quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Comentário geopolítico do coronel Gelio Fregapani
COMENTÁRIO GEOPOLÍTICO nº 228 de 13 de outubro de 2015
Assuntos: Politicalha, Autonomia impossível e Geopolítica do confronto na Síria
(matéria da Síria publicaremos nas próximas ediçõe)
Politicalha interna
- Ao confessar ter combinado antecipadamente com Evo Morales a
expropriação de unidades da Petrobras na Bolívia o ex-presidente mostra
que ele se equipara ao entreguista FHC ou ainda pior.
- Apesar de ter 90% de rejeição, o impeachment de Dilma Rousseff
pode acontecer ou não, porque o PSDB teme que assuma o vice e quer
novas eleições. Para essa eventualidade já foi dada a largada na disputa.
No páreo Aécio, Serra e Alckmin, mas por trás a figura entreguista de FHC.
- O primeiro grande ato do partido da Marina Silva foi condenar o
Estatuto da Família, que estipula: "A relação conjugal é somente entre
homem e mulher". Rejeitando a definição tradicional de homem e mulher, a
Rede Sustentabilidade considera que o Estatuto da Família é um “retrocesso”
e Marina se diz evangélica. Que cara de pau.
- A bela ilha da Trindade é fechada ao turismo em nome da preservação
ambiental. Assim permanecerá até que a Inglaterra a queira de novo.
Certamente nosso Governo alegará e provará com documentos o direito
brasileiro à ilha, mas se esquecerá que o direito reside na força e a
Inglaterra alegará que a ilha é desabitada. É mais um dos males do Ibama!
Politicalha externa
Estudos da ONG World Resources Institute (WRI) condenam a
exploração de petróleo no Brasil nos próximos anos. Com considerações
de cunho alarmista contra as emissões de carbono e o suposto aquecimento
global, propõe que o País deixe de priorizar os investimentos na indústria do
petróleo, para se dedicar a fontes energéticas “verdes” – sabidamente caras
e ineficientes e continue a ser uma "potência ecológica". As críticas não
surpreendem, já que o WRI é uma das ONGs que integram o “Estado-Maior”
do aparato ambientalista internacional, juntamente com a WWF e a
União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Este é o trio
que transcreve em iniciativas políticas as diretrizes estabelecidas pelos
mentores do ambientalismo como instrumento de ação política. Entre os seus
financiadores destacam-se, entre outros, a gigante do alumínio Alcoa,
Caterpillar, Citi Foundation (braço de “sustentabilidade” do Citigroup),
Shell Foundation, UPS Foundation etc. O estudo do WRI se insere no esforço
do aparato ambientalista para aprofundar a sua agenda no Brasil, em um
momento em que a fragilidade do governo Dilma aumenta a sua
vulnerabilidade a toda sorte de influências e pressões externas.
A meta é pressionar o País para assumir as cotas de emissões na
conferência climática de Paris, em dezembro.
Faz tempo que os interesses internacionais, apoiados por inocentes úteis
internos, alimentam cunhas separatistas na Unidade Nacional para exploração
futura, como reserva estratégica, nos últimos anos, investindo na
desconstrução da sociedade, nos aspectos da moral famíliar, no
incremento do uso das drogas e principalmente na exploração das
nossas diferentes etnias e classes sociais, induzindo–as a lutar entre si.
A desastrada política indigenista contribui para a fragmentação do
território pátrio, em especial na fronteira norte, com enclaves que vão
gerando nações que nunca existiram; unindo tribos esparsas e até inimigas,
inclusive ressuscitando as que já haviam sido absorvidas, miscigenadas pelas
vagas migratórias. Apesar da nossa população Mestiça, com cinco séculos de
vida em comum e da nossa unidade linguística, essa política maligna tem
conseguido nos dividir e ainda nos ameaça com pressões estrangeiras.
O separatismo indígena provocado pelas ONGs a serviço de um "governo
mundial" é o maior perigo que enfrentamos hoje, agravado pela fraqueza do
atual governo. E pior: uma sucessão dentro da Lei tenderá a agravar a
situação com um governo ainda mais entreguista.
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A autonomia impossível (nestes termos)
A internacionalização financeira não foi boa para a nossa economia.
O País perdeu metade de seu parque industrial, a participação da indústria
no PIB caiu de 21% para 10%, os investimentos diretos de capital
estrangeiro quase não agregaram capacidade produtiva nova, mas
quase só compraram empresas já existentes. As grandes faculdades
hoje são de controle estrangeiro, tal como as maiores redes de
restaurantes, de hotéis, escolas, hospitais, planos de saúde,
empresas de turismo, redes de farmácia, empresas de construção,
de administração de prédios, de seguros, lojas de especialidades,
concessionárias de automóveis
e supermercados. Os negócios que eram de nacionais foram
internacionalizados, com os antigos donos recebendo altos valores e
correndo para gastá-los no exterior. A população e a economia
produtiva brasileira pouco ganharam com a internacionalização, ao contrário.
Ganharam mesmo foi um núcleo de profissionais ligados a esse processo
e que hoje são os críticos da economia, não ligada a internacionalização,
esses profissionais maximizam os defeitos reais da produção própria e da
operação governamental, mas não se preocupam com os problemas que a
internacionalização da economia produz para o conjunto da população
brasileira, a maior das quais é a necessidade de manter altas taxas de juros,
o que acaba por prejudicar toda economia e também pessoalmente aos
cidadãos que acabam por pagar preços mais elevados, mesmo sem se
endividar com cartões de crédito, empréstimos parcelados e compras a crédito.
Por causa da internacionalização, maior no Brasil do que nos outros
BRICS, a taxa de juros se mantém elevada, estrangulando as empresas
nacionais que não conseguem financiamentos, enquanto as empresas
estrangeiras se financiam com suas matrizes ou com bancos de seus países,
com taxas de 3% ao ano.
Até os setores tradicionalmente brasileiros, como açúcar e álcool estão
sendo comprados, já com 30% de participação estrangeira, que cresce a
cada ano. Tradings estrangeiras dominam o fornecimento de adubos
enquanto o IBAMA impede o aproveitamento do grande banco de alga
calcaria para manter o domínio estrangeiro. Mudanças de legislação estão
no Congresso, não para proteger a nossa indústria, mas para aumentar
participação estrangeira na aviação comercial e na compra de terras.
Todo esse processo de internacionalização financeira faz parte da
Guerra de 4ª Geração, que procura conquistar usando a força militar
apenas como último recurso. Com esse processo já se criou uma grande
comunidade de executivos, economistas e advogados brasileiros
umbilicalmente ligados ao capital e aos interesses estrangeiros, do qual são
dependentes e a quem defendem ideologicamente.
Os Estados Unidos defendem suas empresas com vigor. Pressionam,
usam suas embaixadas no exterior e na pátria dificultam quando não
proíbem a venda de suas empresas. Eles sabem que a base de sua força
reside mais ainda em suas empresas do que em seus recursos naturais.
Nós que gostamos tanto de copiar as coisas ruins deles poderíamos aprender
também as coisas boas.
Brasil, desperta!
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