Governar é errar ... à custa dos outros
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O aspecto mais relevante do "erro político" não é que ele exista, mas sim as consequências que ele acarreta.
Quando um indivíduo qualquer se equivoca, os custos e os prejuízos vinculados ao seu erro são arcados por ele próprio. A responsabilidade individual consiste justamente em aceitar as consequências de nossas ações, em não culpar os outros por nossas falhas, e em não descarregar nem culpas nem ônus sobre terceiros inocentes.
Os políticos, por sua vez, são inteiramente capazes de transferir o custo de seus erros para todo o conjunto da população. Ao cometerem erros, os políticos detêm o benefício de converter a sociedade em responsável solidária por seus erros.
Aquilo que no livre mercado seria considerável inaceitável e motivo de acionamento judicial — as ações de um indivíduo repercutirem adversamente sobre um outro que não é obrigado a arcar com elas —, torna-se a regra quando o envolvido é o estado: os erros dos políticos se transformam estruturalmente em um fardo compartilhado por todo o conjunto da sociedade.
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