terça-feira, 17 de maio de 2016

fuMaduro e seus aliados temem que o exemplo brasileiro se estenda por toda a região e derrube seus projetos totalitários.
 Na Venezuela também há um processo um “impeachment”, porque o presidente Nicolás Maduro não pode, e não poderá comprovar sua nacionalidade venezuelana.

Excelentísimo
Dr. José Serra
Ministro das Relações Exteriores
Palácio do Itamaraty
República Federativa do Brasil. 

Escrevo-lhe em meu nome e em nome da organização que represento, para parabenizar as instituições brasileiras por fazerem cumprir a Constituição de seu país ao realizar o “impeachment” de maneira tão oportuna, apropriada e transparente. Essa ação do Congresso constitui um exemplo para os povos da América porque mostra um Poder Legislativo autônomo e independente, que tem servido de contrapeso às aspirações autoritárias do Executivo.
Durante os últimos anos, e no quadro do Socialismo do século XXI, tem ocorrido em nossa região uma tendência maliciosa que pretende subordinar todos os poderes públicos aos caprichos de líderes, os quais também visam a se perpetuar no poder mediante mecanismo perverso de reeleição infinita. Para alcançar esse objetivo, foi criado uma espécie de “Clube de Presidentes”, que não buscam defender os interesses de suas respectivas nações, mas proteger uns aos outros e apoiar suas arbitrariedades.
Por esta razão, condenamos de maneira categórica as manifestações contra o povo brasileiro vindas dos governos da Venezuela, Cuba, Bolivia, Ecuador e Nicaragua, membros da Aliança Bolivariana dos Povos da Nossa América (ALBA), assim como a intromissão indevida do Secretário Geral da UNASUL. O que os motiva não é a defesa da democracia e sim favorecer a integrantes de seu “Clube”.
Maduro e seus aliados temem que o exemplo brasileiro se estenda por toda a região e derrube seus projetos totalitários. Também temem que o novo governo brasileiro exponha as provas da corrupção que envolve todos os líderes do “Socialismo do Século XXI”. Justamente por isso Maduro acaba de decretar um Estado de Exceção, que tem por objetivo dar-lhe ainda mais poder de repressão.
Na Venezuela também há um processo um “impeachment”, porque o presidente Nicolás Maduro não pode, e não poderá comprovar sua nacionalidade venezuelana, apesar da política da nossa Assembléia Nacional tê-lo exigido. Se ainda não se concretizou é porque alguns setores da oposição se opõem, os mesmos que, incrivelmente, dizem que “Lula é nosso modelo a seguir”.
Aproveito a oportunidade para desejar-lhe sucesso na gestão do novo governo, esperando que em breve todos os povos da América possam se abraçar na democracia e liberdade, uma vez que os tiranos da região sejam derrotados. 
Sem qualquer outra referência, receba uma saudação fraterna, extensiva ao povo de sua grande nação.

Muito atenciosamente,
Enrique Aristeguieta Gramcko
Presidente do Venezuela Soberana
http://venezuelasoberana.com/

Tradução: Graça Salgueiro



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