sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Fonte IBGE Base: Dezembro de 2012


Índice Nacional da Construção Civil varia 0,43% em dezembro e acumula alta de 5,68% em 2012
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 Por Ricardo Bergamini


O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE em parceria com a CAIXA, apresentou variação de 0,43% em dezembro, num acréscimo de 0,21 ponto percentual em relação a novembro (0,22%). Com esse resultado, o ano de 2012 fechou em 5,68%, muito próximo da taxa de 5,65%, registrada em 2011. Em dezembro de 2011, o índice foi de 0,12%.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, que no mês de novembro fechou em R$ 851,96, em dezembro passou para R$ 855,64, sendo R$ 453,79 relativos aos materiais e R$ 401,85 à mão de obra. Em dezembro de 2011, as despesas com materiais e mão-de-obra foram, respectivamente, de R$ 446,35 e R$ 363,30.

A parcela da mão-de-obra apresentou variação de 0,51%, em dezembro, avançando 0,27 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,24%). Os materiais também apresentaram aumento, com uma aceleração de 0,15 ponto percentual, passando de 0,21%, em novembro, para 0,36%, em dezembro. No ano, houve um aumento de 10,61% na parcela de custo referente aos gastos com mão-de-obra, superando em 1,01 ponto percentual o resultado de 2011 (9,60%). Já os materiais apresentaram, em 2012, variação de 1,67%, correspondendo a uma redução de 0,97 ponto percentual em relação ao ano anterior (2,64%).

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Ao longo do ano, os custos da construção foram significativamente influenciados pelo comportamento dos salários do pessoal ocupado no setor. Destaque-se o segundo trimestre, quando se concentraram reajustes da categoria provenientes das convenções coletivas de trabalho, com forte influência na composição do custo nacional. Os estados que pressionaram o período foram os seguintes: Rio de Janeiro e Sergipe (abril), São Paulo e Rondônia (maio), Ceará, Alagoas, Espírito Santo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal (junho).

Nordeste foi o destaque de dezembro, mas Sul fecha 2012 com o maior resultado

Embora o maior valor tenha sido registrado na Região Norte (R$ 873,05), a Região Nordeste, com 1,00%, apresentou a maior aceleração no custo regional, totalizando R$ 805,66. Os custos por metro quadrado das regiões Sudeste e Centro-Oeste foram, respectivamente, de R$ 886,58 e R$ 865,30.

Com relação aos acumulados, a Região Sul se destacou, com a maior variação no ano (7,96%), seguindo-se, em ordem decrescente: 6,53% (Norte), 4,95% (Nordeste), 5,18% (Sudeste) e 6,26% (Centro-Oeste).

Em dezembro, Rio Grande do Norte ficou com a maior taxa: 3,82%

Devido à pressão exercida pelo reajuste salarial decorrente de acordo coletivo, o Rio Grande do Norte destacou-se com a maior taxa mensal (3,82%), seguido, de perto, pelo Estado de Pernambuco, com 3,23%.


Observa-se manutenção do nível do índice nacional em comparação a 2011, mesmo com as regiões mostrando diferenças importantes, como é o caso do Centro-Oeste, com desaceleração de 2,20 pontos percentuais, enquanto o Norte e o Sul registraram crescimento de 1,01 e 1,00 ponto percentuais, respectivamente.


Estes resultados são calculados mensalmente pelo IBGE através de parceria com a CAIXA – Caixa Econômica Federal, a partir do SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil. O SINAPI, criado em 1969, tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando à elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos. Em 2002, o Congresso Nacional aprovou, através da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a adoção do SINAPI como referência para delimitação dos custos de execução de obras públicas.



Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

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