quinta-feira, 15 de outubro de 2015

quarta-feira, 14 de outubro de 2015


Comentário geopolítico do coronel Gelio Fregapani

COMENTÁRIO GEOPOLÍTICO   nº 228   de 13 de outubro de 2015

  Assuntos: Politicalha,  Autonomia impossível e Geopolítica do confronto na Síria

(matéria da Síria publicaremos nas próximas ediçõe)

Politicalha interna
    -  Ao confessar ter combinado antecipadamente com Evo Morales a 
expropriação de unidades da Petrobras na Bolívia o ex-presidente mostra 
que ele se equipara ao entreguista FHC ou ainda pior.
    -  Apesar de ter 90% de rejeição, o impeachment de Dilma Rousseff 
pode acontecer ou não, porque o PSDB teme que assuma o vice e quer 
novas eleições. Para essa eventualidade já foi dada a largada na disputa. 
No páreo Aécio, Serra e Alckmin, mas por trás a figura entreguista de FHC.
   -  O primeiro grande ato do partido da Marina Silva foi condenar o 
Estatuto da Família, que estipula: "A relação conjugal é somente entre 
homem e mulher". Rejeitando a definição tradicional de homem e mulher, a 
Rede Sustentabilidade considera que o Estatuto da Família é um “retrocesso” 
e Marina se diz evangélica. Que cara de pau.
   -  A bela ilha da Trindade é fechada ao turismo em nome da preservação 
ambiental. Assim permanecerá até que a Inglaterra a queira de novo. 
Certamente nosso Governo alegará e provará com documentos o direito 
brasileiro à ilha, mas se esquecerá que o direito reside na força e a 
Inglaterra alegará que a ilha é desabitada. É mais um dos males do Ibama!

Politicalha externa
     
Estudos da ONG  World Resources Institute (WRI) condenam a 
exploração de petróleo no Brasil nos próximos anos. Com considerações 
de cunho alarmista contra as emissões de carbono e o suposto aquecimento 
global, propõe que o País deixe de priorizar os investimentos na indústria do 
petróleo, para se dedicar a fontes energéticas “verdes” – sabidamente caras 
e ineficientes e continue a ser uma "potência ecológica". As críticas não 
surpreendem, já que o WRI é uma das ONGs que integram o “Estado-Maior” 
do aparato ambientalista internacional, juntamente com a WWF e a 
União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Este é o trio 
que transcreve em iniciativas políticas as diretrizes estabelecidas pelos 
mentores do ambientalismo como instrumento de ação política. Entre os seus 
financiadores destacam-se, entre outros, a gigante do alumínio Alcoa, 
Caterpillar, Citi Foundation (braço de “sustentabilidade” do Citigroup), 
Shell Foundation, UPS Foundation  etc. O estudo do WRI se insere no esforço 
do aparato ambientalista para aprofundar a sua agenda no Brasil, em um 
momento em que a fragilidade do governo Dilma aumenta a sua 
vulnerabilidade a toda sorte de influências e pressões externas. 
A meta é pressionar o País para assumir as cotas de emissões na 
conferência climática de Paris,  em dezembro.
     
Faz tempo que os interesses internacionais, apoiados por inocentes úteis 
internos, alimentam cunhas separatistas na Unidade Nacional  para exploração 
futura, como reserva estratégica, nos últimos anos, investindo na 
desconstrução da sociedade, nos aspectos da moral famíliar, no 
incremento do uso das drogas e principalmente na exploração das 
nossas diferentes etnias e classes sociais, induzindo–as a lutar entre si. 

A desastrada política indigenista contribui para a fragmentação do 
território pátrio, em especial na fronteira norte, com enclaves que vão 
gerando nações que nunca existiram; unindo tribos esparsas e até inimigas,
 inclusive ressuscitando as que já haviam sido absorvidas, miscigenadas pelas
 vagas migratórias. Apesar da nossa população Mestiça, com cinco séculos de 
vida em comum e da nossa unidade linguística, essa política maligna tem 
conseguido nos dividir e ainda nos ameaça com pressões estrangeiras.
     
O separatismo indígena provocado pelas ONGs a serviço de um "governo 
mundial" é o maior perigo que enfrentamos hoje, agravado pela fraqueza do 
atual governo. E pior: uma sucessão dentro da Lei tenderá a agravar a
 situação com um governo ainda mais entreguista.

A autonomia impossível (nestes termos)
      A internacionalização financeira não foi boa para a nossa economia.  
O País perdeu metade de seu parque industrial, a participação da indústria 
no PIB caiu de 21% para 10%, os investimentos diretos de capital 
estrangeiro quase não agregaram capacidade produtiva nova, mas 
quase só compraram  empresas já existentes. As grandes faculdades 
hoje  são de controle estrangeiro, tal como as maiores redes de 
restaurantes, de hotéis,  escolas, hospitais, planos de saúde, 
empresas de turismo, redes de farmácia, empresas de construção, 
de administração de prédios, de seguros, lojas de especialidades, 
concessionárias de automóveis 
e supermercados. Os negócios que eram  de nacionais foram 
internacionalizados, com os antigos donos recebendo altos valores e 
correndo para gastá-los no exterior. A população e a economia 
produtiva brasileira pouco  ganharam com a internacionalização, ao contrário. 

Ganharam mesmo foi um núcleo de profissionais ligados a esse processo 
e que hoje são os críticos da economia, não ligada a internacionalização, 
esses profissionais maximizam os defeitos reais da produção própria e da 
operação governamental, mas não se preocupam com os problemas que a 
internacionalização da economia produz para o conjunto da população 
brasileira, a maior das quais é a necessidade de manter altas taxas de juros, 
o que acaba por prejudicar toda  economia e também pessoalmente aos 
cidadãos que acabam por pagar preços mais elevados, mesmo sem se 
endividar com cartões de crédito, empréstimos parcelados e compras a crédito. 

Por causa da internacionalização, maior no Brasil do que nos outros
 BRICS, a taxa de juros se mantém elevada, estrangulando as empresas 
nacionais que não conseguem  financiamentos, enquanto as empresas 
estrangeiras se financiam com suas matrizes ou com bancos de seus países, 
com taxas de 3% ao ano.
     

Até os setores tradicionalmente brasileiros, como açúcar e álcool estão 
sendo comprados, já com 30% de participação estrangeira, que cresce a 
cada ano. Tradings estrangeiras dominam o fornecimento de adubos 
enquanto o IBAMA impede o aproveitamento do grande banco de alga 
calcaria para manter o domínio estrangeiro. Mudanças de legislação estão
 no Congresso, não para proteger a nossa indústria, mas  para aumentar 
participação estrangeira na aviação comercial e na compra de terras.
       
Todo esse processo de internacionalização financeira faz parte da 
Guerra de 4ª Geração, que procura conquistar usando a força militar 
apenas como último recurso. Com esse processo já se criou uma grande 
comunidade de executivos, economistas e advogados brasileiros 
umbilicalmente ligados ao capital e aos interesses estrangeiros, do qual são 
dependentes e a quem defendem ideologicamente.
     
Os Estados Unidos defendem suas empresas com vigor. Pressionam, 
usam suas embaixadas no exterior e na pátria dificultam quando não 
proíbem a venda de suas empresas. Eles sabem que a base de sua força 
reside mais ainda em suas empresas do que em seus recursos naturais. 
Nós que gostamos tanto de copiar as coisas ruins deles poderíamos aprender 
também as coisas boas.
Brasil, desperta!
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá! Seja benvindo! Se você deseja comunicar-se, use o formulário de contato, no alto do blog. Não seja mal-educado.