Um dia ele decidiu ir à Missa na catedral de sua cidade, Colorado Springs, tida como a “Meca Evangélica”. Para sua surpresa, os bancos estavam cheios de casais jovens, com muitos filhos. Eram na maioria “hispanos”, que a mídia costuma apresentar como esquerdistas e identificados com as propostas demagógicas e anticatólicas do presidente Obama. Porém, eles estavam muito contentes ouvindo a pregação de um sacerdote jovem, com perfil de mexicano, batendo duro na necessidade de uma moral séria e tradicional na vida familiar. Não demorou muito e Ashley McGuire foi para a capital, Washington D.C. Num entardecer escuro e feio, visitou o Catholic Information Center. Este tem uma livraria, que o deixou surpreso ao vê-la lotada de jovens católicos assistindo a uma palestra de um proeminente líder conservador.
Não sem uma ponta de surpresa, anunciou: “Senhoras e senhores, eis o Grande Despertar Católico”. E explicou: “o ‘Grande Despertar Católico’ é o renascer da ortodoxia católica no meio dos jovens na Igreja Católica”. “Herdamos o inferno na terra” Ele próprio reconheceu que esse movimento o está atingindo. Por quê? Porque, escreveu, “minha geração de católicos, homens e mulheres na faixa dos 20 e 30 anos, herdamos um tédio espiritual sufocante na igreja, a cultura da morte, a promiscuidade sexual, a tristeza, o temor que nos obrigava a ficar fechados dentro de casa”. “Nós nascemos num mundo em que milhões de bebês eram abortados cada ano, onde incontáveis outras crianças que não nasceram estão congeladas em laboratórios para experiências, onde se fala que o gênero é uma opção e que o casamento é amorfo e solúvel. “Herdamos – continuou – o inferno na terra”.
Outros nasceram católicos, mas foram criados – continua – num ambiente de freiras tresloucadas, de padres subvertendo a liturgia e envolvidos em escândalos de abuso sexual, sem falar dos bispos amolecidos e indefinidos, etc. “E então nós achamos que já era demais”. Em lugar de nos jogarmos na cultura hedonista, nós paramos, diz Ashley. Olhamos em volta, fincamos nossos pés no chão e dissemos: “Nós não arredaremos”. Parecia que o número dos jovens como Ashley era pequeno, mas tinham certeza de que o ensinamento da Igreja Católica é o verdadeiro, e é inegável que estão aumentando em número. Os institutos religiosos mais conservadores recebem um crescente número de jovens que procuram uma vida religiosa tradicional. Religiosos pos-conciliares jogaram tudo pela janela. Novos querem tudo de volta Ashley contou o depoimento que ouviu do Pe. Thomas Joseph O.P., da Casa de Estudos Dominicana de Washington, D.C., o qual o confirmou nas suas impressões: “Os jovens – disse o sacerdote – que entram no seminário hoje estão rompendo com uma cultura laicista e para serem católicos fazem uma escolha contra-cultural. Nossa casa está recebendo mais vocações do que em qualquer ano desde 1960. Eles estão interessados na restauração das formas mais tradicionais de Fé e da prática católica, além da evangelização de seus pares”, Entre as religiosas, Ashley recolheu um testemunho análogo. A Irmã Mary Bendyna, diretora-executiva do Georgetown University’s Center for Applied Research in the Apostolate, observou:
Estudo realizado por esse Centro de Georgetown mostrou que as novas candidatas a religiosas querem autoridade, fidelidade à Igreja e escolhem os institutos nestas bases anti-igualitárias e hierárquicas. Bem o contrário das freiras que jogaram hábitos, autoridades, regras e moral pela janela no período pós-conciliar. O renomeado vaticanista “progressista” John Allen apontou que na Leadership Conference of Women Religious, espécie de Conferencia Nacional das Religiosas, em virtual rebelião contra Roma, apenas o 1% dos institutos que fazem parte dela tem mais de dez noviças. Em sentido contrário 28% das religiosas pertencentes à conservadora Conferência das Superioras Femininas têm esse número e algo mais. O esquerdista jornal “National Catholic Reporter” teve que admitir: “para dizer tudo preto sobre branco, a futura geração de religiosos será mais tradicional”. “Nós somos o futuro. E nós estamos pegando fogo por Jesus Cristo e por sua Igreja” Ashley acrescenta que os jovens não somente assistem mais à Missa, mas preferem o rito tradicional. A progressista Georgetown University, encravada no coração da capital americana, teve que ceder e voltou a acolher a Missa em Latim, com cantos gregorianos, sacerdotes voltados para Deus e os participantes fazendo devoções marcadas pela reverência e pela humildade. Em poucas palavras, concluiu Ashley “nós queremos menos oba-oba e mais Panis Angelicus”. Os jovens também se abrem mais aos ensinamentos morais da Igreja em questões como controle da natalidade, aborto e casamento, e querem obedecer as normas de antes.
Crescem também as pressões para obrigar os católicos a aceitar leis que contradizem suas crenças, como ter que pagar planos de saúde que financiam anticoncepcionais ou a adoção de crianças por casais homossexuais. Talvez os promotores dessas leis ainda achem que os católicos são moles como foram as gerações mais velhas. Mas não é isso que está se verificando entre os novos leigos e religiosos católicos. Eles desfiam essas más tendências e parecem dispostos a fazer guerra. Quem viu a multidão desfilar na Marcha pela Vida, conclui o articulista, observou que aquela rapaziada no fundo dizia: “Tome nota. Nós somos o futuro. E nós estamos pegando fogo por Jesus Cristo e por sua Igreja”. |
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Nos EUA, novas gerações de católicos “pegam fogo por Jesus Cristo e sua Igreja”
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