Pressão pode fazer Dilma recuar no golpe militar
A revista Istoé está muito brava com os republicanos que denunciaram a tentativa de Dilma de dar um golpe militar. Chegaram até a chamar de “histeria geral”. Pena que a encenação não dura muito, haja vista que na mesma matéria eles entregaram o ouro, como podemos ver:
A responsabilidade pela decisão de o decreto ter saído do fundo da gaveta para o DO estava sendo considerada um mistério. No final do dia, no entanto, a Casa Civil informou que o envio do decreto à presidente atendeu a uma solicitação da Secretaria-geral do Ministério da Defesa, comandada pela petista Eva Maria Chiavon. Mas todos ainda buscam explicações claras sobre o que realmente aconteceu neste processo.
No passado dessa petista, encontramos até “núcleo agrário”. Ou seja, relações com o órgão paramilitar MST. Barra pesadíssima. Quer dizer: se alguém não for bolivariano e não se enfurece com isto, melhor providenciar um eletroencefalograma.
Segundo o Globo, o ministro da defesa Jacques Wagner teria afirmado hoje que vai emitir portarias para delegar os poderes aos três comandantes militares, permitindo-se executar atos como transferência para a reserva remunerada de militares, promoção aos postos de oficiais superiores, promoção post-mortem e nomeação de militares para cargos e comissões no exterior, entre outros. Melhor seria se o Congresso sustasse o Decerto que a dona Eva Maria Chiavon mandou emitir.
A matéria ainda menciona que durante o desfile de 7 de setembro, os três comandantes foram choramingar diante de Aloizio Mercadante.
Leia essa parte relevante da matéria:
Na presença dos três comandantes – do Exército, da Marinha e da Aeronáutica -, do general De Nardi e também do general José Elito, do Gabinete de Segurança Institucional, a sessão na Câmara virou um ato de desagravo do decreto. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) criticou Dilma na presença dos comandantes, todos sentados na mesa principal. Bolsonaro chegou a presidir a sessão. O parlamentar criticou a alteração que mexe no funcionamento das escolas e centros militares.
O fato é que ocorria uma sessão no plenário da Câmara em homenagem aos 70 anos de encerramento da participação da Força Expedicionária Brasileira na 2ª Guerra Mundial.
Bolsonaro aproveitou a deixa e afirmou:
Esse decreto atende a um dos objetivos da Comissão Nacional da Verdade, de mudar a escola militar e os centros de formação. Com essa desfaçatez, a presidente muda nossos regulamentos e currículos. Espero que esse decreto seja sustado. A senhora Presidente da República, chefa suprema das Forças Armadas, não pode continuar se metendo no que está dando certo. Basta o que dá errado no seu governo.
Heráclito Fortes, do PSB, também não ficou nem um pouco satisfeito com o decreto:
Não acredito que esse decreto seja coisa do Jacques Wagner. Mas de alguém com sanha de vingança.
Ainda segundo o Globo, o comandante da Marinha, que atende pelo nome de Eduardo Bacellar Ferreira e assinou o decreto 8515 junto a Dilma, saiu de fininho.
Golpismo é isso aí. Resta a essa turma o constrangimento. E temos que pegar ainda muito mais forte na pressão.
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Fonte: Ceticismo Político

Meus Caros:
ResponderExcluir.
Não se iludam quanto a “devolução” das prerrogativas aos comandantes das FAs.
Necessário é derrubar o Decreto 8515 no congresso, essa “devolução” é mera cortina de fumaça, o verdadeiro objetivo do decreto será sentido a posteriori, que é mudar o RISG, as Escolas de formação Militar do País e os demais dispositivos das estruturas das FAs.
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O RISG trata da MISSÃO e CONSTITUIÇÃO das FAs. Esse é o “X” da questão.