e roubar os seus semelhantes.
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