terça-feira, 6 de outubro de 2015

Fim do ditado nas escolas. O inicio de uma tragédia civilizatória.

Por Ivan Lima

Lembro de um personagem em programa de humor de rádio chamado burraldo. Burraldo era um aluno já bem crescido no físico, mas apequenado mentalmente. Na aula de redação era uma tragédia. Para urubu escrevia arubu, e por ai avançava, lendo sua redação em classe. A professora, furiosa, passava a corrigir na hora seus erros para que toda a classe escutasse e aprendesse. Elemento de ficção, na vida real burraldo era uma quase uma exceção na minha época, pois ditado, dissertação e redação era norma nas escolas. Inclusive nas públicas, cujo rigor de ensino e disciplina não ficava tão distante das escolas privadas, onde sempre estudei. O resultado foi gerações que sabiam escrever. Que sabiam ler. Que zelaram pela norma culta da língua. Isso graças ao rigor de uma disciplina no ensino que embora estatal zelava pela lógica e a sensatez; graças aos eficientes mestres daquela época e os alunos aplicados no espírito do bem que o ensino proporciona para a civilização, se tinha uma brilhante aurora para uma nação de indivíduos espiritualmente ricos. Que poderia evoluir ainda mais se livrando em algum ponto do ensino público, e gratuito, pois por melhores que sejam as intenções de alguns de seus defensores é sempre uma larga avenida para os mal intencionados e o totalitarismo.  

E foi exatamente com a tola e trágica reforma nos ensinos de base e superiores, e a paralela e invasiva dominação do marxismo cultural nos meios de ensino, sobretudo nas escolas e universidades públicas, que foi se perpetrando todo um crime ideológico no ensino brasileiro. Se desfazendo a importância de se escrever correto. E até mesmo se defender, em tese de mestrado, a escrita errada. Professores defenderam essa aberração. Com o avanço do sócio-construtivismo e o gramscismo degradando religião, família, e o ensino, a quebra da autoridade do professor na classe, defendida por eles, fim da reprovação, o caldo hiper tóxico servido em grade curricular compulsória e totalitária fez a sua tragédia irreversível na mente de milhões de brasileiros. Onde estavam os professores? Usando a razão para lutar contra esse absurdo? Não. Estavam açulando a mente juvenil no alunado de base que o fundamental é lutar contra o capitalismo, fazer apologia da pobreza, e acirrar a luta de classes. Ensino é apenas meio para a doutrinação marxista e nisso vale falar ou escrever errado, pois norma culta da língua é desvio burguês que atrapalha a revolução socialista a partir mesmo da importante tarefa da desconstrução e degradação do idioma nacional.     

Com a chegada ao poder do PT, em apenas pouco mais de uma década a tragédia se aprofundou de tal sorte quanto a todo ensino e, sobretudo com o idioma, que várias publicações constataram, em estudo, que o país emburreceu sob seu nefasto domínio. Reflexo direto dessa perversidade ideológica no ensino. O mote de governo da sua atual administradora imbecil como imbecil e criminoso é toda ramificação socialista, bem que com acertada justiça poderia se chamar no seu desvario coletivista de pátria emburradora.

O mal irreversível praticado por essa horda anti-civilização está feito. Resta-nos agora trabalhar o presente para implantarmos com as novas gerações sensatez e lógica no ensino. O que inclui fim do ensino compulsório, grade curricular livre do totalitarismo estatal, fim de universidade pública, fim da doutrinação marxista nas escolas fundamentais, inserção do ensino da economia clássica e subjetiva, e valores cívicos. Conquista consciente do ensino como um bem e não um direito obrigatório, totalitário, escravista, pecuniário e culturalmente perverso com todos os cidadãos.    

O que é bom e belo renasce. E às vezes com a luz fulgurante da liberdade em novo caminho. Aí se configura a volta com toda pujança, do ensino do idioma pátrio em toda a sua pureza e excelência de métodos como os ditados sem louvação a tiranos e genocidas.

Ivan Lima é publicitário. 

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