Lição dolorosa e de custo
insuportável
Por Armando Soares
Experimentar
é sofrer e suportar. O povo brasileiro experimentou durante os últimos quatorzes
anos comunismo, socialismo, esperteza, corrupção, bandidagem, politicagem,
cinismo, depravação, ou seja, tudo o que não presta vindo através de indivíduos
desequilibrados e insensatos.
Lula
preparou um discurso na sua posse em 2003 que anunciava com muita clareza sua
intenção de governar o País na direção do comunismo. Esse pessoal da esquerda
raivosa e guerrilheira estava hibernado desde a tomada do poder pelos militares
e se preparou durante anos para tomar o poder aproveitando-se da incultura do
povo, de uma estrutura política viciada e da indefinição do modelo econômico
sempre oscilante devido à ação de intelectuais “caviar” de esquerda que sempre
conclamaram o socialismo/comunismo como o melhor regime político para tornar o
Brasil uma grande potência. Pouco adiantou que as experiências
socialista/comunistas deixassem metade ou mais do mundo em falência tendo como
característica o maior genocídio em todos os tempos da história. Como o Brasil
não se desenvolvia na velocidade necessária para acompanhar o crescimento
populacional, grande parte desse crescimento populacional se acomodou numa
faixa de pobreza perigosa, uma estopim pronto a pegar fogo dependendo da
oportunidade de aparecer um incendiário no momento certo. No Brasil nunca se
implantou verdadeiramente um regime capitalista, de economia de mercado
dinâmica, seja por falta de convicção, seja por incompetência, seja por ter uma
esquerda nociva sempre roendo as bases econômicas impedindo a plena adoção do
capitalismo. De tanto namorar o comunismo/socialismo o povo brasileiro teve a
oportunidade de conviver com esse modelo político devastador da economia, da
liberdade, da ética, da moral, da família, da educação, e sob o comando de um
pessoal totalmente desqualificado, o que explica o estado falimentar das
instituições, da economia, e da esperança de se poder alcançar num curto e
médio prazo uma qualidade de vida compatível com os benefícios do progresso
civilizatório do qual são exemplos os EUA, a Europa, o Japão, e muitos outros
países.
No discurso de posse de Lula estão contidos os
fundamentos para implantação do comunismo tais como o coletivismo, o
desrespeito à lei e outros, mas Lula, de propósito, misturou comunismo com questões
de interesse nacional e se mostrou um fenômeno premonitório. O discurso que ele
preparou, em muitas partes, serve para ser usado neste momento para tirar o
Brasil do fundo do poço, para reparar o estrago produzido pela incompetência,
pela corrupção e outros males. Ele se refere que a sua subida ao poder iria dar
margem a uma grande mudança com apoio da grande votação que teve, o que podia
ser traduzido como uma grande mensagem e, um cheque em branco para a busca de
novos caminhos, uma oportunidade para abandonar um modelo esgotado que em vez
de gerar crescimento, produziu estagnação, desemprego e fome; de trocar o
individualismo pelo coletivismo; de acabar com o egoísmo, a indiferença perante
o próximo; de reconstruir o núcleo familiar e as comunidades; defendia a
soberania nacional ameaçada; prometeu fortalecer a segurança pública; a exigir
o respeito ao mais velho e transmitir esperança aos mais jovens; prometeu
combater a impunidade; a corrupção; a sonegação; o desperdício para evitar a
evasão de recursos. Registrou no discurso que ser honesto é mais do que apenas
não roubar e não deixar roubar é, também, aplicar com eficiência e
transparência os recursos públicos. Esse em resumo o principal do discurso de
Lula em sua posse. De tudo o que foi escrito e prometido só ficou registrado
nas duas gestões petistas a crise econômica, a crise moral e ética, o
desemprego, o desrespeito à lei incentivando e financiando a invasão de
propriedades urbanas e rurais, a maior corrupção praticada no Brasil em todos
os tempos. Aquilo que Lula chamou de “mudança”, não foi mudança foi assalto e
destruição.
A Sociedade fez a sua parte junto com
o Juiz Moro, o grande responsável por interromper a marcha da decomposição do
país. Agora a missão cabe ao novo governo de desinfetar o Estado levantando a
bandeira da moralidade, da ética e da competência condição sine qua non para
propiciar um ambiente sadio para a iniciativa privada e uma vida menos apertada
para o povo.
A
respeito do comunismo necessário se faz enriquecer o conhecimento desse modelo
político sanguinolento, além do que apreendeu o brasileiro nesses anos com o
PT, com exemplos educativos. O escritor Mario Vargas Llosa recentemente fez em
São Paulo ampla defesa do liberalismo afirmando que “é a corrente ideológica
mais civilizada e a única que pode permitir a coexistência de pessoas,
religiões e comportamento diferentes e de construir economias mais prósperas.” Sobre
o Brasil opinou e entende que está ocorrendo um movimento popular que quer
purificar a democracia livra-la da corrupção e é muito saudável. É um movimento
que está exigindo que os eleitos governem de forma limpa, um movimento que pode
levar o Brasil a decolar ao progresso e à Justiça social.
Comunismo
também lembra Margaret Thatcher, uma grande mulher, grande política e grande
administradora que conseguiu tirar a Inglaterra do buraco assistencialista.
Durante o seu governo conseguiu reduzir a inflação e melhorar a cotação da
libra esterlina, o que aumentou as importações, visto que o setor nacional (sem
intervenções para depreciar o câmbio - tornando produtos estrangeiros
artificialmente mais caros) perdera a falsa competitividade que aparentava ter
devido ao protecionismo econômico. Disto resultou uma diminuição da produção
industrial inglesa, com o consequente incremento do desemprego triplicada desde
a subida de Thatcher ao poder. Proliferaram também as quebras de empresas e
bancos. A economia britânica passou por um desagradável - mas importante -
momento de reorganização: houve quebra de empreendimentos que se mantinham
devido a privilégios do governo - direta (através de subsídios, tarifas de
importação ou reservas de mercado) ou indiretamente (através de, por exemplo,
depreciação cambial para agraciar os setores exportador e nacional). Elaborou
um programa rigoroso para inverter a crise da economia britânica mediante a
redução da intervenção estatal e a implementação de um programa de
privatização. Os principais postulados foram o neoliberalismo e o monetarismo
estritos. Também reduziu os serviços sociais e, reduzindo o poder dos Conselhos
de Salários (Wage Councils), praticamente aboliu o salário mínimo - que seu
governo via como um estorvo às prerrogativas de administração. Estudou a renegociação
para a participação do Reino Unido na CEE e para a abolição do poder sindical. Nunca
me canso de reverenciar essa grande mulher britânica, exemplo de austeridade,
de competência e de espírito público.
De
diversos autores: Socialismo foi o sistema que realmente foi colocado em
prática. Comunismo pleno nunca existiu e
não passa de uma utopia cujo funcionamento jamais foi explicitado em trechos
maiores do que um parágrafo. Sem uma economia monetária — ou seja, sem uma
economia em que os cálculos de lucros e prejuízos são possibilitados pelo
dinheiro — é impossível haver uma ampla divisão do trabalho. E sem um livre
mercado para todos os bens, mais especificamente para bens de capital, é
impossível haver um planejamento econômico racional. A propriedade comunal dos
meios de produção (por exemplo, das fábricas) impede a existência de mercados
para bens de capital (por exemplo, máquinas).
Se não há propriedade privada sobre os meios de produção, não há um
genuíno mercado entre eles. Se não há um
mercado entre eles, é impossível haver a formação de preços legítimos. Se não há preços, é impossível fazer qualquer
cálculo de preços. E sem esse cálculo de
preços, é impossível haver qualquer racionalidade econômica — o que significa
que uma economia planejada é, paradoxalmente, impossível de ser planejada. Sem
preços, não há cálculo de lucros e prejuízos, e consequentemente não há como
direcionar o uso de bens da capital para atender às mais urgentes demandas dos
consumidores da maneira menos dispendiosa possível. Em contraste, a propriedade
privada sobre o capital em conjunto com a liberdade de trocas resulta na
formação de preços (bem como salários e juros), os quais permitem que o capital
seja direcionado para as aplicações mais urgentes. Ao mesmo tempo, o julgamento empreendedorial
tem de lidar constantemente com as contínuas mudanças nos desejos dos
consumidores. O arranjo socialista simplesmente impede que esse mecanismo
ocorra. Foi por isso que Mises argumentou
ainda em 1920, que qualquer passo rumo ao socialismo é um passo rumo à
irracionalidade econômica. E foi a isso que Heilbroner se referiu quando ele
disse que "Mises estava certo".
Um país
se torna grande com o trabalho de seu povo e não com artimanhas e “jeitinho
brasileiro”. Quem quiser ver o Brasil grande tem que trabalhar e sempre colocar
no governo um grande trabalhador com visão de estadista capaz de transformar a
Amazônia e outras regiões em regiões desenvolvidas e não em templos ecológicos
que alimentam a alma de sonhadores utópicos, presas fáceis nas mãos do governo
mundial.
Armando Soares – economista
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