sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Apesar de discordar de rejeição de contas, Planalto admite 'tiro no pé' ao enfrentar TCU

Atualizado às 13h39BRASÍLIA - Um dia depois de o Tribunal de Contas da União (TCU)rejeitar por unanimidade a prestação de contas do governo do ano passado, interlocutores da presidente Dilma Rousseff já começam a admitir que foi um erro a estratégia de fazer um enfrentamento público com o órgão na semana do julgamento.Para um ministro do PT, o pedido para tentar afastar o ministro Augusto Nardes da relatoria do caso e a decisão de entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender o julgamento foi "um tiro no pé" e "judicializou" um problema que é político. 
Governo vai pedir para julgamento de contas de Dilma ser suspenso: José Eduardo Cardozo, Luís Inácio Adams e Nelson Barbosa em entrevista coletiva no dia 4 de outubro, sobre o julgamento das contas de 2014 no TCU© Fornecido por Estadão José Eduardo Cardozo, Luís Inácio Adams e Nelson Barbosa em entrevista coletiva no dia 4 de outubro, sobre o julgamento das contas de 2014 no TCU
A avaliação é que, como o governo já esperava a rejeição do balanço de 2014 pela corte, o Palácio do Planalto deveria ter concentrado esforços em reorganizar a sua base aliada para que as contas sejam aprovadas no Congresso.
Nesta quinta, o governo cancelou pela segundo vez a entrevista coletiva para falar sobre a decisão do TCU. Ontem, após o Planalto anunciar que o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, falaria com a imprensa após o julgamento, também houve um recuo e o governo optou por emitir apenas uma nota sobre o caso. No texto, o governo afirmava que o parecer do TCU era prévio e ainda seria submetido a "ampla discussão e deliberação" no Congresso.

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